quarta-feira, 30 de julho de 2008

CORONÉIS BARBONOS - AO POVO DO RIO DE JANEIRO.

“CORONÉIS BARBONOS”

Causa debet praecedere effectum.
(Não há efeito sem causa)
AO POVO DO RIO DE JANEIRO:

Cerca de um ano atrás, com a finalidade de resgatar a cidadania, a dignidade pessoal e profissional dos integrantes da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, bem como reduzir dificuldades na área de segurança pública mediante propostas de ações governamentais, um grupo de integrantes da Polícia Militar do último posto da Corporação, denominados “Coronéis Barbonos”, travejado na experiência profissional adquirida ao longo de mais de trinta anos de serviço, elaborou manifesto denominado “Pro lege vigilanda” (Para a vigilância da lei) de cunho estritamente institucional, contendo as principais e urgentes necessidades da Corporação e de seus Componentes.
O documento discorria sobre doze tópicos, consolidados nos princípios de valorização do servidor público policial militar, profissionalização, racionalização de recursos e fortalecimento institucional, todos exeqüíveis e extremamente essenciais para a implementação de um projeto de segurança pública concreto e viável, tanto que, alçado à análise do Chefe do Executivo Estadual, teve pronto assentimento, por entender que por aquelas doze proposições passava a recuperação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, órgão responsável pela polícia administrativa da ordem pública no ordenamento constitucional e infraconstitucional vigentes.
Naquele instante já alertávamos para o fato de que a funcionalidade e operacionalidade do sistema policial, sempre jogadas para um plano secundário, achavam-se agonizantes; que os estertores de uma Corporação subjugada e sem brio se faria ouvir na sociedade, preliminarmente levando às comunidades carentes o terror de uma política de segurança sem os requisitos mínimos de inteligência e alicerçada unicamente no belicismo descabido, posteriormente impondo às demais camadas da sociedade o medo, a desconfiança e o luto pelos muitos filhos sacrificados em razão do despreparo e da pressão funcional e emocional a que são submetidos os profissionais de segurança
Urgia uma radical mudança de postura na condução da política de segurança pública, pois é fato que a que hoje está em prática, a qual já se arrasta por muitos anos e desgovernos não atende aos anseios da população, tampouco traduz as aspirações da sofrida família policial-militar, ao menos a majoritária parcela de abnegados preocupados em servir e proteger, já que além de nossas reputações maculadas pela desconfiança da população e pelo contínuo achincalhamento promovido pelos meios de comunicação - não sem razão, admita-se – também nos vemos vítimas e reféns do atual estado de barbárie em que vivemos.
Estamos certos de que, ao contrário do que indica a desconstrução da imagem institucional mediante a série de gravosos e lamentáveis fatos envolvendo policiais-militares com toda sorte de crimes, ainda não chegamos ao fundo do poço, mas tal não tardará, pois quando o cidadão deixa de ter o Estado como seu protetor e passa a vê-lo como algoz, quando a desconfiança impera, quando os agentes da lei sentem-se sem credibilidade e incapazes de mudar o estado de coisas que os afligem, as conseqüências tendem a revelar um quadro de completo caos social, que somente o desprendimento de um governo inteiramente voltado para a coisa pública e avesso a picuinhas e jogadas de bastidores daqueles que querem prolongar o statu quo pode reverter.
Quando de nosso manifesto, fomos afastados e defenestrados da Corporação, como se nosso posicionamento fosse contrário ao interesse social e institucional, mas tal injustiça não esmoreceu nossa crença de que é preciso mudar radicalmente alguns conceitos, que as proposições por nós outrora firmadas são essenciais para a retomada do caminho da ordem pública, bem como sabemos que determinadas medidas irão requerer tempo para que logrem seus objetivos, enquanto que outras terão efeito imediato; da mesma forma é certo que algumas exigirão um esforço contínuo do governo, mediante planejamento e previsões orçamentárias, já outras se realizarão mediante simples ato do executivo, entretanto, todas necessitam de uma ação única e imediata, para que não se perca mais tempo.
Esclareça-se que sempre estivemos e estamos à disposição do Estado do Rio de Janeiro e de sua população, colocando nossa larga experiência a seu serviço.
Nosso manifesto, longe de configurar um ato de rebeldia ou de insubordinação, foi um grito de alerta e teve o caráter de rever conceitos defasados e garantir melhor contraprestação de serviços para o povo fluminense, o que é nossa missão.
Não podíamos ser subservientes e estéreis, pois nunca agimos assim ao longo dos nossos mais de trinta anos de carreira policial-militar.
O quadro atual demonstra que não estávamos errados.


HILDEBRANDO QUINTAS ESTEVES FERREIRA
CORONEL DE POLÍCIA

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA

LEONARDO PASSOS MOREIRA
CORONEL DE POLÍCIA

FRANCISCO CARLOS VIVAS
CORONEL DE POLÍCIA


RONALDO ANTÔNIO DE MENEZES
CORONEL DE POLÍCIA

EM SILÊNCIO E COLETIVAMENTE - CORONEL DE POLÍCIA HILDEBRANDO QUINTAS ESTEVES FERREIRA - CORONEL BARBONO.

EM SILÊNCIO E COLETIVAMENTE.

Os primeiros momentos após a queda do Comandante Geral, quando os ânimos estavam exacerbados, davam sinal que eclodiria uma libertação da PMERJ da opressão política que a aprisiona e a deteriora há muitos anos.
Todavia, hoje nota-se que nada mudou. Os integrantes da briosa se digladiam através de insultos e ofensas anônimas, talvez alimentados pelos ardilosos no poder que manipulam as informações e as distorcem a seu bel-prazer, de modo a não permitir o entendimento e a união que lhes traria, certamente, ameaça a seus propósitos, atuando de forma vil na vaidade de alguns.
Diante deste quadro a desesperança tomaria acento, entretanto, mesmo sempre atacados por inimigos e por amigos manipulados por meias verdades, os Barbonos mantiveram um foco de resistência ao jugo. Enfraquecidos mantiveram incandescente seus corações na luta por uma PMERJ melhor para todos os seus integrantes, sem distinção.
Juntaram-se a outros idealistas na busca de um Movimento de Polícia Cidadã onde esta é composta por cidadãos completos, já que o policial militar é visto e tratado como “meio cidadão”.
Agora esquecidos, continuam a luta anonimamente em prol de melhorias para os que ainda permanecem na atividade profissional, já que eles, após colocarem seus cargos a disposição enquanto não se fizesse algo em benefício da Instituição, foram afastados e isolados como se leprosos fossem.
Ainda lutam, mesmo atacados pelo velho jargão: Os “Coronéis só querem o poder, dar ordem e polpudas gratificações...”, pois é, eles abriram mão de tudo isto para lutar por muitos, para honrar um juramento que fizeram com tenra idade na EsFO, ainda que alguns destes muitos os ataquem e os insultem sem conhecê-los, pela certeza do jargão estereotipado.
Lutam, surdos aos ataques daqueles que serão beneficiados, caso logrem êxito, por aqueles que gritam e esbravejam, anonimamente, mas que, aguardam o desfecho para reclamar ou usufruir até que se reinicie novas reclamações. É do ser humano, não há como mudar, a não ser acreditar que se deve tentar e eles estão tentando.
Como formigas, trabalham coletivamente e em silêncio.
ESTEVES – CORONEL DA PMERJ

BLOG CASO DE POLÍCIA - EXTRA ONLINE.

1) Política do desrespeito
Onde está o governador Cabral?
A diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, Julita Lemgruber, agradeceu a presença no debate promovido pelo Extra do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, com um tom provocativo, diante de uma platéia de 500 pessoas:
- O Pezão se transformou numa figura muito simpática e querida, pois temos muitos amigos em comum, como o Junior, do Afroreggae, por exemplo. Mas gostaria muito que o Cabral tivesse vindo para discutir conosco. Cadê o governador Sérgio Cabral que eu conversei no início do governo? O policial na ponta talvez seja o menos culpado por essa matança que está aí.
Em referência à ação desastrosa de PMs no caso que vitimou o menino João Roberto, de três anos, na Tijuca, Julita condenou a postura do governador de colocar a culpa nos policiais:
- Quando a gente responsabiliza o policial na ponta, às vezes ele é o menos culpado. O governador precisava ter pensado dez vezes antes de chamar os PMs de insanos e débeis mentais. Ele desrespeita os policiais quando os chama de débeis mentais.
No fim, a socióloga leu uma mensagem escrita pelo comandante do 11º Batalhão (Nova Friburgo), com normas de conduta, dizendo que é um exemplo a ser seguido:
- Existem comandantes de batalhão que estão mandando mensagens completamente diferentes para seus subordinados.
2) Socióloga contesta política do confronto
A socióloga Julita Lemgruber abriu sua apresentação no debate sobre segurança falando da política de combate do atual governo. Segundo ela, de três anos para cá, o número de autos de resistência (morte em confronto) quase dobrou.
- Em 2005, foram 385 mortes e em 2008 já estamos em 649 - disse a socióloga que é também diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (Cesec).
- Política de confronto foi adotada pelo Rio de Janeiro para se abraçar o problema da violência no Rio - disse.
Julita questionou o resultado de tal política:
- Para cada pessoa morta, em 2007, o Rio prendeu 250 pessoas. Para cada pessoa morta, em São Paulo, por exemplo, a polícia paulista prendeu 1.593. A diferença é realmente muito impressionante.
A diretora do Cesec também falou das mortes que não são contabilizadas, como as pessoas desaparecidas.
- A gente tem uma subida impressionante no número de pessoas desaparecidas. 70% são pessoas que morreram na guerra do tráfico ou vitimadas pela polícia cujos corpos não aparecem - disse.

