sábado, 26 de novembro de 2011

CRISE NA PM - O FIM DA PMERJ.

Transcrevo excelente artigo do Tenente Coronel de Polícia Wanderby:
"31/10/11
Como destruir uma Corporação necessária à sociedade?
Se sua existência for prevista no ordenamento constitucional, basta, é claro, alterá-lo. Mas creio não ser tão simples assim. Antes, é fundamental que se procure demonstrar que sua existência é nociva e que há alternativas melhores para o exercício de seus misteres.
Os misteres da Corporação; eis o ponto principal para o início do trabalho.
Antes de tudo, é fundamental que seus afazeres sejam apequenados ao máximo, ainda que para tal e por paradoxal que seja, a própria Constituição deva ser negligenciada. Os fins aos quais se destina devem merecer a máxima redução possível; mas não é só isso...
Sempre que houver desvios de conduta, devem ser maximizados. É preciso gerar a compreensão do todo a partir da parte, seja ela qual for. O marketing também é fundamental!
É importante que sua cultura seja desprezada e suas rotinas administrativas, sua uniformidade e seus símbolos, aos poucos, deixados de lado.
O ensino também não pode ser esquecido. Se for possível introduzir no corpo docente agentes afinados com o planejamento, os resultados serão certamente muito bons.
Pagar salários baixos também é fundamental, pois possibilitará maiores possibilidades de lutas internas, derivadas da necessidade de mantença de postos de trabalho que possibilitem, por meio de gratificações, ganhos menos indignos.
Salários baixos, gratificações, redução de atribuições... A criação de um programa de metas que foque os recursos humanos da Corporação no exercício de atribuições simplistas, desprezando toda a gama de funções que, de fato, deveria exercer, é também muito importante. Mas se o programa envolver outra Corporação cuja parcela de integrantes esteja envolvida no planejamento político para a destruição de sua concorrente, é preciso ter cuidado. De forma alguma, a mensuração dos resultados de seu real trabalho deve ser alvo do programa, pois a verdade quanto à sua eventual falta de eficácia poderia vir à tona.
E ainda falando de concorrência, a submissão da Corporação que se pretende destruir à sua rival deve ganhar espaço não apenas do ponto de vista do exercício de suas (pequenas) atribuições. Em todas as funções exercidas nas mais diversas instâncias da administração, os integrantes daquela devem estar subordinados aos gestores desta. Eis aqui mais um dos valores representados pelos baixos salários! Na verdade, tudo se relaciona...
É fundamental escolher bem o mandante. Precisa ser dócil e suscetível ao pronto acatamento de orientações, sejam quais forem. Se não compreender o que de fato ocorre, melhor será... Afinal, deve ser complicado encontrar alguém que se disponha a colaborar conscientemente com a destruição de sua própria Corporação. Se a escolha for errada, a troca é imperiosa.
Seus integrantes devem ser instados a não pensar ou, ao menos, a pensar pouco. Devem ser mantidos ocupados, seja lá com o quê for.
O método de tentativa e erro deve ser incentivado como ferramenta de gestão.
Mas é preciso tomar cuidado, pois alguns podem fugir à rédeas e iniciativas de cunho realmente profissional, ainda que isoladas, podem pôr em risco os objetivos pretendidos. É preciso ser duro com elas!
Complicado? Espero que sim. Talvez nem tanto..."
Eu concordo.
Juntos Somos Fortes!

4 comentários:

Anônimo disse...

Brilhante artigo, neste nevoeiro que envolve a minha amada Instituição, precisava alguém com visão de "farol de milha ou neblina como quiser", Corporação totalmente fracionada pelas gratificações e cargos de "mandos", submissa a mandatários temporários, ajudada a ser destruída por aqueles que tem o seu "DNA".

SGT MARCUS SALDANHA disse...

Isso se traduz em Oficias da PMERJ.

Anônimo disse...

o Correto EXTINGUIR os oficiais que são totalmente inuteis!

Claudio Sgt PM RR disse...

Nossa corporação está padecendo
por falta de valores individuais.
Vislumbro um dia assistir uma figura imponente com uma espada
em riste a decepar a cabêça de um dragão saciado de almas ipócritas.
Companheiros, o dragão existe, aprisionou almas, mas esqueceu que
a fôrça do real guerreiro está no
seu coração e não na alma dos fracos e sedentos de abstratos poderes.