quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O APELO DAS MÃES, ESPOSAS, VIÚVAS E FILHOS DOS BOMBEIROS E POLICIAIS MILITARES.

À POPULAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Nós, – mães, esposas, viúvas e filhos de policiais-militares e bombeiros-militares, – vivenciamos a penúria em vista de seus péssimos salários. São igualmente ridículas as pensões decorrentes da morte dos nossos esposos. Não conseguimos educar nossos filhos e menos ainda amparar condignamente os órfãos. Muitos de nossos entes queridos estão paraplégicos ou tetraplégicos; outros perderam membros do corpo devido aos constantes confrontos contra marginais armados com fuzis de guerra; muitos são obrigados a usar fraldas e dependem de cuidados especiais. Mesmo assim, muitos não são nem reformados, a insensibilidade das corporações (PMERJ e CBMERJ) atinge as raias do absurdo.
Não temos acesso à casa própria, nossos esposos e filhos são submetidos a escalas de serviço degradantes; não podemos gozar da companhia deles nos fins de semana e feriados. Nem nos período de férias escolares podemos realizar pequenas viagens para visitar familiares, ou por falta de dinheiro ou porque os serviços extras nos pegam de surpresa, incluindo-se a cassação de férias regulamentares por qualquer motivo fútil.
A família dos militares estaduais sofre nos lares o resultado dos maus-tratos que eles recebem nos quartéis, refletindo-se negativamente no ambiente familiar. As corporações ignoram as doenças psíquicas, em especial o estresse e a depressão que acometem assustadoramente nossos entes queridos. O exercício penoso da profissão e o esgotamento físico e psíquico dos militares estaduais transformam-nos em verdadeiros autômatos. Nunca sabemos qual deles será a próxima vítima fatal a ter a família avisada, fato que ocorre semanalmente e até muitas vezes numa só semana. Vivemos a apreensão permanente. O medo nos domina. E terminamos no pranto da morte ou do ferimento destruidor da dignidade dos nossos entes queridos ao se arriscarem no enfrentamento dos criminosos.
Não temos direito ao sossego e nem a um mínimo de dignidade humana. Se os militares estaduais não trabalharem na folga, quando não a têm interrompida sem pudor por seus superiores, corremos o risco de passar fome e do despejo da moradia. Nossas crianças estudam em colégios públicos e sofrem com os colegas desmerecendo seus pais. Enfim, sofremos o descaso total dos governantes e temos de assistir nossos entes queridos a serem tratados como animais pestilentos, sem direito a nada, presos em xadrezes fétidos como se fossem criminosos e descartados da profissão sem direito à ampla defesa e ao contraditório.
Qualquer falta disciplinar do militar estadual, – mesmo decorrente do desgaste emocional e físico, – significa a real possibilidade de sua abrupta exclusão e da família perder simultaneamente o direito ao sistema de saúde para o qual ele contribuiu anos a fio. Vivemos no extremo risco da miséria. Nossos direitos são o de não termos nenhuma tranquilidade jurídica, familiar e social.
Nossa aflitiva situação somente poderá ser resolvida com o clamor da população e da imprensa em favor de melhores condições de trabalho e de salários para os militares estaduais, e vida condigna para seus familiares. Precisamos de ajuda humanitária, e ela se resume no respeito ao direito que temos à dignidade humana que nos é negada. A nossa causa não é apenas pessoal e familiar. É, antes de tudo, uma denúncia pública. Pois nenhum ser humano submetido a tratamento tão degradante poderá produzir boa segurança para a população. Para mudar esse estado de abandono a que estão submetidos os militares estaduais, e que se refletem negativamente nas ruas, é preciso que a população nos ajude! É preciso que os cidadãos abracem a nossa causa. Por favor, ajudem-nos a salvar a PMERJ e o CBMERJ!
Mari Torres.
Esposa de Policial Militar.
Juntos Somos Fortes!

4 comentários:

Anônimo disse...

De: Mari Torres.. P/ meus verdaeiros amigos(as)!!!
Para aqueles que sempre me apoiaram, me respeitaram e acima de tudo, são meus verdaeiros amigos!