3) 'Não vamos mudar 199 anos de problemas em um ou dois anos'
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, iniciou seu discurso com dados positivos sobre a política de segurança do estado:
- Vários índices diminuiram no Rio: roubos a residências, de carros, a estabelecimentos comerciais, furtos de veículos, inquéritos relatados com autoria. As prisões também aumentaram sensivelmente. Só a Polinter prende um homicida a cada dois dias.
Apesar de todo otimismo, Beltrame fez questão de ressaltar alguns problemas das polícias Civil e Militar:
- Temos problemas de contingente, de salários, de estrutura, mas acho que a polícia vive melhores dias, e os números estão aí para provar o que eu estou dizendo. Vejo um norte comprometido com mudanças. As respostas não são rápidas, mas estão sendo dadas. Não podemos, de uma hora para a outra, baixar índices de delitos que estão corroendo nossa sociedade há tempos.
O secretário termina seu discurso de abertura com mais dados preocupantes:
- Não vim aqui só para trazer notícias boas. Os autos de resistência sobem. Roubos a transeuntes sobem vertiginosamente de 2004 para cá. Não vamos mudar 199 anos em um ou dois anos. Temos que traçar metas e perseguir resultados.
4) Beltrame: 'Vamos extingüir o fuzil'
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou no debate promovido pelo jornal Extra que vai tirar o fuzil de circulação (ouça a íntegra da declaração do secretário).
- Ia fazer isso em outubro, mas decidi antecipar. Esse bandido chamado fuzil, quero aposentá-lo. Vamos extingüir o fuzil. As vítimas das chamadas balas perdidas, 80% das vezes são atingidas por estilhaços de fuzil - disse o secretário.
Segundo ele, a idéia é substituir o armamento por carabinas, menos letais. Beltrame disse ainda que a violência no Rio também atinge os policiais.
- Meu segurança que foi alvejado por 52 tiros, quando estava de terno e gravata, indo para o trabalho, isso não existe - disse o secretário, completando:
- Tenho 12 ameaças de morte e não ligo a mínima para elas. Estamos fazendo melhorias na política de segurança, mas sabemos que temos muito a fazer.
Rebatendo as críticas da socióloga Julita Lemgruber, de que a polícia de São Paulo é menos letal do que a do Rio, Beltrame respondeu:
- A criminalidade do Rio é totalmente diferente da de São Paulo e isso eu digo com propriedade porque morei em São Paulo. Aqui o bandido trabalha com a política do "Aqui é Nóis". Eles manejam um fuzil como nós manejamos um celular. São Paulo não tem facção, tem o PCC, mas nós temos três facções. Lá não tem a geografia e nem o histórico de violência que nós temos - disse o secretário, que finalizou:
- No Rio de Janeiro há uma legião de excluídos, que não sabem os seus direitos e não sabem o que é lei.

MORTE DE POLICIAIS MILITARES.

DIA ONLINE.
Milícia é suspeita da morte de cabo da PM.
Corpo do policial de Santa Cruz foi encontrado com tiro na cabeça em seu carro em Honório Gurgel. Arma e celulares foram levados.
Vânia Cunha
Reforço para a Perimetral.
Após morte de sargento em arrastão, comandante da PM ordena que viaturas fiquem sob viaduto.
O GLOBO ONLINE.
Violência.
Comandante diz que patrulha ficará baseada em acesso da perimetral, onde ocorreu o ataque.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

REVISTA VEJA - ENTREVISTA COM CORY BOOKER - ELE ESTÁ VENCENDO O CRIME.

A Revista Veja desta semana publica (páginas 15, 18 e 19) um entrevista com Cory Booker, prefeito da Cidade de Newark (Nova Jersey), que "era a cidade mais violenta do país".
A reportagem demonstra que uma gestão adequada, disposta a implementar mudanças é o melhor caminho para alcançar resultados no controle da criminalidade violenta.
A atual gestão "reduziu drasticamente a taxa de crimes violentos".
Cory Cooker declara que "copiamos coisas de outras cidades. Não importa que a novidade venha de Curitiba, no Brasil, ou de São Francisco, na Califórnia."
Infelizmente, no Rio de Janeiro estamos implantando, governo após governo, a mesma forma de gestão e a mesma "política de segurança pública", sem alcançarmos resultados satisfatórios.
Apenas para citar dois exemplos de resistência a mudanças:
- O Departamento de Polícia Técnico-Científica (Perícia) é autônoma e constitui uma carreira própria em vários estados do Brasil, enquanto no Rio de Janeiro, a "perícia" continua subordinada à Polícia Civil.
- As Polícias Ostensivas eficientes têm foco no cliente, na proteção do cidadão, através do emprego do policiamento ostensivo, priorizando a preservação da vida. No Rio de Janeiro, a Polícia Ostensiva, cada vez mais tem foco no combate ao crime, mesmo que suas ações signifiquem risco de morte para policiais, cidadãos inocentes e criminosos.
A vida é o maior valor a ser protegido e estamos nos afastando desta verdade, quando produzimos cenas de perseguição com "tiroteios" pelas vias públicas, para recuperar veículos e/ou prender criminosos.
Mudar a gestão é imprescindível para o sucesso.
Leia uma parte da entevista publicada no blog do jornalista Reinaldo Azevedo:


VEJA 8 -ELE ESTÁ VENCENDO O CRIME.
Por André Petry:

"Cory Booker, 39 anos, é prefeito da capital brasileira nos Estados Unidos: Newark, em Nova Jersey. Os cerca de 30 000 brasileiros que moram no local compraram 60% de todas as residências vendidas na cidade nos últimos anos. Ele governa mais brasileiros do que 4 000 de nossos prefeitos. É uma estrela em ascensão na política americana. Em 2002, sua campanha para a prefeitura de Newark, uma das cidades mais pobres e violentas dos EUA, acabou em derrota, mas virou um documentário indicado ao Oscar. Em 2006, Booker ganhou, com mais de 70% dos votos. Está no meio do mandato e já tem um sucesso vistoso: reduziu drasticamente a taxa de crimes violentos. Booker faz parte da primeira geração de políticos negros que era jovem demais – ou nem nascida – para ter participado da luta contra o racismo nos anos 60. Colega de Barack Obama, ele sempre aparece na lista dos cotados para ministro no caso de vitória do democrata. "Ninguém me tira daqui", diz. Formado em direito por Yale e filho de pais bem-sucedidos, ambos executivos da IBM, Booker é solteiro, não bebe, não fuma e é vegetariano desde 1992. Numa cidade ainda violenta, Booker anda com segurança 24 horas por dia.
Os comentaristas políticos dizem que, se Barack Obama for eleito presidente, o senhor trocará o título de prefeito pelo de ministro. Ministro?
Talvez eu pudesse ser o mordomo. Eu poderia abrir a porta e saudar as pessoas: "Bem-vindas à Casa Branca". Não, não. Ninguém me tira daqui. Estou há dois anos no comando da prefeitura, tenho mais dois anos pela frente e serei candidato à reeleição.
O senhor tem conversado com Obama?
Nos últimos tempos, não. Obama está muito ocupado. Não quero nem vou incomodá-lo. Antes da campanha, vínhamos conversando de vez em quando. Não somos amigos que se ligam para ir ao cinema no fim de semana. Ele nunca me convidou para tomar uma cerveja, mesmo porque não bebo. Mas Obama é um colega, um companheiro. Tenho grande afeição por ele. Quando li a sua autobiografia, A Origem dos Meus Sonhos, vi partes da minha própria história.Nos anos 80, Obama mudou-se para Chicago para fazer trabalho comunitário. Nos anos 90, o senhor fez o mesmo, em Newark.
Inspirou-se no trabalho dele?
Nem sabíamos da existência um do outro. Só fomos ouvir falar um do outro quando entramos para a política e a imprensa começou a escrever sobre as nossas semelhanças.
O que muda no fato de ser um político negro e não ter lutado pelos direitos civis nos anos 60?
Sou tudo o que sou por causa do sacrifício daquela geração, o que me permitiu freqüentar escolas de primeira linha e desfrutar uma série de privilégios. Nossa geração se beneficiou daquela luta e, hoje, sentimos a obrigação de retribuir algo do que recebemos por meio da ação política. É o meu caso, é o caso de Obama e de outros, como Harold Ford Jr. (ex-deputado do Tennessee), Artur Davis (deputado do Alabama), Adrian Fenty (prefeito de Washington)."
Assinante lê mais
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JORNAL EXTRA LANÇA BLOG CASO DE POLÍCIA.

A segurança pública ganha uma novo espaço democrático para o debate idéias e para a busca de soluções para a crise de insegurança que vivenciamos no Rio de Janeiro.
O jornal Extra lançará o "Blog Caso de Polícia":
O jornal O Dia possui o "Blog da Segurança Pública":
A mídia jornalística ingressa na "blogosfera da segurança pública" composta por blogs pessoais de jornalistas especializados; de oficiais e de praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de vários estados do Brasil.
A união de profissionais de segurança pública, de estudiosos do tema segurança pública, da mídia e da própria sociedade é o único caminho para a reformulação estrutural e conjuntural do nosso modelo de segurança pública.
Portanto, cidadão fluminense não perca a oportunidade de interagir e de fazer parte do imperioso processo de mudança.
Parabéns ao jornal Extra pela iniciativa.
Juntos Somos Fortes!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

JORNAL DO BRASIL ONLINE - POLICIAIS SÃO BALEADOS NA TIJUCA.

