sexta-feira, 27 de agosto de 2010

RIO DE JANEIRO: A CRISE NA EDUCAÇÃO PÚBLICA.

BLOG DO SÉRGIO BOECHAT:
ESTADO DO RIO PERDE 04 PROFESSORES POR DIA DEVIDO A BAIXOS SALÁRIOS.
26/08/2010 10:47:08
De janeiro a junho de 2010, a rede estadual do Rio de Janeiro perdeu quase quatro professores por dia, sem contar aposentadorias, mortes e demissões. Isso significa que 681 docentes foram exonerados da Educação estadual. Os dados obtidos pelo UOL Educação são da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro. De acordo com o SEPE - Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação - os professores abandonam a rede por causa dos baixos salários.
Além dos professores exonerados, 1.029 professores se aposentaram, 137 morreram e 170 foram demitidos - num total de 2.017 professores. A rede estadual conta com 75 mil professores. Considerados todos esses motivos, o sistema perdeu 11 profissionais por dia no mesmo período. Segundo a Secretaria, a exoneração pode representar duas situações: Ou que o professor realmente está deixando a rede ou que foi aprovado em um novo concurso e teve de deixar sua matrícula anterior. Nem a secretaria nem o sindicato conseguem precisar quantos desses professores realmente abandonaram a rede pública, mas o SEPE afirma que eles representam a maioria absoluta dos casos de exoneração.
Com a rotatividade no sistema estadual de ensino, a necessidade de concursos é constante. Segundo a Secretaria, o último foi feito em 2009, para disciplinas e coordenadorias regionais onde não existiam mais candidato a serem convocados de concursos anteriores. Além disso, foram convocados profissionais que fizeram concurso em 2007 e 2008.
Os salários baixos, uma reclamação que não é exclusividade dos docentes fluminenses, são o principal motivo dos abandonos. De acordo com o sindicato, os professores de nível 3, com formação superior, que representam a maioria dos contratados pelo Estado do Rio de Janeiro, recebem no início da carreira vencimentos de R$ 765,66. No nível 9, o mais alto da carreira, o salário chega a R$ 1.511,27.
“Com esse salário [de R$ 765,66], os professores estão dando aula em duas, três escolas e o Estado não paga o transporte. No fim do mês, o professor fica com um salário mínimo”, diz Maria Beatriz Lugão, coordenadora do SEPE. Segundo levantamento do sindicato, em 2009 o número de exonerações também foi bastante alto: 1540. "Neste ano, o piso estava abaixo de R$ 500", justifica Lugão.
O professor Nicholas Davies, da UFF - Universidade Federal Fluminense - concorda com o SEPE: "O professor não permanece na rede porque o salário é muito ruim. Eu mesmo fui professor durante nove anos, mas assim que pude prestei concurso para a UFF." Segundo Lugão, por causa disso, a rotatividade no setor é muito alta. “Muitos professores não ficam nem um ano na rede. Assim, não é à toa que o Rio de Janeiro esteja no penúltimo lugar do ranking do IDEB”. No último IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - referente a 2009, as notas de rede estadual do Rio de Janeiro ficaram abaixo da média nacional em todos os ciclos. De primeira a quarta série, a média da rede estadual fluminense foi 4,0, contra 4,6 na média nacional. De quinta a oitava, foi 3,1 contra 4,0 no Brasil. No ensino médio, 2,8 contra 3,6.
A gestão Sérgio Cabral (PMDB) se destaca nas compras, nas terceirizações e nos aluguéis.
Na educação, na saúde e na segurança pública é um completo fracasso.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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