segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

JORNALISTA REINALDO AZEVEDO - SOLTA A VOZ CONTRA JAQUES WAGNER.

Prezados leitores, bom dia!
REVISTA VEJA
REINALDO AZEVEDO
05/02/2012
Às 6:29
Quando Lula e Jaques Wagner promoviam a baderna na Bahia. Ou: Práticas criminosas.
Em julho de 2001, houve uma greve da Polícia Militar na Bahia, então governada pelo PFL. Eu dirigia o site e a revista Primeira Leitura. Critiquei severamente o movimento dos policiais nos termos de sempre nesses casos: “Gente armada não pode parar; quando um policial deixa de trabalhar, o bandido agradece, e o homem comum sofre”. Eu pensava isso sobre a greve da PM baiana em 2001 e penso o mesmo sobre a greve de 2012. Mas e Lula? E Jaques Wagner?
“‘A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial. Se considero a atividade essencial, mas pago salário mixo, esse cidadão tem direito a fazer greve.”
Quem fala aí é Luiz Inácio Apedeuta da Silva, então pré-candidato à Presidência pelo PT. Seria eleito no ano seguinte para seu primeiro mandato. Naquela greve, sem o morticínio de agora, também houve arrastões, saques etc. Lula, dotado daquela mesma moral e responsabilidades maiúsculas de Eduardo Suplicy tinha o diagnóstico sobre o que estava em curso no Estado. Leiam:
“Acho que, no caso da Bahia, o próprio governo articulou os chamados arrastões para criar pânico na sociedade. Veja, o que o governo tentou vender? A impressão que passava era de que, se não houvesse policial na rua, todo o baiano era bandido. Não é verdade. Os arrastões na Bahia me lembraram os que ocorreram no Rio em 92, quando a Benedita (da Silva, petista e atual vice-governadora do Rio) foi para o segundo turno (nas eleições para a prefeitura). Você percebeu que na época terminaram as eleições e, com isso, acabaram os arrastões? Faz nove anos e nunca mais se falou isso”.
Quanta ligeireza!
Quanta irresponsabilidade!
Quanta vigarice política!
Mas isso não é tudo, não. Um dos grandes apoiadores da greve de 2001 foi o então deputado Jaques Wagner, hoje governador do Estado. Informava o Globo Online de ontem:
Apontado como líder da greve dos PMs baianos, o presidente da Associação de Policiais, Bombeiros e seus Familiares da Bahia (Aspra), soldado Marco Prisco, disse que o governador Jacques Wagner, quando ainda era deputado federal, participou com outros parlamentares do PT e de partidos da base do esquema de financiamento da paralisação dos policiais militares do estado em 2001. Ele acrescentou que o Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, que tinha na direção o atual presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, alugou e cedeu, na época, seis carros para garantir a greve na Bahia, onde diz que foi preseguido e ameaçado de prisão pelo então governador carlista Cesar Borges. “O motorista que me levou para Brasília era um funcionário do sindicato, Nelson Souto. Na capital, foi recebido pelo então senador petista Cristóvam Buarque”, disse.
Prisco disse que, além de Jacques Wagner, teriam apoiado e contribuído para a greve de 2001 os parlamentares Nelson Pellegrino (PT), Moema Gramacho (PT), Lídice da Mata (PSB), Alceu Portugal (PCdoB), Daniel Almeida (PCdoB) e Eliel Santana (PSC). Segundo ele, a ajuda garantiu a estrutura necessária ao movimento, incluindo o fornecimento de alimentação para os grevistas.
Voltei
ISSO É O PETISMO, ESSE LIXO MORAL! Os petistas estavam financiando a greve por intermédio de um sindicato - que nada tinha a ver com a polícia, diga-se - e de seus parlamentares. Hoje, o governador Wagner vai à TV demonizar aqueles a quem deu suporte material quando estava na oposição. O tal líder sindical é o mesmo. Consta que é filiado ao PSDB, mas que vai rasgar sua ficha. Está descontent e porque os tucanos não estão apoiando seu movimento - no que fazem muito bem!
Vejam lá que graça: até Sérgio Gabrielli, que depois se tornou o todo-poderoso da Petrobras e que vai fazer parte da equipe de Wagner, apoiava a greve dos policiais. Ora, se era para lutar contra o governo, que mal havia em deixar a população à mercê da bandidagem?
Crime como método
A esmagadora maioria dos petistas é socialista de araque. Essa gente gosta mesmo é do capitalismo, especialmente à moda brasileira, com esse estado gigantesco, que permite ao governo manter na rédea curta boa parte do empresariado. Isso é, além de tudo, muito lucrativo - escreverei mais tarde um artigo sobre o “modo Dilma” de privatizar aeroportos. Não sei como o caçador de “ privatarias”, Elio Gaspari, ainda não se interessou pelo caso… Mas não quero mudar o foco. Voltemos.
Os “socialistas” do PT já renunciaram, e faz tempo!, à dimensão utópica do socialismo - não que ela seja grande coisa: também é criminosa. Mas é evidente que houve socialistas, e ainda os há, bem poucos, que realmente acreditavam estar lutando pelo reino da justiça e da igualdade e coisa e tal… Daquele socialismo, os petistas de agora conservam apenas a concepção autoritária de sociedade, gerida pelo partido. Em nome de sua construção e de seu fortalecimento, tudo é possível - muito especialmente o crime.
Eu diria mesmo que inexiste, infelizmente para os bem-intencionados, uma esquerda que não seja criminosa, ainda que alguns de seus militantes não tenham clareza disso. O melhor texto a relatar essa moral justificadora do mal é a peça “As Mãos Sujas”, de Sartre, depois convertido ao… comunismo!
Se o objetivo é conquistar o poder, anotem aí, não existe óbice moral para o PT “Ah, é assim com todo mundo…” Em primeiro lugar, é falso! Não é, não! Em segundo lugar, mas não menos importante: há muitos bandidos que exibem ao menos uma nesga de honestidade ao não tentar nos convencer de que aquilo que nos destrói é bom para nós.
Em 2001, o PT queria “o quanto pior, melhor” na Bahia porque isso fazia parte de seu projeto de poder. Em 2012, o PT quer “o quanto pior, melhor” em São Paulo porque isso faz parte do seu projeto de poder. O governo federal baixou no estado governado pelo petista Jaques Wagner para tentar impor um pouco de ordem. Os mesmos valentes tentaram meter os pés pelos pés em São Paulo para ver se impõem a desordem.
Por Reinaldo Azevedo