JORNAL DO BRASIL ONLINE.
Policiais são baleados em tiroteio na Tijuca.

RIO - Dois policiais militares do 6º BPM(Tijuca) foram baleados durante tiroteio na Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, na tarde desta sexta-feira, no acesso ao Morro da Formiga. Eles faziam policiamento na área quando foram atacados a tiros por bandidos. Uma granada também teria sido jogada contra os PMs
Um dos policiais teria sido atingido no peito, e o outro por estilhaços de bala. Eles foram socorridos para o Hospital Ordem Terceira da Penitência.
O tiroteio e a grande movimentação de policiais trouxe pânico a motoristas. A Rua Conde de Bonfim chegou a ser fechada ao trânsito. A segurança foi reforçada no local.

DIA ONLINE - PMs SÃO BALEADOS E ATINGIDOS POR GRANADA NA TIJUCA.

DIA ONLINE.
25/7/2008 16:38:00
PMs são baleados e atingidos por granada na Tijuca.

Rio - Dois policiais do 6° BPM (Tijuca) foram baleados e atingidos por uma estilhaços de granada, na tarde desta sexta-feira, na Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, Zona Norte.
Eles faziam patrulhamento na entrada do Morro da Formiga quando, ao abordar um táxi suspeito, foram atacados por dois criminosos que estavam dentro do veículo. Houve troca de tiros e os bandidos jogaram uma granada. Um PM teria sido atingido no peito e o outro por estilhaços do artefato. Os criminosos conseguiram fugir.
Os policiais foram levados para o Hospital Ordem Terceira da Penitência, no mesmo bairro. O estado de saúde deles é estável e eles não correm risco de morrer.

ALIMENTANDO O "ESTADO PARALELO".

O jornal O Globo estampa na primeira página da sua edição desta sexta-feira a seguinte matéria:
“ATA DO TRÁFICO PROVA IMPOSIÇÃO DE CANDIDATO ÚNICO NA ROCINHA – Em documento apreendido pela polícia na favela, traficante diz: Não aceito derrota.”
Convém destacar que o jornal O Globo já publicou uma reportagem digna dos maiores elogios, quando apresentou um levantamento sobre o grande número de votos obtidos por deputados eleitos em comunidades dominadas pelo "Estado Paralelo".
A matéria de hoje trata de uma ordem do tráfico de drogas no sentido de que os moradores da comunidade devam votar em determinado candidato a vereador.
O episódio reforça a existência de um “Estado Paralelo” exercendo os seus poderes sobre grande parte da população fluminense. Um estado que exerce o seu monopólio do uso da força, da tributação e da justiça através do seu braço armado: o tráfico de drogas ou a milícia.
O histórico discurso da deputada estadual Cidinha Campos simboliza a dimensão e a gravidade do que vivenciamos no nosso Estado, ele pode ser lido no seguinte artigo postado neste blog:
“DISCURSO DA DEPUTADA ESTADUAL CIDINHA CAMPOS”
http://celprpaul.blogspot.com/2008/05/discurso-da-deputada-estadual-cidinha.html
As áreas dominadas pelo tráfico de drogas e pelas milícias onde o “Estado Formal” não existe, estão plenamente identificadas pelas instituições policiais.
E diante deste gigantesco “Estado Paralelo” e vivendo uma crise sem precedentes na segurança pública estadual, o que faremos?
Impugnar todas as candidaturas de cidadãos fluminenses, que vivem sob o domínio do “Estado Paralelo” e que pretendem representar os anseios das comunidades?
Não, isso não seria democrático.
Deixar de computar os votos dos eleitores residentes nestas comunidades?
Não, isso não seria democrático.
Adiar a eleição nos municípios do estado onde exista a influência do “Estado Paralelo”, sobretudo, no município do Rio de Janeiro, até que o “Estado Formal” retome estes territórios?
- Não, isso não seria democrático, milhões de eleitores não participariam da eleição, não exerceriam o seu direito e na prática poderia significar um adiamento sine die.
Então, o que faremos?
Nada ou quase nada, como temos feito ao longo dos últimos anos para enfrentar o “Estado Paralelo” que enriquece os seus mandatários e submete a população fluminense aos efeitos deletérios do tráfico de drogas, das milícias, dos apoios, do transporte alternativo clandestino, do jogo dos bichos, dos táxis piratas, dos flanelinhas, dos motos-táxi, da pirataria, dos cambistas, etc.
As Polícias Militar e Civil irão continuar na política do desarmamento ou política confronto ou política do tiro, porrada e bomba – como pretendam qualificar as autoridades e a mídia - enquanto os Policiais – os fiscais das ruas e de toda esta desordem criminosa - irão continuar cumprindo ordens, arriscando a própria vida, desqualificados e desvalorizados, recebendo míseros salários, que representam menos de R$ 30,00 por dia.
Isso os Policiais Militares e Civis não cooptados pelo “Estado Paralelo”, pois os cooptados não se preocupam com os salários.
Nós cidadãos fluminenses não conseguimos aprender que:
“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada” (Edmund Burke).
Nós – os cidadãos de bem – ignoramos as represálias feitas contra o Comando Geral da Polícia Militar, os “Coronéis Barbonos” e os “40 da Evaristo”, ficamos inertes, não apoiamos os que ousaram erguer a voz, mostrar o rosto e clamar por mudanças.
O “Estado Paralelo” agradeceu, ele precisa de uma Polícia mal qualificada, sem condições de trabalho e pessimamente remunerada!
E agora, diante de fatos tão graves, mais uma vez, não faremos nada ou quase nada e a vida seguirá em frente rumo a total desagregação social.
Concluindo, questiono:
Qual é o(a) candidato(a) a Prefeito indicado pelo “Estado Paralelo” em cada comunidade por ele dominada”?
Apesar de tudo, eu ratifiquei um aprendizado e novamente não vou votar em nenhum candidato a Prefeito ou a Vereador de partido político que tenha contribuído - por ação ou por omissão - para o nosso caos social do dia a dia.
Aliás, avançarei um pouco mais, farei campanha contra, conclamando quantos eu puder para votar com esta consciência.
E sonho que os homens e as mulheres de bem façam a mesma coisa!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

QUAL SEU CORPO DE BOMBEIROS ? - TENENTE BOMBEIRO MILITAR LAURO BOTTO.

Diante diversas pesquisas e análises, constatamos que o salário do Bombeiro do Rio de Janeiro é o PIOR do Brasil. Reparem que foi escrito PIOR, e não MENOR.
Pois bem...
Dentro do “Corpo” há diversos tipos de salários. Veja em qual deles você se enquadra:
- Bombeiros (?) Médicos têm carga horária semanal fixa de 24h e recebem Gratificação por Plantão Extraordinário – GPE, de R$2.100,00, para trabalharem 12h a mais por semana. ESTE NÃO É O MENOR SALÁRIO DO BRASIL!
- Bombeiros (?) Dentistas e Operadores de Raio X recebem Gratificação Extraordinária por estarem expostos à radiação e têm carga horária semanal pré-estabelecida de 24h. ESTE NÃO É O MENOR SALÁRIO DO BRASIL!
- Bombeiros que recebem até R$1.700,00 por mês podem realizar cursos da Secretaria Nacional de Segurança Pública, recebendo uma Bolsa-Formação durante um ano no valor de R$400,00. Ou seja, Se um 2º Tenente BM recebe R$1.900,00, não tem direito. Se um 3º Sargento recebe R$1.600,00, tem direito à participação nos cursos, faz jus à Bolsa-Formação e, consequentemente, terá vencimentos maior que o 2º Tenente (Onde está nossa famingerada Hierarquia?) - ESTE NÃO É O MENOR SALÁRIO DO BRASIL!
- Bombeiros que recebem a GEE – Gratificação de Encargos Especiais, do nosso saudoso (?) Marcelo Alencar, Vulgarmente conhecida com “os 60% dos delegados”. ESTE NÃO É O MENOR SALÁRIO DO BRASIL!
- Bombeiros que recebem a mais que famosa pecúnia, que variam entre 10%, 20%, 50%, 100% e, pasmem, até 150%! ESTE NÃO É O MENOR SALÁRIO DO BRASIL!
- Bombeiros que recebem uma bela “Lambida do Boi”! ESTE NÃO É O MENOR SALÁRIO DO BRASIL!
- Bombeiros Aviadores recebem Gratificação de até R$5.000,00 para se manterem em “nossas” fileiras. ESTE NÃO É O MENOR SALÁRIO DO BRASIL!
E, por último...
- Bombeiros sem Pecúnia, sem GPE, sem GEE, sem Grat RX, sem “Bolsa-Formação Pronasci”, sem Carga-Horária de trabalho semanal pré-estabelecida, sem “Hora-Extra”, sem Vale-Transporte. ESTE É O MENOR E O PIOR SALÁRIO DO BRASIL!
O Comandante-Geral de 2026 é, hoje, um Capitão ou um Tenente mal-remunerado, desmotivado e muito provavelmente pertencente ao último grupo.
Ou será ele um Médico que trabalhará 24h por semana como Comandante-Geral?
O que a Corporação almeja para o futuro, além do 7 de Setembro, Operação Reveillon, Operação Carnaval... ?
E o Cabral vai dar aumento(?)...
Qualquer tipo de aumento (ou melhor, reajuste) concedido por nossos Governantes será irrisório para esses últimos.
Precisamos de aumento? Sim, todos precisamos e merecemos. Porém, mais que um maior salário, precisamos de UM NOVO E MELHOR SALÁRIO onde a Hierarquia dos Postos, Graduações e funções prevaleça, onde a carga horária de trabalho seja a mesma para todos, como em qualquer instituição civil ou militar descente.
“JUNTOS SOMOS FORTES
LAURO BOTTO
TENENTE BOMBEIRO MILITAR

quarta-feira, 23 de julho de 2008

OS "CORONÉIS BARBONOS", OS "40 DA EVARISTOS" E O "ESTADO PARALELO".

