sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O COMANDANTE QUE CAIU DO CÉU.

Eu escrevi um artigo sobre os comandos relâmpagos da gestão da modernidade (leia), diante da notícia de que Mário Sérgio promoveria mais uma dança das cadeiras, no qual comentei o fato de ter sido nomeado diretamente como comandante de uma unidade operacional, um Oficial que estava há dez anos fora da Polícia Militar. Logo fui alvo das represálias de um anônimo, que ao invés de tentar justificar o fato (a nomeação), resolveu apelar para as boas qualidades do Oficial, algo que não estava em análise, mas sim o fato totalmente injustificável:
- Nomear para comandar um Oficial que estava há uma década trabalhando fora da PMERJ, em detrimento de todos os Coronéis e Tenentes Coronéis que estavam sem função na época, inclusive os que passaram os últimos dez anos na tropa, exercendo funções operacionais.
O Oficial não estava em avaliação, isso é fato, nem poderia, pois mal o conheço, o anônimo errou a avaliação, errou o alvo. Confundiu um secador de cabelos com uma pistola.
Ontem, postei um comentário feito a respeito da defesa equivocada, o qual achei muito criativo:
"Caro anônimo.
Com o devido resguardo da capacidade intelectual e moral dos citados (que não se põe em dúvida), o mote é que comandar 600 homens do exército inglês deve ter sido mais conveniente e confortável do que comandar 250 do exército argentino na guerra das Malvinas, enfrentando frio, fome e inferioridade técnica. Imagine que, se o conflito durasse dez anos e, após o mesmo, fosse o comandante inglês incorporado ao exército argentino, sua promoção dependesse de passar a frente na antiguidade do comandante argentino...
Como sentiriam-se os oficiais argentinos que briosamente permaneceram a frente de suas tropas durante os dez anos da guerra?
Respondo: bastante encorajados a trair a sua pátria e incorporar-se ao exército inglês que, dizem, ultrapassa 2000 homens.
PS: dizem que na Inglaterra não se põe farda, não se faz IPM, Averiguação, Sindicância, CD, CRD, CJ, não atuam em locais de risco a pé ou de carro, não tem que administrar e receber paisano, queixas e cafés comunitários mensais, as férias são chamadas de recesso e duram mais de 30 dias, a guerra é suspensa nos finais de semana e feriados, quando suspeitam do inimigo não o atacam, chamam primeiro a Scotylam Yard, não tiram serviço noturno e de rua, etc etc etc"
Uma comparação brilhante, comandar um exército inglês é uma moleza, além disso, ganha-se muito mais.
Sinceramente, a nomeação de um comandante que esteve os últimos dez anos fora da PMERJ, não importa quem seja o Oficial, só possuiu duas justificativas:
- Apadrinhamento ou ordem política.
Tecnicamente, a nomeação é injustificável, apesar das qualidades do nomeado.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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