CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Blog do Coronel Paulo Ricardo Paúl - Um espaço democrático destinado à discussão sobre estratégias para impedir que o Brasil seja transformado em uma cleptocracia e sobre os serviços públicos das áreas da segurança, da saúde e da educação pública, objetivando a construção de um país de verdade e a prestação de serviços de qualidade para o povo através da qualificação e da valorização dos funcionários públicos. Comunique ao organizador qualquer conteúdo impróprio ou ofensivo.
3 comentários:
Parabéns.
SEM PEC SEM DILMA E SEM SERRA, TBM SOU DA FAMILIA MILITAR SOU VIÚVA DE UM SGT-BM-INATIVO-SP DIA 3 DE AGOSTO DE 2010 ELE NOS DEIXOU PARA MORAR AO LADO DE (DEUS) TBM APOIAVA A PEC 300 PARA VIVER MAIS TRANQUILO, EM FIM SEM CANDIDATO VOTO NULO SEMPRE..
Moacyr Góes: O escândalo dos cavalos
Rio - Um escândalo! Foi o que aconteceu neste fim de semana na Lagoa. Uma competição de hipismo, que carrega o nome da bilionária Athina Onassis, patrocinada, em parte, pelos governos do estado e do município. Foram quase R$ 12 milhões em dinheiro e isenção fiscal para a realização do evento. Isso mesmo, dinheiro dos contribuintes financiando o esporte e o lazer de poucos endinheirados.
A cultura no Rio padece cruelmente da falta de verbas. As Secretarias de Cultura vivem sofrendo de pires nas mãos; os produtores reclamam dos parcos financiamentos; o cinema mendiga atenção; os teatros estão à míngua, as companhias de dança e teatro não possuem sustentação; há poucas bibliotecas, e as prioridades dos governos se revelam essas. A Cidade da Música está entregue às baratas porque foi idealizada e parcialmente construída pelo governo Cesar Maia, o inimigo número um. A Rede de Teatros do município sobrevive graças à abnegação daqueles que as dirigem. E o dinheiro vai para a competição de Athina Onassis!
Em qualquer lugar civilizado isso seria um escândalo, mas por aqui passa como coisa normal. Estamos nos acostumando com os descalabros, com as farsas, com a desfaçatez no uso do dinheiro dos cidadãos. Ainda veremos as propagandas dos eventos internacionais patrocinados pelo governo e ficaremos com a impressão de que, para o mundo, somos alegres e hospitaleiros. Uma ilha de prosperidade e paz. Esqueceremos a violência e os tiroteios, as filas nas UPAs, o tempo perdido no trânsito, os índices na educação e tudo o mais que apequena a nossa vida.
Ah, se pudéssemos viver na propaganda! Mas assim como não podemos ver os cavalinhos pulando na Lagoa, não podemos viver no comercial da TV que pagamos.
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