O estudioso de primeira hora do tema criminalidade logo descobre que o crime organizado para prosperar busca cooptar no primeiro momento os policiais – os fiscais das ruas - permitindo que o crime se instale e se multiplique pelas esquinas, seja ele qual for e no segundo momento tem por objetivo cooptar os políticos, construindo uma estrutura denominada “estado paralelo”, que infiltra os seus tentáculos no “estado formal” – na Polícia e na Política - construindo uma rede destruidora de influência criminosa.
A mídia nacional tem noticiado exaustivamente nos últimos anos, que o crime já tem alcançado o seu segundo objetivo em muitos estados brasileiros e o Rio de Janeiro é um destes estados afetados por esta virulência.
A gravidade da situação – a expansão do “estado paralelo” – põe em risco o estado democrático de direito, por exemplo, quando a própria campanha eleitoral é posta em descrédito, diante da impossibilidade de candidatos buscarem votos nos denominados “currais eleitorais”, conforme o noticiado pela mídia.
Candidatos escoltados representam em apertada síntese que naquele espaço geográfico o estado formal não detém os monopólios exclusivos do uso da força, da tributação e da justiça.
Partindo deste pressuposto, o próprio processo eleitoral como um todo fica comprometido e o cidadão perde a sua representatividade na escolha dos ocupantes dos cargos políticos.
Se o processo eleitoral não é livre, universalmente democrático, ele não é um instrumento da democracia, portanto, diante da impossibilidade de exercer o direito da livre de escolha dos seus representantes, o povo fluminense fica apartado da democracia e os eleitos acabam por não representarem a vontade popular.
Isso não é democracia!
E qual a relação entre esta nefasta realidade e a mobilização cívica realizada pelos Policiais Militares e pelos Bombeiros Militares, integrantes dos grupos dos “Coronéis Barbonos” e dos “40 da Evaristos”?
A resposta é simples para quem é Policial Militar ou Bombeiro Militar, ou seja, a relação é direta.
Os militares estaduais que no ano de 2007 encaminharam documentos formais ao governo do Estado do Rio de Janeiro e que foram as ruas, ordeira e pacificamente, nos anos de 2007 e 2008, para conscientizar à sociedade fluminense sobre a gravidade da situação vivenciada pelas suas instituições, estavam exteriorizando um grito de alerta, mais do que isso, um grito de socorro.
Não foram ouvidos.
O Comando Geral da Polícia Militar foi exonerado.
Os Coronéis e os Tenentes-Coronéis que participaram da mobilização foram exonerados, perderam gratificações e foram condenados ao ostracismo.
Legislações estaduais foram modificadas para prejudicar os Coronéis, condenados subsidiariamente a uma aposentadoria compulsória aos 50 anos de idade, isto com a aprovação da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Oficiais mobilizados foram transferidos das unidades.
E se você, caro leitor, acha que não existe relação entre os dois fatos, responda a seguinte pergunta:

Será que os “Coronéis Barbonos”, os “40 da Evaristos” e os Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros que os apoiaram faziam parte dos cooptados pelo “estado paralelo”?
Obviamente, não!
Eles eram e alguns ainda são, a resistência!

JORNAL DO BRASIL ONLINE - CRIME: MILÍCIAS FINANCIAM CAMPANHAS NO RIO.

JB ONLINE.
O primeiro golpe no curral das milícias.
Felipe Sáles, Paula Máiran e Renata Victal, Jornal do Brasil.
RIO - A campanha eleitoral no Rio virou caso de polícia. Somente uma milícia da Zona Oeste faturou neste ano R$ 17 milhões em negócios criminosos para financiar campanhas de seus candidatos próprios, impostos à força do medo nos seus currais eleitorais.
Há centenas desses currais no Rio, controlados pelo tráfico de drogas, por política clientelista e por milícias.
Essa realidade enfrentada por cerca de 500 mil eleitores em favelas do Estado foi tema de série de reportagens do JB desde o domingo dia 13 de julho.
O primeiro a admitir a gravidade do contexto foi o coordenador de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Márcio Victor Alves Pereira:
– Trata-se de uma questão de segurança pública – afirmou ontem o magistrado, que convocou, no dia 11 de julho, a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral para agir contra dos donos dos currais.
O governador Sérgio Cabral Filho, de Brasília, anunciou ontem que aceita, sim, a ajuda da PF para garantir no Rio o exercício constitucional do livre ir e vir de candidatos pela cidade. Há pelo menos duas décadas que política e tráfico se tornaram assuntos um tanto quanto mesclados no Rio.
Fenômeno mais recente é o das milícias eleitoreiras, surgidas há menos oito anos, segundo a própria polícia. São pelo menos cem as comunidades em que milícias já subtraíram a soberania da população.
A prisão, na noite de anteontem, do deputado estadual Natalino Guimarães (DEM) representou golpe e tanto em certo bando miliciano da Zona Oeste, a despeito da ousadia da reação a tiros dos acusados.
Nem tudo está perdido, no entanto. Na Zona Sul, Ingrid Gerolimich (PT) pediu e obteve apoio policial para subir à Rocinha a despeito de ameaças. Na Baixada, o TRE fechou ontem centro social inaugurado neste ano de campanha por Chico Borracheiro (PV), flagrado em puro clientelismo.

JORNAL DO BRASIL ONLINE - BELTRAME DECRETA O FIM DAS MILÍCIAS.

Beltrame: Milícia na Zona Oeste está caminhando para o fim.
JB Online.

RIO - O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que grande parte da quadrilha miliciana carioca está desarticulada. A afirmação foi feita em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, no auditório da Secretaria de Estado de Segurança, após a prisão em flagrante do deputado Natalino Guimarães (DEM), ocorrida esta madrugada, na Zona Oeste do Rio.
- Esse foi um duro golpe na milícia do Rio. Foram presas peças importantes desse quebra-cabeças. Mas existe ainda muito trabalho pela frente – disse o secretário.
A Polícia Civil já conseguiu tirar das ruas 15 pessoas ligadas ao grupo de milicianos que atua na Zona Oeste. Seis estão presos, sete estão foragidos e dois já foram identificados.
O secretário afirmou que a operação bem-sucedida não ocorreu da noite para o dia. Esta foi apenas mais uma etapa de um trabalho que vem acontecendo há muito tempo. São cinco meses desde a abertura do inquérito.
- Acreditamos que a atuação da milícia na Zona Oeste esteja caminhando para o fim. Hoje tivemos mais um desdobramento dessa operação – afirmou Beltrame.
Ao lado do chefe da Polícia Civil, delegado Gilberto Ribeiro, o secretário elogiou os responsáveis pela prisão: a Delegacia de Crime Organizado e o delegado Marcus Neves.
- Flagrante em crime de milícia é muito difícil de conseguir. Ainda mais na Zona Oeste, que é uma área muito extensa. São mais de 30 comunidades naquela região – explicou o secretário.
No período de junho de 2006 a junho de 2008, a Polícia Civil já conseguiu reduzir em 50% o número de homicídios na região de Realengo, Bangu e Campo Grande.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O DIA ONLINE - OPERAÇÃO POLICIAL CONTRA MILÍCIA.

DIA ONLINE.
22/7/2008 09:48:00
'Essa prisão é uma covardia, ela não existe', diz Natalino Deputado estadual foi preso e é acusado de chefiar grupo de milicianos.
Celso Oliveira.

Rio - Numa operação que envolveu mais de 100 policiais civis e militares, o deputado estadual Natalino José Guimarães (DEM), acusado de chefiar o grupo de milicianos Liga da Justiça, foi preso no final da noite desta segunda-feira em Campo Grande, Zona Oeste do Rio.
Cinco suspeitos de integrar a quadrilha, incluindo dois policiais militares, também foram capturados e um deles foi baleado em tiroteio ocorrido na rua onde mora o deputado.

Alerj se reúne quarta.
Por conta da prisão, a presidência da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro convocou, em caráter extraordinário, os membros da Mesa Diretora, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e do Conselho de Ética para a reunião na manhã desta quarta-feira, quando serão avaliados os autos de prisão de Natalino e uma possivel cassação de seu mandato.

