Uma das primeiras medidas de Mário Sérgio, o gestor da modernidade, foi enfraquecer a Corregedoria Interna, algo impensável diante da realidade das instituições policiais do Brasil. Ninguém sabe o real motivo deste absurdo, a maioria procurou justificar como sendo a confirmação de um boato: os Oficiais bopeanos não gostam da Corregedoria Interna da PMERJ.
Não acredito neste boato, porém não consegui descobrir o motivo do enfraquecimento.
Antes de Mário Sérgio, a Corregedoria da PMERJ seguia avançando na PROATIVIDADE, implantada em 2005, no comando do Coronel de Polícia Hudson, quando eu era Corregedor. Criamos nas quatro Delegacias de Polícia Judiciária Militar, equipes comandadas por Oficiais, que em trajes civis e em viaturas descaracterizadas, realizavam diariamente supervisões correcionais nas áreas dos batalhões, investigando fatos e coibindo desvios de conduta.
Hoje, as equipes estão aquarteladas e os Oficiais foram retirados, a Corregedoria voltou no tempo, voltou a ser apenas REATIVA. Algo lamentável, considerando a qualidade dos Oficiais e dos Praças que integram o efetivo correcional, começando pelo atual Corregedor Interno, Oficial Barbono.
Obviamente, não podemos afirmar que o fato noticiado seria evitado, porém a presença da Corregedoria nas ruas tem um efeito preventivo excelente.
Se alguém souber o motivo de Mário Sérgio ter enfraquecido a Corregedoria, por favor, esclareça.
JORNAL DO BRASIL:
Farda da PM rendeu R$ 2,5 mi para quadrilha que roubava fibra ótica
Maria Luisa de Melo, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - Pouco mais de um mês depois do último caso envolvendo corrupção de policiais militares, surge um novo crime cometido por homens fardados. Desta vez, nove criminosos, incluindo dois capitães da PM, dois ex-policiais e cinco funcionários que prestavam serviço para uma empresa de telefonia foram presos em flagrante ao roubarem cabos de fibra ótica de uma fiação na Praia de Botafogo (Zona Sul).
O grupo já estava sendo investigado pela Polícia Civil há dois meses, através de interceptações telefônicas. O lucro com o crime, segundo a polícia, foi de cerca de R$ 2,5 milhões.
De acordo com o delegado titular da 9ª DP (Catete), Alan Luxardo, os nove bandidos atuavam há cerca de nove meses em diversos pontos da cidade e não apenas em Botafogo, onde acabaram sendo presos.
Os capitães Lauro Moura Catarino (lotado no 2°BPM) e Marcelo Queiróz dos Anjos (BPChoque) eram os cabeças da quadrilha e faziam a segurança dos técnicos enquanto estes retiravam os cabos não ativos.
Os oficiais utilizavam, inclusive, suas fardas e viaturas da corporação durante os crimes.
A dupla está presa no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica (Zona Norte).
Ainda nesta sexta-feira, o comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, determinou a abertura de um processo disciplinar para demitir a dupla de oficiais envolvidos no roubos de cabos. Mário Sérgio não vai aguardar o resultado das investigações feitas pela Polícia Civil.
O ex-PM Valter dos Santos, que também integrava a quadrilha, foi expulso da corporação em 1997 por extorsão, e João Fernando dos Santos foi banido por roubo, porte ilegal de arma e até sequestro.
Dentre o grupo de funcionários que prestavam serviço para a operadora Oi, estava o advogado Alexandre Xavier do Nascimento. Ele tem passagens pela polícia por porte ilegal de arma e associação para o tráfico de drogas.
Para o delegado Alan Luxardo, a quadrilha é altamente especializada e uma das mais bem estruturadas da cidade.
–Eles atuavam na cidade inteira e não apenas na Zona Sul – explicou Luxardo. – Agora nos resta descobrir quem eram os receptores do cobre roubado pela quadrilha.
Policiais se superam na arte do crime
Com o episódio da prisão desta quadrilha especializada em roubo de fibra ótica da rede de telefonia e internet, cuja chefia era assumida por uma dupla de oficiais da Polícia Militar, uma nova modalidade de crimes cometidos por homens desta corporação vem à tona.
Antes, era comum o aparecimento dos crimes de corrupção, envolvendo cobrança de propina, como no episódio da morte do músico Rafael Mascarenhas, em 20 de julho.
Na ocasião, o pai e o irmão do atropelador de Rafael Mascarenhas acusaram o sargento Marcelo Leal e o cabo Marcelo Bigon de cobrar a quantia de R$ 10 mil para a liberação do Siena preto, utilizado pelo atropelador. O veículo estava com para-brisa quebrado e lataria amassada.
Apenas R$ 1 mil foram pagos pela família do atropelador. Os PMs, no entanto, negam o recebimento de propina.
Na última quinta-feira, uma nova denúncia foi feita contra a corporação.
De acordo com uma testemunha entrevistada pela Rádio Band News FM Fluminense, a invasão do Hotel Intercontinental, em São Conrado, no último sábado, teria sido provocada porque os traficantes integrantes do bando de Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, descumpriram um acordo de pagamento de propina.
