Servidores se unem contra proposta de taxação a aposentados
Ter, 10 de Agosto de 2010 11:07
Entidades de servidores públicos se reuniram, na sede do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), no Centro do Rio, para debater sugestões contra a proposta de lei (PLC-41) que taxa dos aposentados e pensionistas até 30% dos seus benefícios e assistências do Fundo de Previdência do Previ-Rio/Funprevi.
Dentre as pautas propostas, está a manifestação dos servidores contra a retirada de direitos, que acontecerá no dia 26, às 13 horas, na Cinelândia, além de uma assembleia, também no dia 26, às 10 horas, no Sepe.
Um dos destaques do encontro foi o debate de ideias contra o empréstimo de US$ 1 bilhão que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, pretende solicitar ao Banco Mundial.
De acordo com as entidades reunidas, Eduardo Paes ainda esboçou retirar o PLC-41 da pauta, estrategicamente, e recolocá-lo em votação somente depois das eleições.
Ulisses Silva, presidente da Associação dos Servidores Previ-Rio, acredita que "a intenção do prefeito ao retirar o projeto pode ser uma manobra política".
"Em nenhum momento foi veiculada uma proposta desse impacto na vida dos servidores. A gente soube disso através de uma entrevista da presidente do Previ-Rio".
Ulisses ainda aponta um fator decisivo na organização dos servidores: "o governo não contava com a mobilização dos servidores, que mostraram uma organização poucas vezes vista no serviço público municipal".
Já Renato Bravo, presidente do Sindicato Carioca dos Fiscais de Rendas, declarou que o Rio carece de investimento, em decorrência dos grandes eventos que o município receberá, mas contesta a prefeitura em relação às garantias do empréstimo. "Nós entendemos que a cidade precisa de largos investimentos em infraestrutura, só que não concordamos com as garantias oferecidas pela municipalidade em relação a esses recursos, fundamentalmente quando se acena que a garantia para o financiamento seria a previdência dos próprios servidores municipais", enfatiza.
Outro ponto que Bravo considera prejudicial, é a queda na procura pelos concursos públicos, pois com a taxação, possíveis candidatos perderiam o interesse de ingressar no serviço público.
Defendendo a parte da educação, Suzana Gutierrez, coordenadora da capital do Sepe, apelou pelos mais afetados com esse projeto: "Todo o conjunto dos servidores será muito afetado. Agora a educação enfrenta um problema maior por conta do acordo com o Banco Mundial. Nós já estamos passando por um processo de terceirização há muito tempo, os últimos anúncios da prefeitura de plano de metas atingem os servidores e promovem um ataque direto, por isso estamos fazendo esse movimento junto aos servidores e vamos fazer uma resistência".
Na ocasião, as entidades criaram o Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público Municipal que tentará derrubar a PLC-41 criada pelo prefeito Eduardo Paes.
(Redação - JB OnLine)
JUNTOS SOMOS FORTES!Entidades de servidores públicos se reuniram, na sede do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), no Centro do Rio, para debater sugestões contra a proposta de lei (PLC-41) que taxa dos aposentados e pensionistas até 30% dos seus benefícios e assistências do Fundo de Previdência do Previ-Rio/Funprevi.
Dentre as pautas propostas, está a manifestação dos servidores contra a retirada de direitos, que acontecerá no dia 26, às 13 horas, na Cinelândia, além de uma assembleia, também no dia 26, às 10 horas, no Sepe.
Um dos destaques do encontro foi o debate de ideias contra o empréstimo de US$ 1 bilhão que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, pretende solicitar ao Banco Mundial.
De acordo com as entidades reunidas, Eduardo Paes ainda esboçou retirar o PLC-41 da pauta, estrategicamente, e recolocá-lo em votação somente depois das eleições.
Ulisses Silva, presidente da Associação dos Servidores Previ-Rio, acredita que "a intenção do prefeito ao retirar o projeto pode ser uma manobra política".
"Em nenhum momento foi veiculada uma proposta desse impacto na vida dos servidores. A gente soube disso através de uma entrevista da presidente do Previ-Rio".
Ulisses ainda aponta um fator decisivo na organização dos servidores: "o governo não contava com a mobilização dos servidores, que mostraram uma organização poucas vezes vista no serviço público municipal".
Já Renato Bravo, presidente do Sindicato Carioca dos Fiscais de Rendas, declarou que o Rio carece de investimento, em decorrência dos grandes eventos que o município receberá, mas contesta a prefeitura em relação às garantias do empréstimo. "Nós entendemos que a cidade precisa de largos investimentos em infraestrutura, só que não concordamos com as garantias oferecidas pela municipalidade em relação a esses recursos, fundamentalmente quando se acena que a garantia para o financiamento seria a previdência dos próprios servidores municipais", enfatiza.
Outro ponto que Bravo considera prejudicial, é a queda na procura pelos concursos públicos, pois com a taxação, possíveis candidatos perderiam o interesse de ingressar no serviço público.
Defendendo a parte da educação, Suzana Gutierrez, coordenadora da capital do Sepe, apelou pelos mais afetados com esse projeto: "Todo o conjunto dos servidores será muito afetado. Agora a educação enfrenta um problema maior por conta do acordo com o Banco Mundial. Nós já estamos passando por um processo de terceirização há muito tempo, os últimos anúncios da prefeitura de plano de metas atingem os servidores e promovem um ataque direto, por isso estamos fazendo esse movimento junto aos servidores e vamos fazer uma resistência".
Na ocasião, as entidades criaram o Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público Municipal que tentará derrubar a PLC-41 criada pelo prefeito Eduardo Paes.
(Redação - JB OnLine)
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Nenhum comentário:
Postar um comentário