Armas e munições na casa.
De acordo com a polícia, um arsenal com dez armas e grande quantidade de munição foi encontrado na casa de Natalino e em seis carros estacionados nas proximidades e também apreendidos. O parlamentar disse que a prisão foi arbitrária e classificou-a como perseguição política. Por volta das 22h, policiais da 35ª DP (Campo Grande), chefiados pelo delegado-titular Marcus Neves, e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) cercaram a casa do deputado, um dúplex na Rua Itatitara 95. Policiais do Regimento de Polícia Montada da PM (RPMont) foram acionados durante o tiroteio para reforçar a ação.
Dentro da casa, segundo Neves, estaria acontecendo reunião entre Natalino e mais 15 membros do grupo paramilitar, que também seria comandado pelo irmão dele, o vereador Jerônimo Guimarães Filho (PMDB), preso desde dezembro.
O delegado informou que os policiais foram recebidos a tiros na chegada e que o deputado tentou fugir em seu carro, mas o parlamentar rebateu a versão, afirmando que se entregou ao ser rendido pelo próprio Marcus Neves. "Eles não apresentaram nenhum mandado e já foram invadindo a minha casa, dando tiros para todos os lados. Não ia fugir, estava no portão, saindo para dar carona ao meu motorista, e de repente vi vários fuzis apontados para mim. Essa prisão é uma covardia, ela não existe. E não havia nada de errado dentro da minha casa, o Marcus Neves está mentindo", bradou Natalino, que foi logo algemado. O delegado informou que não precisava de ordem judicial para prender o deputado estadual, que tem imunidade parlamentar, por encontrá-lo "em estado de flagrante", pois na hora Natalino teria praticado os crimes de formação de quadrilha, porte ilegal de armas (uma espingarda e uma pistola), tentativa de homicídio (contra os policiais) e favorecimento pessoal - delitos inafiançáveis e não cobertos pela proteção da imunidade. Segundo Neves, o favorecimento refere-se ao abrigo que Natalino estaria dando a um foragido da Justiça - Fábio Pereira de Oliveira, o Fábio Gordo, 34, procurado por homicídio e extorsão. Suspeito de ser um dos principais aliados do deputado na milícia, Fábio foi ferido no braço esquerdo durante a troca de tiros.
Além dele e do parlamentar, foram presos o cabo do 27º BPM (Santa Cruz) Rogério Alves de Carvalho, motorista de Natalino, o cabo do Regimento de Polícia Montada da PM (RPMont) Ivilson Umbelino de Lima, o Bibico, que se apresentou no batalhão, o agente penitenciário Wagner Rezende de Miranda, o Waguinho, 52, que seria segurança do deputado, e um assessor dele na Alerj, Júlio César Pereira da Costa, 40. O restante do bando conseguiu escapar.

FOLHA DE SP ONLINE - MEGAOPERAÇÃO SEM PRESOS.

22/07/2008 - 14h28
Megaoperação em busca de assassinos de jovens da Providência termina sem presos.
Colaboração para a Folha Online, no Rio.

Nenhum dos cem mandados de prisão que a polícia tinha para a megaoperação realizada nesta terça-feira no complexo de São Carlos, na região central do Rio, foi cumprido. Entre os mandados estavam os de suspeitos de envolvimento no assassinato dos três jovens do morro da Providência (centro do Rio) entregues a traficantes do morro da Mineira (centro) por militares.
A operação, que começou no início da manhã, terminou por volta das 12h com dois suspeitos detidos e um suposto criminoso baleado. Apenas porções de maconha foram apreendidas na ação.
Mais de 200 policiais civis participaram da incursão no conjunto de favelas, que inclui o morro da Mineira, para onde os jovens da Providência foram levados pelos militares. No entanto, nenhum dos cem suspeitos que tinham mandado de prisão expedido pela Justiça foi encontrado.
Esta foi a terceira operação montada para tentar prender os supostos assassinos no morro da Providência, e a segunda a fracassar. Há suspeitas de vazamento de informações sobre a operação desta terça.
Na semana passada, a polícia fez a
primeira prisão de um suspeito de envolvimento na morte dos jovens. O suposto traficante Edson de Oliveira Paiva, conhecido como Chaperó, negou ter participado do crime.
O crime
No dia 14 de junho, Wellington Gonzaga Ferreira, 19, David Wilson da Silva, 24, e Marcos Paulo Campos, 17, foram detidos pelos 11 militares no alto do morro da Providência por desacato e entregues a traficantes do morro da Mineira (centro do Rio), ligados à facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), rival ao CV (Comando Vermelho), que controla o tráfico na Providência.
O Exército começou a ocupar o morro da Providência em dezembro de 2007, mas saiu no último dia 25 por ordem da Justiça, depois da morte dos jovens e de denúncias de que os militares estariam exercendo funções de Segurança Pública e abusos de poder.
Os militares levaram os jovens para o quartel do Exército próximo à Providência, mas o capitão Leandro Ferrari, que comandava o quartel no momento, ordenou que os rapazes fossem liberados. No entanto, o tenente Ghidetti, que havia levado os jovens ao quartel, desobedeceu a ordem e, com outros dez militares, entregou aos traficantes da Mineira os rapazes, que apareceram mortos no dia seguinte em um aterro sanitário. Os 11 militares foram presos no dia seguinte e, segundo a polícia, confessaram o crime.
O caso abriu uma crise sobre a presença do Exército na comunidade. A Justiça Federal determinou a retirada dos militares do morro, e o governo federal recorreu e conseguiu que a Justiça mantivesse as tropas, mas somente na rua onde as obras são feitas. No dia 24 de junho, porém, a Justiça Eleitoral determinou a paralisação das obras, alegando caráter eleitoral no projeto, e, com isso, o ministro Nelson Jobim (Defesa) anunciou que o Exército também deixaria totalmente o morro.
Dos 11 militares, três foram soltos por determinação da Justiça, e oito permanecem presos no Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca (zona norte do Rio).

ZORRA TOTAL - MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA.

ZORRA TOTAL
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
18/07/2008

Se a corrupção no Brasil tem uma longa história, a ponto de se tornar um elemento cultural, uma visão de mundo que permeia a sociedade de alto a baixo, tudo indica que agora chegamos ao clímax dessa mazela que, na verdade, se constitui um dos empecilhos ao nosso desenvolvimento.
O mais recente escândalo, que envolve figuras da cúpula política e econômica, e está presente no caso do banqueiro Daniel Valente Dantas, desnuda a zorra total em que se converteu o mais alto comando do país e é indicativo do grau de imoralidade pública a que se chegou. Se bem que os negócios escusos já tinham suas ramificações em governos anteriores, estão bastante acentuados desde 2003 e viriam à luz se não fossem abafados pelo Executivo.
Afinal, o caso Dantas ficou rente ao promissor Lulinha que, para orgulho de seu pai está tendo uma carreira, digamos, “empresarial” vertiginosa. Colou de forma inconveniente no companheiro mais chegado do presidente da República, seu chefe de gabinete Gilberto de Carvalho. Chegou perto demais do braço direito de Sua Excelência, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, indicada, pelo menos por enquanto pelo próprio Lula da Silva para sucedê-lo. Mostrou ligações perigosas com o ainda poderoso José Dirceu. Envolveu outros devotados colaboradores do presidente e do governo do PT, entre os quais, o dedicado compadre Roberto Teixeira, o ex-deputado federal petista Luiz Eduardo Greenhalg, o ex-ministro Luiz Gushiken, o colaborador do PT Marcos Valério, o exótico ministro Mangabeira Unger, sem falar em deputados, senadores, personalidades, empresas.
Para manter as aparências éticas, que o PT gostava de ostentar no passado, o presidente Lula da Silva apareceu diante de câmaras e microfones para dar um carão no delegado Protógenes Queiroz, responsável pelas prisões do banqueiro. Protógenes foi afastado do caso pela PF, ou seja, em última instância pelo próprio governo, mas Lula da Silva chamou Protógenes de mentiroso e disse que moralmente ele tinha que permanecer no cargo. Mais um espetáculo da política, é claro.
A bem da verdade, a prisão de Dantas, algemado, efetuada de modo espetacular e devidamente televisionada, e de mais dezesseis pessoas, entre elas, Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta teve lances de Estado Policialesco. Parece que o delegado reconheceu seus erros e exageros, mas supôs que não seria defenestrado.
O problema, porém, não se circunscreve ás trapalhadas do delegado ou a inconveniência do processo para a classe dominante. A questão mais grave está na crise sem precedentes que o caso gerou no Judiciário, algo que num país sério teria outros desdobramentos.
Dantas foi preso e solto duas vezes em uma semana, o que fez com que a Operação da polícia, denominada de Satiagraha, fosse jocosamente denominada de solta e agarra. O banqueiro foi solto por hábeas corpus concedidos pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, que considerou a prisão, da forma como foi feita, ilegal. Tal ato desencadeou contra o ministro reações de repúdio da parte de juízes, que se solidarizaram com o juiz Fausto Martins De Sanctis que mandara prender Dantas duas vezes, e de promotores, sendo que chegou a ser aventada a idéia de impeachment do presidente do STF. Mas enquanto o caso se desenrola no vai vem do prende e solta cabe indagar o que significa tudo isso.
Será que houve apenas o legitimo anseio de cumprir a lei, da parte do delegado e do juiz? Mas se isso é verdade, por que nenhum petista envolvido foi preso?
Será que tudo não passa de manobra política para fortalecer ainda mais o Executivo e destruir o Judiciário? Afinal, a rebelião de juízes e promotores contra a instância máxima da Justiça significa a quebra total da hierarquia e o achincalhamento do STF.
Será que tudo não passou de uma ação mirabolante de um delegado que se compraz na luta de classes e combate os ricos para dar à sociedade aquele delicioso prazer da vingança contra os poderosos?
Será que foi uma manobra de Tarso Genro, ministro da Justiça, para tomar o lugar da mãe do PAC na próxima disputa presidencial?
Seja lá o que for o caso demonstra que há um perfeito conluio entre o poder político e econômico. Mas se perguntado ao simples cidadão o que ele acha sobre esse fragoroso escândalo, provavelmente ele responderá não tem conhecimento ou entendimento do que está se passando.
Além do mais, no nível de degradação moral a que chegamos, o brasileiro comum é aquele que diz que não devolveria dinheiro alheio se encontrasse, que aceita por qualquer pagamento ser laranja, que gosta mesmo é de ligar a TV e assistir um jogo do Corinthias. O brasileiro seja rico ou pobre é fácil de comprar, pois está sempre em liquidação.
Neste contexto a maioria se compraz na adorável zorra total, misto de circo e máfia que faz as delícias dos poderosos e dos bagrinhos espertos que sabem achacar pedindo: “Dá dois pau ai pra mim, ô meu”.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, escritora e professora.
mlucia@sercomtel.com.br

segunda-feira, 21 de julho de 2008

TERRA - NOTÍCIAS - SECRETÁRIO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DIZ QUE POLÍTICA DE SEGURANÇA DO RJ É ERRADA.