De agora em diante levante a mão quem quizer que eu continue trabalhando em prol da classe Policial Militar, uma vez que me separei e não sou mais casada com um membro da Corporação.

Talvez alguem esteja pensando, pq que a Mari Torres, vem a público para falar de sua vida pessoal. Eu explico, me sinto na obrigação de dar uma satisfação a voces que me consideram, continuo sendo uma mulher lutadora, que sempre irá ajudar aqueles que necessitarem de minha ajuda.

Vou ser para sempre a Mari Torres, fundadora da AMEPM e da ONG, OAPM - ORGANIZAÇÃO DE APOIO AO POLICIAL MILITAR.

Obrigada a todos pelo carinho, CB. Gurgel estamos juntos sempre, valeu pela amizade!!

Alguns amigos dessa comunidade ja tinham ciencia do fato, mas como sao meus verdadeiros amigos fieis, nada falaram.

Beijos no coração!

JUNTOS SOMOS FORTES!!!

Mari Torres!!

SGT PM Marcus Saldanha disse...

MAQUIAVÉL ( Maquiavélico ) Leiam com atenção
Companheiros, a ler a reportagem sobre a nova proposta do Governador, só serve para reafirma a minha convicção que ele esta apostando na ignorância dos servidores da SSP, com certeza o livro de cabeceira do Sr. Sergio Cabral foi Maquiavel, onde se ensina que para governar melhor é dividir todos, é justamente isso que ele tenta fazer ao oferecer a equidade no aux. Moradia, posto isso uma vez que ficou provado no dia 29/01 que a maioria dos presentes na manifestação era novos servidores, ele acena com o forte propósito de desestimular sua adesão ao movimento, porém ele esquece que os servidores mais novos entram com outra mentalidade, eles não querem ser estatísticas bem como ser mais um a ter seu assento garantido no BEP, eles buscam uma carreira digna que lhes possam proporcionar um futuro, almejam ser parte do futuro da segurança do estado, mais não como espectadores e sim como parte atuante em um processo de evolução e melhora para sociedade que os abriga. O intuído de prepara homens pra guerra é para que se mantenha a PAZ, e hoje o engajamento de todos é muito importante para que se tenha um futuro assegurado. Rogo a vcs que não se deixem levar pelo cafezinho, arrego, agrado e outras coisas que contaminaram a SSP RJ, façam a diferença e digam aos mais antigos que não temos a capacidade de voltar e fazer um novo começo, porém podemos de escolher o nosso final. Por isso conclamo aos Policiais e Bombeiros militares a dizer ao Governador no dia 10/02 qual será o nosso FINAL, pois temos o direito de voltar a dizer dignamente qual a nossa profissão nos quadros do Est.RJ. O homem não pode esperar que ninguém o valorize se ele não se valorizar primeiro. Vamos dizer não a proposta do Governo, criar uma comissão tripartite para discutir o RD e que essa comissão seja permanente para buscarmos o equilíbrio social dentro das instituições, e no mínimo que à aplicação do subsidio seja de acordo com a apresentada ao Governo do Paraná; já que o Secretário de segurança aproveitou para na reportagem do jornal o DIA de 02/02 divulgar que vai junto com uma comissão percorrer alguns estados para aprender como se paga dignamente uma categoria. ( não é necessário esta na internet) É isso, isso,isso pois juntos somos muito forte.

Anônimo disse...

enquanto isso os pms e bombeiros do ESPÍRITO SANTO se mobilizam e já se encontram em estado de greve por melhores salários...e olhe que um soldado da PMES e CBMES ganha quase R$2.500,00....NO RIO DE JANEIRO POLICIAIS E BOMBEIROS NÃO PODEM GANHAR MENOS QUE NOS OUTROS ESTADOS DO SUDESTE...É INADIMISSÍVEL....ACORDA GOVERNADOR!!!!

Anônimo disse...

Coronel Paúl, vc precisa ser justo, um anônimo faz uma postagem a fim de me insultar e voce publica, eu dou a resposta e voce modera o meu comentario??

Mari Torres