03/02/2012
às 17:35
Suplicy não vai cantar “Blowin’ in the Wind” para os PMs baianos? Vá lá, senador! Coragem, valente!
No post abaixo, reproduzi alguns flagrantes do noticiário sobre o caos na Bahia. Quando uma parcela ínfima — mas o suficiente para deixar o PT assanhadíssimo — da Polícia Civil de São Paulo decidiu paralisar suas atividades em 2008, escrevi o óbvio: gente armada não pode fazer greve. Mais: quando um policial pára de trabalhar, torna-se aliado objetivo de bandido. Se, como chegou a acontecer em Salvador, saca uma arma contra cidadãos comuns, aí já pratica banditismo mesmo. Eu me opus severamente àquela manifestação em São Paulo e me oponho, igualmente, à greve de PMs na Bahia, governada pelo PT.
Só que eu tenho um compromisso com os fatos. Em 2008, o governador José Serra estava em São Paulo, trabalhando normalmente, tentando contornar a situação. Era o seu papel. Jaques Wagner, com o movimento grevista já deflagrado, foi passear em Cuba, para atender, sei lá, a antigos reclamos íntimos. Ou como explicar?
Apanhei muito aqui porque já deixei claro que sou contra greve de qualquer funcionário público. A razão é simples: uma paralisação em empresa privada quase sempre (nem sempre…) é ruim para o patrão. O “patrão” do servidor ou de trabalhadores de concessionárias de serviços públicos é o povo, e quem mais sofre com a greve, nesse caso, são os pobres. O rico sempre dá um jeito. Na minha República, isso seria simplesmente proibido. Minha tese não tem a menor chance de prosperar, sei disso. Sigamos.
Cadê os deputados petistas para irem lá se solidarizar com os “companheiros soldados baianos”, como se solidarizaram em São Paulo com os policiais civis? Vá lá, Suplicy, cantar o seu rap do Racionais ou o seu “Blowin’ in the Wind”…
Entenderam como a coisa funciona? Quando há um adversário do PT no governo, os “companheiros” não querem nem saber: mandam a institucionalidade às favas e, se preciso, apóiam até greve de polícia. Quando quem está no poder é um deles, aí, obviamente, eles somem e, se preciso, dão apoio integral ao aliado. Não há estudante, cozinheiro ou índio cegados pela PM que os tirem do silêncio covarde e cúmplice.
Juntos Somos Fortes!

2 comentários:

Alexandre, The Great disse...

Reproduzo comentário feito no blog SOS Bombeiros:
"Concordo com tudo que foi descrito e escrito neste artigo, exceto pela expressão "massacre do Pinheirinho". O que ocorreu naquele local, invadido por sem teto fajutos, foi uma reintegração de posse determinada pela Justiça. Ocorre que o pstu(aquele partido cujo bordão é "contra burguês, vote 16") cobrava R$ 10,00 de cada morador durante a ocupação e fomentou a desobediência a ordem juducial. Para se caracterizar "massacre" como foi postado pergunta-se: quantas mortes ocorreram? Cuidado SOS! O pt/pmdb são ardilosos. Hoje vcs falam e repercutem o "massacre do Pinheirinho", depois do dia 10 FEV estaremos sendo hostilizados pelos mesmos personagens governamentais e poderemos até sermos acusados de algum "massacre". Prestem atenção!!!
Ah... quase me esqueci: vou enviar o mesmo comentário para o blog do Cel Paúl(apenas para ter certeza que não serei censurado).
JSF"

Anônimo disse...

ATENÇÃO PAGUEI UM CARRO DE SOM, ESTOU DIVULGANDO A NOSSA PARALISAÇÃO ,PARA O PROXIMO DIA 10,QUEM PUDER FAÇA O MESMO,INTERIOR 10BPM MIGUEL PEREIRA ,PORTELA E PATY DO ALFERES,VAMOS COM TUDO ,NOS VAMOS CONSEGUIR O NOSSO OBJETIVO,JUNTOS VENCEREMOS. PM, BM E CIVIL.