TERRA.
Rio: política de segurança é errada, diz secretário.
Vasconcelo Quadros.
O secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Brisolla Balestreri, disse, em entrevista ao Jornal do Brasil, que a política de enfrentamento utilizada pelo Rio de Janeiro está errada. Ele também afirmou que a classe média é culpada pelo avanço da violência, pois "aplaudiu políticas de eliminação".
Ontem, moradores do morro Azul, na zona sul do Rio de Janeiro, desceram a favela e promoveram uma série de ataques na região, ordenando o fechamento do comércio e da estação do metrô do Flamengo. As ações seriam em represália pela morte de um morador, que teria sido atingido por policiais nesta noite.
O baleado foi identificado como Edson Vaz do Nascimento, 36 anos, e teria sido atingido ao estacionar sua motocicleta em frente a casa de sua mãe no morro Azul.
O que o senhor acha da política de enfrentamento à criminalidade no Rio?
Precisamos ver em que patamar ocorre o crime. Um deles é o crime organizado. Nesse patamar precisamos fazer o enfrentamento. É claro que o crime organizado não se converte com políticas de polícia cidadã ou de proximidade. Mas com um enfrentamento mediado todo o tempo pela inteligência, informação e conhecimento. Mesmo nesse patamar, em hipótese nenhuma, o enfrentamento pode ferir inocentes. Se o preço é ferir um inocente, esse enfrentamento está moral e tecnicamente incorreto. Não podemos trocar a vida de um inocente pela do bandido. O Estado seqüestrou a polícia da nação e a democracia precisa devolvê-la ao povo.
As linhas do Pronasci são opostas ao enfrentamento. Como conciliar o papel do governo federal com a política do governo do Rio?
O Rio passou por uma fase em que se premiava matadores, fase em que o confronto com o crime organizado valia a vida de inocentes. Agora está pagando por todos esses equívocos históricos. Para não setorizar a critica apenas aos governos, a classe média tem muita culpa, na medida em que aplaudiu políticas de eliminação. Agora temos que ajudar a educar a classe média para que ela perceba que, quando aplaude a eliminação dos pobres, isso nunca vai parar nos pobres. A política de eliminação vai acabar tomando a vida dos filhos da classe média.
É o que está contecendo, hoje, no Rio?
Se trocar aquela tragédia com aquela criança de três anos (João Roberto Soares, assassinado na semana passada dentro do carro dirigido pela mãe) e pensar que dentro do automóvel poderiam estar três jovens negros, pobres, homens e trabalhadores e tivessem sido fuzilados, provavelmente os setores formadores de opinião estariam aplaudindo e dizendo: menos três bandidos. Há muita hipocrisia. O senso comum é mau conselheiro na área de segurança pública. Não podemos fazer segurança com base em emoções. Podemos entender as emoções de uma população atemorizada, mas os operadores públicos têm de administrar com a razão. Segurança não se faz com o fígado, e sim com o cérebro.
A política de segurança do Rio está equivocada?
É equivocada e foi pouco inteligente
, porque trabalhou sempre com a perspectiva da ideologia da guerra. E nunca parou para perceber que essa ideologia leva aos trágicos índices que o Rio tem hoje e que nunca mudam. Se tivesse funcionado nos últimos 40 anos, os índices teriam sido alterados. Mas tenho de ser justo com o governo do Rio. Nos últimos dois meses temos recebido projetos que apontam para o processo de conscientização dos gestores de segurança.
Quais são os sinais?
Projetos de controle biométrico de arma de fogo, cujo controle sempre foi um caos. As armas de fogo apreendidas hoje eram repassadas amanhã para o tráfico. Nunca se teve clareza sobre quantas armas usadas pelos policiais, quantos tiros deram. Estou recebendo um projeto revolucionário de algo que sempre marcou a história do Rio. Quando recebo um projeto para colocar todos os policiais na universidade ele é coerente com o mundo contemporâneo, que é o mundo da complexidade, onde o policial ensina a universidade e esta também ensina a polícia.
Qual é a saída?
Temos uma proposta que está sendo bem aceita pelo governo do Rio, que é a troca das armas de guerra por armas tenicamente adequadas para uso em meio urbano. Enviamos recursos para a compra de 1.500 carabinas ponto 40, que têm poder suficiente de parada e não vai ferir quem está atrás ou atravessar parede. A lógica da guerra não vale para um país democrático. Não estamos em guerra, onde vale até matar um inocente.
Os governos estaduais investem muito em viaturas e armas. O que falta?
Esse é o momento de investir mais em formação, em capital humano
, inteligência e num leque de armamento que vai das não-letais às letais para que o policial as escolha para o tipo de ocorrência adequado,em polícia comunitária, que chamamos de política de proximidade, em operações especiais cujo objetivo seja preservar a vida. Em segurança pública sabemos cientificamente o que fazer para dar certo. O problema é conseguir remover essa maldita cultura empírica. Por que as pessoas (gestores) não conseguem olhar para as estatísticas e perceber que tudo isso é um desastre e que tem de mudar a maneira de intervir?
Qual é a dificuldade em aplicar uma política com rigor ao crime, mas com respeito ao cidadão?
Quando chegou para nós um projeto pedindo R$ 55 milhões para a segurança do Rio, nós devolvemos e exigimos que se fizesse um projeto de malha presencial de polícia para que o Rio superasse o modelito histórico da política que entra tiroteando, sai e tudo continua na mesma. A pergunta que fizemos é: como é que a polícia do Rio ia entrar (numa favela) e ficar? O Rio teve a humildade de retomar o projeto e apresentou uma proposta com malha presencial. O Rio também nos pediu dinheiro para os caveirões. Nós respondemos que enquanto não se resolvesse esse confronto entre o uso de blindados e a população civil, que reclama, a União não vai financiar caveirões.
O Rio tem condições de mudar sua política?
O Rio já está se dando conta de que a mera política de confronto não tem levado a bom resultado. O que acontece hoje é por inércia cultural. A herança maldita é a ideologia da guerra, mas está percebendo que isso não funciona.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

EXTRA ONLINE.
Cadete da PM agride e tenta rouba auxiliar de bar na Lapa.
http://extra.globo.com/rio/materias/2008/07/20/cadete_da_pm_agride_tenta_rouba_auxiliar_de_bar_na_lapa-547331411.asp
Carlos Brito – Extra.
RIO - O fim da noite de sábado seria agradável para o ajudante de bar Tiago Monteiro, de 19 anos. Depois de passar quase 10 horas trabalhando na sinuca e gafieira Lapa 40º, ele iria se encontrar com o irmão e os amigos na Lapa, onde passaria o restante da madrugada bebendo e conversando. Isso até cruzar o caminho do aspirante da Polícia Militar Diego Nascimento Fusco, de 21 anos. Completamente embriagado, Diego tentou roubar R$ 105 de Tiago. Depois de perseguido e alcançado por amigos da vítima, o futuro PM foi levado preso à 5ª DP (Mem de Sá), onde acabou autuado por tentativa de roubo.
- Eram 4h30m e eu estava a caminho da Rua do Senado, quando ele veio na minha direção. Estava bêbado e começou a gritar comigo, afirmando que eu era garoto de programa. Ele me espancou, pegou a minha carteira, e levou R$ 105. Nessa hora, meu irmão ligou para o meu celular. Foi a minha sorte - relembrou Tiago.
Pelo telefone, Anderson ouviu o cadete perguntando a Tiago onde ele trabalhava e afirmando que era da Polícia Federal. Anderson e mais um grupo de amigos, que já estavam na Lapa, correram até a Rua do Senado onde encontraram o PM e Tiago.
Segundo o ajudante de bar, surpreso com a chegada do grupo, o cadete fugiu com os R$ 105. Ele foi perseguido pelo grupo até um prédio em construção na Praça Tiradentes. Lá, ainda de acordo com Tiago, ele foi cercado e, posteriormente, preso por policiais do 13º BPM (Praça Tiradentes), que o levaram até a 5ª DP.
Muito embriagado, Diego caiu no chão da delegacia e precisou ser carregado por dois policiais militares. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve de ir à delegacia para aplicar soro no cadete. Somente a partir da medicação ele começou a se recuperar.
- Ele vai ter que responder pela tentativa de roubo. O Tiago foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para passar por exame de corpo delito. O cadete também tinha hematomas pelo corpo - disse a delegada Daniela Rebelo.
Por meio de sua assessoria de comunicação, a Polícia Militar informou que o cadete - após receber tratamento no hospital da corporação - será encaminhado ao Batalhão Especial Prisional. Ainda de acordo com a assessoria, Diego atualmente está no terceiro ano do curso de formação de oficiais da Polícia Militar, na Academia Dom João VI.

MAIS POLICIAIS MILITARES ASSASSINADOS.