Segundo a denúncia, a livre passagem de um comboio com 60 traficantes entre as favelas Rocinha e Vidigal tinha sido acordada entre PMs do 23º BPM (Leblon) e os próprios traficantes mediante pagamento de R$ 60 mil. Os traficantes, no entanto, não teriam pago o valor, o que provocou um confronto .
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Não acredito neste boato, porém não consegui descobrir o motivo do enfraquecimento.
Antes de Mário Sérgio, a Corregedoria da PMERJ seguia avançando na PROATIVIDADE, implantada em 2005, no comando do Coronel de Polícia Hudson, quando eu era Corregedor. Criamos nas quatro Delegacias de Polícia Judiciária Militar, equipes comandadas por Oficiais, que em trajes civis e em viaturas descaracterizadas, realizavam diariamente supervisões correcionais nas áreas dos batalhões, investigando fatos e coibindo desvios de conduta.
Hoje, as equipes estão aquarteladas e os Oficiais foram retirados, a Corregedoria voltou no tempo, voltou a ser apenas REATIVA. Algo lamentável, considerando a qualidade dos Oficiais e dos Praças que integram o efetivo correcional, começando pelo atual Corregedor Interno, Oficial Barbono.
Obviamente, não podemos afirmar que o fato noticiado seria evitado, porém a presença da Corregedoria nas ruas tem um efeito preventivo excelente.
Se alguém souber o motivo de Mário Sérgio ter enfraquecido a Corregedoria, por favor, esclareça.
JORNAL DO BRASIL:
Farda da PM rendeu R$ 2,5 mi para quadrilha que roubava fibra ótica
Maria Luisa de Melo, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - Pouco mais de um mês depois do último caso envolvendo corrupção de policiais militares, surge um novo crime cometido por homens fardados. Desta vez, nove criminosos, incluindo dois capitães da PM, dois ex-policiais e cinco funcionários que prestavam serviço para uma empresa de telefonia foram presos em flagrante ao roubarem cabos de fibra ótica de uma fiação na Praia de Botafogo (Zona Sul).
O grupo já estava sendo investigado pela Polícia Civil há dois meses, através de interceptações telefônicas. O lucro com o crime, segundo a polícia, foi de cerca de R$ 2,5 milhões.
De acordo com o delegado titular da 9ª DP (Catete), Alan Luxardo, os nove bandidos atuavam há cerca de nove meses em diversos pontos da cidade e não apenas em Botafogo, onde acabaram sendo presos.
Os capitães Lauro Moura Catarino (lotado no 2°BPM) e Marcelo Queiróz dos Anjos (BPChoque) eram os cabeças da quadrilha e faziam a segurança dos técnicos enquanto estes retiravam os cabos não ativos.
Os oficiais utilizavam, inclusive, suas fardas e viaturas da corporação durante os crimes.
A dupla está presa no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica (Zona Norte).
Ainda nesta sexta-feira, o comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, determinou a abertura de um processo disciplinar para demitir a dupla de oficiais envolvidos no roubos de cabos. Mário Sérgio não vai aguardar o resultado das investigações feitas pela Polícia Civil.
O ex-PM Valter dos Santos, que também integrava a quadrilha, foi expulso da corporação em 1997 por extorsão, e João Fernando dos Santos foi banido por roubo, porte ilegal de arma e até sequestro.
Dentre o grupo de funcionários que prestavam serviço para a operadora Oi, estava o advogado Alexandre Xavier do Nascimento. Ele tem passagens pela polícia por porte ilegal de arma e associação para o tráfico de drogas.
Para o delegado Alan Luxardo, a quadrilha é altamente especializada e uma das mais bem estruturadas da cidade.
–Eles atuavam na cidade inteira e não apenas na Zona Sul – explicou Luxardo. – Agora nos resta descobrir quem eram os receptores do cobre roubado pela quadrilha.
Policiais se superam na arte do crime
Com o episódio da prisão desta quadrilha especializada em roubo de fibra ótica da rede de telefonia e internet, cuja chefia era assumida por uma dupla de oficiais da Polícia Militar, uma nova modalidade de crimes cometidos por homens desta corporação vem à tona.
Antes, era comum o aparecimento dos crimes de corrupção, envolvendo cobrança de propina, como no episódio da morte do músico Rafael Mascarenhas, em 20 de julho.
Na ocasião, o pai e o irmão do atropelador de Rafael Mascarenhas acusaram o sargento Marcelo Leal e o cabo Marcelo Bigon de cobrar a quantia de R$ 10 mil para a liberação do Siena preto, utilizado pelo atropelador. O veículo estava com para-brisa quebrado e lataria amassada.
Apenas R$ 1 mil foram pagos pela família do atropelador. Os PMs, no entanto, negam o recebimento de propina.
Na última quinta-feira, uma nova denúncia foi feita contra a corporação.
De acordo com uma testemunha entrevistada pela Rádio Band News FM Fluminense, a invasão do Hotel Intercontinental, em São Conrado, no último sábado, teria sido provocada porque os traficantes integrantes do bando de Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, descumpriram um acordo de pagamento de propina.
Segundo a denúncia, a livre passagem de um comboio com 60 traficantes entre as favelas Rocinha e Vidigal tinha sido acordada entre PMs do 23º BPM (Leblon) e os próprios traficantes mediante pagamento de R$ 60 mil. Os traficantes, no entanto, não teriam pago o valor, o que provocou um confronto .
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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