NOVOS DESAFIOS DO RIO DE PAZ
Há pouco tempo, ouvi um executivo dizer, que o Rio de Paz serviria de ótimo estudo de caso para Universidade Harvard. Como entender suas realizações à luz da sua falta de estrutura e recursos financeiros?
Realmente, esses são dois fatos do nosso movimento. Pense, nas conquistas:
- Nos tornamos um fenômeno de mídia espontânea.
- Conseguimos manter contato com os mais diferentes setores da sociedade: favela, universidade, polícia, igreja, movimentos sociais, parentes de vítima, meios de comunicação, presos.
- Temos dado voz aos que não têm voz: presos, pobres, professores, crianças, parentes de vítima. Até os policias têm visto suas demandas serem defendidas pelo Rio de Paz.
- Em menos de três anos nos tornamos uma ONG filiada à Organização das Nações Unidas.
- Nossas manifestações foram decisivas para o surgimento das Unidades de Polícia Pacificadora; o estabelecimento de metas de redução de homicídio, por parte da Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro; e a primeira pesquisa sobre os desaparecidos. Nesse momento, não podemos ainda mensurar, tudo o que as mais de 40 manifestações públicas, com ampla e regular cobertura dos meios de comunicação brasileiros e agências de notícia internacionais, representaram para o Brasil, a começar pelo Rio de Janeiro. Ficamos a pensar nas vidas que foram salvas e no estímulo à criação de uma cultura de participação popular pacífica e determinada.
O outro aspecto desse trabalho, contudo, é a carência de estrutura e recursos financeiros. Permita-me ressaltar alguns fatos:
- O Rio de Paz não pode receber verba pública. A natureza do nosso trabalho exige que mantenhamos independência em relação ao poder público.
- Jamais recebemos ajuda financeira de instituições nacionais ou estrangeiras.
- Não temos sede.
- Não dispomos de funcionários de tempo integral.
- Todos os recursos são levantados da forma mais amadora possível. Muitas vezes a "vaquinha" é feita na própria Praia de Copacabana no dia do protesto.
Tudo isto pode ser considerado bonito. De fato o é. Mas, quando chega-se ao ponto em que chegamos, um mínimo de estrutura organizacional é necessário, a fim de que o trabalho seja ampliado e executado com maior nível de excelência.
O Rio de Paz está precisando da sua ajuda. Carecemos das seguintes coisas:
- Funcionários de tempo integral. Nossa experiência tem mostrado que é tarefa difícil voluntário dirigir voluntários.
- Escritório. Necessitamos de um lugar de trabalho, que sirva de suporte para os novos empreendimentos do Rio de Paz, que deverão assumir um maior nível de complexidade nos próximos meses.
- Material de escritório. Nosso movimento depende muito de computadores, redes sociais, celulares, site, blog, facebook, flickr etc. É assim que temos organizado manifestações com grande repercussão em menos de 24 horas.
- Filiados. Não resta dúvida que crescerá muito o nosso poder de pressão sobre o poder público, visando a defesa dos direitos humanos do povo brasileiro, termos um número maior de pessoas filiadas ao Rio de Paz.
Como você pode ajudar? - Estando sempre preparado para entrar em ação, tanto quando convidado para ajudar num ato público, quanto numa ação humanitária, como a que fizemos nas favelas cariocas após a tragédia das chuvas de quatro meses atrás.
- Convidando parentes e amigos para se filiarem ao Rio de Paz. Imagine milhares de brasileiros unidos na defesa dos direitos humanos, sem recebimento de verba pública e vínculo político-partidário.
- Contribuindo financeiramente de modo regular. Acesse o nosso site, e saiba como ajudar: http://migre.me/12MLS. Você também pode contribuir diretamente na nossa conta bancária: Banco Itaú - Agência 1185/Conta corrente: 44820-4.
Temos tudo para dar certo, preservando vidas e semeando a paz. Para tal, necessitamos da ajuda de todos aqueles que, em dias de banalização da vida humana -não perderam o ser-, a capacidade de se indignar e amar.
Grande abraço!
Antonio Carlos Costa
Presidente do Rio de Paz
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