DIA ONLINE.
Dois policiais militares são assassinados na Baixada e Abolição.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/dois_policiais_militares_sao_assassinados_na_baixada_e_abolicao_186593.asp
Rio - Dois policiais militares morreram assassinados ontem no Rio e na Baixada Fluminense. De manhã, o sargento do 17º BPM (Ilha do Governador) Josué Queiroz de Araújo, de 45 anos, foi executado com cinco tiros na cabeça no momento em que saía de um supermercado na Rua Retiro da Imprensa, bairro Piam, em Belford Roxo. À noite, o sargento Marco Antônio Souza Moraes, do Regimento de Polícia Montada, foi atingido em troca de tiros com bandidos na Rua Basílio da Gama, na Abolição.
O crime na Baixada ocorreu por volta das 11h. Homem que estava na garupa de uma moto foi o autor dos disparos que mataram o sargento Josué. O delegado Mario Andrade, da 54ª DP (Belford Roxo), disse que a principal hipótese do crime é vingança já que os criminosos não levaram nada do PM.
Às 19h, na Abolição, um Palio com cinco homens fechou a moto onde o sargento Marco estava com um amigo, que conseguiu fugir. Houve troca de tiros e o policial militar acabou atingido. No confronto, uma criança de 13 anos foi alvejada por bala perdida na nádega esquerda e o estudante Sol Rey de Oliveira, 25 anos, ficou ferido de raspão no rosto. Os dois passam bem.
EXTRA ONLINE.
Sargento da PM é assassinado em Belford Roxo.
http://extra.globo.com/rio/materias/2008/07/20/sargento_da_pm_assassinado_em_belford_roxo-547331694.asp
Bernardo Moura – Extra.
RIO - Um sargento da PM foi morto a tiros na manhã deste domingo em Belford Roxo, município da Baixada Fluminense. Josué Queiroz de Araújo, de 45 anos, tinha acabado de sair de um supermercado na Rua Retiro da Imprensa e seguia até seu carro, um Corsa Sedan, quando foi abordado por um homem em uma moto.
Segundo relato de testemunhas à polícia, os dois conversaram por alguns instantes e, quando Josué virou as costas, o homem - que não foi identificado - disparou seis vezes contra a cabeça do PM. A vítima morreu no local. O bandido fugiu levando apenas a carteira de Josué.
A polícia ainda não tem pistas do assassino. Mas há a suspeita de que o crime tenha sido motivado por vingança. Isso porque Josué morava na comunidade Bacelar, que fica a poucos metros do local do crime.
Na semana passada, operação do 39º BPM (Belford Roxo) na favela terminou com um bandido morto. De acordo com a polícia, esse traficante seria "querido" na região. No dia seguinte à morte, o comércio teve que cerrar suas portas e moradores fizeram protesto. O assassinato do PM seria mais uma forma de retaliação à morte do traficante, suspeitam os policiais. O caso será investigado pela 54ª DP (Belford Roxo).
Josué, que era lotado no 17º BPM (Ilha do Governador), iria se aposentar em três anos. A mulher do policial, muito abalada, não quis falar com a imprensa. Segundo amigos da tropa, o PM era uma pessoa tranqüila que já fazia planos para quando sua aposentadoria chegasse:
- Ele nem queria mais saber de ir pra rua. Patrulhava apenas no PPC do Boogie Woogie (favela da Ilha do Governador). É uma perda muito grande para todos nós. Isso tem que acabar, o Josué já é o segundo colega que perco esta semana - desabafou um policial do 17º BPM, que preferiu não se identificar.
No sábado,
o agente penitenciário Ivanildo Machado Ferreira, de 42 anos, foi assassinado a tiros quando passava pela Rua Degas, em Del Castilho. Segundo informações da polícia, ele foi vítima de um grupo de bandidos que roubavam carros no local. (Veja a fotogaleria do local do crime).

PROTESTOS CONTRA VIOLÊNCIA POLICIAL e POLICIAIS MILITARES INVESTIGADOS.

O DIA ONLINE.
Dia de luto e protesto contra violência policial.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/dia_de_luto_e_protesto_contra_violencia_policial_186591.asp
Mortes de motoboy no Flamengo e de administrador em São Cristóvão provocam manifestações contra ações mal planejadas.
Rio - O enterro do motoboy Edson Vaz do Nascimento, 36 anos, morto no início da noite de sábado no Morro Azul, no Flamengo, foi marcado por revolta e indignação. As cerca de 200 pessoas que compareceram ao Cemitério São João Batista, em Botafogo, ontem à tarde, protestaram com faixas e cartazes contra a Polícia Militar, a política de segurança e o governador Sérgio Cabral.
Durante o enterro, moradores voltaram a acusar policiais conhecidos como ‘bonde dos carecas’ de terem atirado contra Edson. Segundo eles, o grupo costuma extorquir traficantes e intimidar moradores. “Foi um desastre. Ele era trabalhador, não um bandido. Os policiais subiram o morro para ‘mineirar’ (extorquir) e acabaram causando uma tragédia na comunidade. Atiraram sem nenhum motivo”, disse uma vizinha da vítima, que pediu para não ser identificada.
Outro morador contou que estava ao lado de Edson quando ele foi atingido pelo tiro de fuzil. Segundo ele, os PMs nem chegaram a abordar o motoboy: “Podia ter sido eu ou qualquer outra pessoa que estivesse ali. É uma vergonha o que aconteceu”.
A viúva, Alessandra do Nascimento Rodrigues, 25 anos, contou que o marido tinha saído de casa para fazer um lanche e parou para conversar com um amigo que encontrou no caminho. Foi quando acabou baleado. Segundo ela, depois de constatarem a morte, os PMs quiseram retirar o corpo do local. “Isso revoltou a comunidade, que não deixou eles levarem meu marido”, lembrou.
PROTESTO VIOLENTO.
Logo depois da morte de Edson, moradores promoveram um protesto violento: destruíram a viatura da PM que ficou na favela, queimaram três carros na Rua Paulo VI e fecharam Rua Marquês de Abrantes. Ontem o policiamento nas redondezas do Morro Azul foi reforçado.
Morando há 10 anos na comunidade, Alessandra lembrou que o marido já havia sido vítima de outra ação desastrosa da PM em 2000, quando foi atingido por três tiros. Pedindo por justiça, ela espera que o policial autor do disparo seja identificado e condenado. “Ele deve pagar pela morte de um inocente”, pediu.
Caminhada em Copacabana contra a morte de administrador
Em Copacabana, a polícia também foi alvo de manifestação promovida por parentes do administrador Luiz Carlos Soares da Costa, 36 anos, vítima de ação desastrada, há uma semana, em São Cristóvão. No protesto, a maior revolta era contra as declarações do Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, de que os PMs que atiraram contra o carro de Luiz agiram corretamente.
“As autoridades precisam rever suas palavras. Os PMs deveriam ter atirado no pneu e ter chamado viatura de socorro. Somos nós que, de forma sofrida, pagamos os salários deles. Sei que são salários baixos, mas os policiais são nossos funcionários e não podem agir assim. Meu irmão foi assassinado”, desabafou Milton da Silva, irmão do administrador. Manifestaram pediram que a Avenida Princesa Isabel se torne espaço contra a violência.

EXTRA ONLINE.
O Globo e O Globo Online.
PMs acusados pela morte de motoboy no Morro Azul têm armas recolhidas para perícia.
http://extra.globo.com/rio/materias/2008/07/20/pms_acusados_pela_morte_de_motoboy_no_morro_azul_tem_armas_recolhidas_para_pericia-547336382.asp
RIO - Quatro PMs acusados por moradores do Morro Azul, no Flamengo, pela morte do motoboy Edson Vaz do Nascimento, de 36 anos, na noite de sábado, foram afastados do serviço nas ruas. Eles vão trabalhar apenas internamente no 2º BPM (Botafogo) durante a sindicância interna e até a conclusão da perícia nas oito armas que estavam com eles.
O enterro do motoboy foi marcado por muita revolta. Indignados, cerca de 200 parentes e amigos de Edson carregavam cartazes pedindo j
ustiça. Em cima do caixão foi colocada uma placa que dizia "Socorro". (
Veja as fotos do enterro )
Na noite do sábado, os moradores do Morro Azul incendiaram carros, depredaram a entrada de uma agência bancária e fecharam a Rua Marquês de Abrantes com lixo e pedaços de madeira. Eles mandaram fechar o comércio, e destruíram um abrigo de publicidade e os vidros de uma agência do HSBC, onde colocaram pedras e troncos de árvore. Uma barricada foi montada e eles atearam fogo.
(Veja imagens da confusão)
O motoboy, que trabalhava numa farmácia da Rua Marquês de Abrantes, mas estava de folga, morreu na noite do sábado. Segundo a esposa dele, Alessandra do Nascimento, Edson saiu de casa para comprar um lanche para a filha e, ao parar para conversar com um vizinho, em frente à casa da mãe, foi atingido com um tiro de fuzil por policiais do 2ºBPM. Os policiais alegam que ouviram o tiro quando estavam no acesso ao morro fazendo uma prisão, mas que não viram quem atirou.
A polícia vai investigar a participação de quatro PMs na ação. Os suspeitos de matar o motoboy prestaram depoimento na noite de sábado e foram liberados. A equipe vai ficar afastada do trabalho nas ruas durante o período de investigação. A única testemunha que prestou depoimento na 9ª DP (Catete) disse que não viu de onde tiro partiu.
Protestos para lembrar vítimas da violência.
Neste domingo,
duas manifestação foram realizadas para lembrar vítimas da violência no Rio . Em Copacabana, parentes e amigos do administrador Luiz Carlos Soares da Costa, de 36 anos, morto numa troca de tiros entre policiais e um ladrão que o havia seqüestrado , fizeram uma passeata. O objetivo da manifestação, que teve a participação de parentes de outras vítimas da violência e membros da ONG Rio da Paz, era chamar a atenção das autoridades públicas para a violência policial, além de pedir a punição dos culpados pela morte do administrador.
Enquanto o protesto pela morte de Luiz Carlos era realizado em Copacabana, em outro ponto da Zona Sul do Rio foi realizada uma missa em homenagem aos policiais militares que foram
fuzilados por bandidos na última quinta-feira na Fonte da Saudade . A missa foi realizada na Igreja de Santa Margarida Maria, na Lagoa, e teve a presença de moradores da região, além de policiais. Representantes do Comando Geral da Polícia Militar do Rio também estiveram presentes. (Veja fotos das manifestações )
O ato religioso foi pedido pela Associação de Moradores da Fonte da Saudade. De acordo com a presidente do órgão, os moradores da Lagoa estão de luto, e cobram uma resposta do governo. Uma outra missa deve ser realizada na próxima quarta-feira, dia em que a morte dos PMs completará uma semana.

