quinta-feira, 17 de novembro de 2011

AS DÚVIDAS NA PRISÃO DO TRAFICANTE NEM.

Sucesso!
A exibição do traficante Nem da Rocinha dentro de uma viatura da Polícia Militar é a imagem que representa o sucesso do governo estadual na área da segurança pública.
Midiaticamente, um sucesso extraordinário, alcançando páginas internacionais.
Vitória semelhante o governo fluminense só alcançará, por exemplo, na área da saúde pública, quando uma equipe de TV acompanhar um cidadão que teve um mal súbito em sua residência, desde o seu primeiro socorro no local até o encaminhamento ao hospital público mais próximo, onde será atendido logo ao chegar à emergência, medicado e internado em um leito de CTI, se for o caso.
Isso seria também um sucesso midiático, uma propaganda fantástica.
Horas depois da exibição de Nem surgiram notícias que geraram algumas dúvidas, não sendo ainda possível esclarecer, diante dos dados fornecidos pela imprensa, se Nem foi detido quando fugia ou quando ia se entregar para Policiais Civis.
Sem dúvida, o importante é que Nem está atrás das grades, mas entender cada capítulo do livro é fundamental para o entendimento do livro inteiro.
Na direção de esclarecer esse aspecto, a entrevista concedida por Nem para a Revista Época é muito importante, deixando uma margem pequena para validar a versão no sentido de que Nem pretendia fugir (leiam).
Apesar do contido na entrevista, infelizmente, os dados disponibilizados ainda não permitem uma afirmação categórica, ninguém, apenas com os dados publicados na imprensa, pode precisar se Nem ia fugir ou foi preso quando estava indo se entregar. Todavia, podemos colocar a cabeça para funcionar e começar a recolher as peças que irão permitir que esse quebra-cabeças seja corretamente montado. Ação que pretendemos realizar com a ajuda dos nossos leitores, nossos colaboradores.
Antes de pegarmos a primeira peça dentre as espalhadas sobre a mesa, temos que entender a estratégia para a montagem, o que será facilitado se conseguirmos responder a pergunta:
O que faria Nem optar por se entregar?
Sim, eu sei, estamos buscando esclarecer se Nem estava se entregando ou fugindo, na verdade o questionamento não significa que estejamos avançando nas conclusões, mas penso ser fundamental especular nessa direção para esclarecer a dúvida.
Uma decisão de Nem é clara, ele optou por não resistir à ocupação. O que significa dizer que tinha duas opções: fugir ou entregar-se.
O que faria Nem optar por se entregar?
Pensem sobre isso.
Juntos Somos Fortes!

7 comentários:

Anônimo disse...

Pra mim Nem foi apenas um trunfo político para o gov Sérgio Cabral,uma vez que a ocupação da rocinha só ocorreu, após a morte de um jornalista na favela do Antares, fato que teve repercução internacional, culminando com a saída de um parlamentar do Estado a convite da anistia internacional, sem mencionar a morte encomendada de uma juíza...
nesse caso o governo teria que reverter a situação a seu favor. O TRAFICANTE Nem, FOI TRAÍDO PELO SISTEMA é o que penso,onde está o tal cônsul porque ñ apareceu nada sobre ele?

Anônimo disse...

O que revelam as sequências das ligações telefônicas?
A verdade dos fatos era conhecida lá fora?

Anônimo disse...

"N" POSSIBILIDADES:
Se entregar?
Ou, não se entregar?
E porque não, entregar sem se entregar? Hummm ...
No meio do caminho tinha o CHOQUE.

Anônimo disse...

Com certeza o Nem ia se entregar. E o dinheiro na mala era para devolver ao Estado porque estava arrependido. Os policiais civis sabiam de tudo e tinham dado ciência ao secretário e à chefia/corregedoria/core etc. Como são muito competentes, em nome do sigilo, pois era um acordo de rendição e nessas horas não pode vazar porque senão o cara desiste de se entregar, ao contrário das operações para prender, onde todo mundo deve ser avisado para não haver confronto e o cara esperar em casa a sua vez de ser preso, organizadamente, o choque não foi avisado e deu no que deu. A PM mais uma vez estragou o andamento de uma bonita operação bem planejada da PC/SSP, faltando apenas a intervenção na área militar dada a ausência (por motivos alheios à vontade do secretário) daquele coronel 171 que fazia este meio-de-campo PC/PM. E foram todos felizes para sempre...

Anônimo disse...

"Há algo de podre no reino da Rocinha"
sobreviventenapmerj.blogspot.com

Anônimo disse...

Muito estranho a sua descoberta ter sido feita em uma AREP-3. Em uma AREP-3, resolver parar logo o carro que tinha o Nem no porta-malas é quase como acertar na loto.
Mais estranho ainda, foram os tenentes não terem baixado a cabeça para uma carteirada consular e insistido em fazer a revista no porta malas.
Mais estranho ainda foi a insistência em levar o Nem para a PF, e não para a 15ªDP, quando nenhum dos seus mandados de prisão tinha sido expedido pela Justiça Federal, mas todos pela Justiça Estadual. Medo que ele falasse algo na 15ªDP?
Ainda tem muita coisa para vir a tona.
Não acho que ele vai aceitar delação premiada, pois o Fernandinho Beira-Mar não aceitou, nunca abriu a boca, e não acredito que o Nem, pelas atitudes que tem demonstrado até aqui vai agir diferente. Mas se ele resolver abrir a boca, a PM acaba, a Polícia Civil perde boa parte do efetivo, inclusive alguns delegados, e até mesmo a PF vai levar rebarba. Isso sem falar em políticos, jornalistas e até magistrados e membros do Ministério Público que devem estar meio inquietos também.

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentários.
A ocupação da Rocinha e a "prisão" do Nem estão revestidas de dúvidas, que nunca serão esclarecidas, pelo andar da carruagem.
Juntos Somos Fortes!