POLICIAIS CIVIS: INVESTIGADOS NO RJ E AMEAÇA DE GREVE EM SP.

O DIA ONLINE.
Viaturas investigadas.
http://odia.terra.com.br/rio/htm/viaturas_investigadas_186596.asp
Corregedoria faz levantamento sobre 74 carros da Polícia Civil para saber qual deles teria participado do seqüestro de chinesa.
Paula Sarapu.
Rio - A polícia está fechando o cerco para tentar descobrir a viatura que teria seqüestrado a comerciante chinesa Ye Guoe, 35 anos, desaparecida desde quinta-feira, quando foi levada por supostos policiais depois de trocar R$ 220 mil por dólares em uma casa de câmbio na Barra da Tijuca. A corregedora da Polícia Civil, Ivanete Araújo, iniciou levantamento para saber quais dos 74 novos Palio Weekend, com adesivo dos Jogos Pan-Americanos, pode estar envolvida no sumiço da estrangeira.
Ye Guo foi retirada de um táxi por ocupantes da viatura pouco após sair do Shopping Downtown. Segundo o taxista, ele seguia para o Centro quando três homens desceram e apresentaram distintivos da polícia. Sem reagir, a chinesa os acompanhou.
Imagens da CET-Rio e do 31º BPM (Recreio) já vistas pelos policiais não flagraram viatura com essas características. Os carros, segundo Ivanete, não possuem GPS, mas precisam comunicar as saídas das delegacias ao Centro de Comando (Cecopol) e preencher boletim de tráfego ao abastecer no posto de combustível da polícia.
Hoje, o delegado Alessandro Thiers, da 16ª DP (Barra da Tijuca), vai analisar as imagens do shopping, onde a estrangeira foi vista pela última vez. Ele também pretende confirmar em qual das três casas de câmbio do local Ye Guoe teria feito a transação.
“A história não está encaixando e, com certeza, as pessoas mais próximas poderiam nos auxiliar mais. Precisamos saber a origem do dinheiro e quem mais sabia que ela estaria com aquela quantia. O marido negou que tivessem problemas com a Máfia Chinesa e que tivessem sofrido extorsões”, afirmou o delegado.
Um irmão da vítima, que mora em Ponta-Porã (MS), chegou ao Rio. Parentes estiveram na delegacia e ainda têm esperança de que a polícia a encontre com vida.
Várias versões para dinheiro.
O marido Ye Guoe, Chen Chien Hou, 34 anos, disse que falou com ela pouco antes do desaparecimento, pelo celular. Funcionário de uma pastelaria, ele apresentou ao delegado três versões diferentes sobre a quantia que a mulher portava. De início, não mencionou que ela estava com o dinheiro. Depois, chegou a dizer que eram economias para enviar a parentes na China. Por último, falou que era “coisa dela”.
O casal se conheceu no Brasil há sete anos. Eles têm duas filhas, de 5 e 7 anos, moram na Tijuca e possuem visto permanente. Ye Guoe trabalhava como vendedora de artigos trazidos da China e viaja muito para São Paulo. O consulado chinês acompanha as investigações.
O marido diz que estava em São Paulo. “Ela estava saindo do shopping com aquele dinheiro. Não sei para o que era. Não sei se foi seqüestro. Mas queremos ela de volta”, disse, angustiado.

O GLOBO ONLINE.
Delegado requisita imagens de câmeras de segurança para investigar desaparecimento de chinesa na Barra.
Clique e leia:
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/07/20/delegado_requisita_imagens_de_cameras_de_seguranca_para_investigar_desaparecimento_de_chinesa_na_barra-547336500.asp

O DIA ONLINE.
SP: Polícia Civil ameaça greve em agosto.
http://odia.terra.com.br/brasil/htm/sp_policia_civil_ameaca_greve_em_agosto_186632.asp

São Paulo - A partir do dia 13 de agosto, a Polícia Civil pode entrar em greve em todo o Estado de São Paulo para reivindicar por reposição salarial. Neste domingo, sindicatos do setor realizaram manifestação na Praça da Sé reunindo cerca de 500 policiais.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), João Batista Rebouças da Silva Neto, 30% do efetivo seguirá trabalhando, conforme manda a lei. "Os policiais ficarão em greve por tempo indeterminado se o governo não negociar", garantiu.
As informações são do Terra.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

TENENTE-CORONEL PRÍNCIPE ENTREVISTADO POR GUSTAVO DE ALMEIDA.

Blog do jornalista Gustavo de Almeida:
18 de julho de 2008.
O PRÍNCIPE CONTRA MAQUIAVEL.
Política de confronto, Polícia Comunitária, inteligência policial, investigação, política na polícia, polícia corrupta, enfrentamento, PAC da Segurança: há anos o discurso varia nas palavras mas a ação é a mesma, ou seja, apenas o despejo nas ruas de pessoas pouco instruídas, oriundas de classes sem acesso à educação ,à saúde e à cultura. Pessoas que vão para as ruas pagando uma farda do próprio bolso, com uma arma e virando noites como os dois policiais assassinados na Fonte da Saudade, em um atentado monstruoso contra o Estado. Não se trata aqui de comparar os crimes, e nem de diminuir o horror da morte de João Roberto.
Mas é fato que João Roberto foi morto por pessoas que jamais quiseram matá-lo. Pessoas que pagarão na Justiça pela morte, mas que nunca quiseram, com certeza, matar uma criança. Atiraram porque vivem na política do confronto, da guerra - a solução que se pensou contra o subemprego do tráfico absorvido pelo crime organizado e armado.
No atentado contra o Estado perpretado na manhã desta quinta-feira, a intenção de matar, de cometer um crime bárbaro, está mais do que clara. Esta é a diferença.Se o Estado brasileiro quiser dar uma resposta só para os PMs que mataram João Roberto e para os PMs que foram (e são) assassinados na esquina, a resposta começa com uma palavra só: SALÁRIO.
Jogar um sujeito com uma arma na mão, fazendo bico de segurança por R$ 30 por noite, para se sujeitar a proteger a população é IRRESPONSABILIDADE.
Precisamos parar com o discurso do idealismo. Nem médico faz mais sacerdócio. Segurança Pública é algo seríssimo, é o setor que mais precisa de intervenção. A tropa precisa de lideranças, comandantes, referências, e SALÁRIO. Salário bom, que permita ao policial pensar duas vezes antes de se corromper. Salário que permita o sujeito dar um presente para o filho. Na verdade, salário que permita ao sujeito ter um filho.
É preciso que a sociedade inteira acorde para o perigo que vivemos: policiais mal-pagos, armados e passando necessidades nas ruas são a gênese do banditismo, da corrupção, da violência, da milícia criminosa, da INSEGURANÇA PÚBLICA.Não é o salário que "justifica" a corrupção (se fosse assim, na Alerj, Câmara e Senado só teríamos honestos ganhando mais de R$ 7 mil). Mas não se pode mais fechar os olhos, não se pode mais invocar idealismo com o rabo alheio. Não se pode mais negar que a soma Arma + Má formação em casa + baixo salário só dá um resultado: polícia que gera INSEGURANÇA PÚBLICA.
Chega dos erros de todos os governos até agora (principalmente os "democráticos"). Precisamos consertar do zero. Pagar bem e cobrar idem.
Quem comandar esta virada, esta retomada de posição, poderá estar inscrevendo automaticamente seu nome na história.
Quem quiser entender o segredo de tudo, basta ver os quatro vídeos que coloco abaixo, entrevista feita por mim com o tenente-coronel Fernando Príncipe Martins, ex-comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), atualmente na "geladeira", FORA DA PM DO RIO.
É preciso ver e ouvir para entender o que é COMANDAR e LIDERAR (peço desculpas pela escuridão, foi imprevista. O quarto vídeo está mais claro).
O secretário José Mariano Beltrame disse ao colunista Fernando Molica, de O DIA, que não tem sentido o policial se formar e sair da academia para ganhar R$ 1 mil. Foi feliz nas palavras. Que a prática agora traga a luz".
Acesse o link e assista aos vídeos com a entrevista:

ONG RIO DE PAZ - A INDIGNAÇÃO DE TODA UMA POPULAÇÃO


Faixa colocada no local onde os dois Policiais Militares do 23º BPM foram covardemente assassinados.
A sociedade começa a se mobilizar, clamando por mudanças!

JORNAL DO BRASIL - 18/07/2008 - RIO COBRA SAÍDA PARA A GUERRA.


O DIA - 18/07/2008 - É A CIDADE DO LUTO.

É A CIDADE (O ESTADO) DO LUTO!

EXTRA - 18/07/2008 - MORRE INOCENTE, MORRE POLICIAL, MORRE BANDIDO.