quinta-feira, 30 de julho de 2009

A RELAÇÃO ENTRE A POLÍTICA ELEITORAL DE SÉRGIO CABRAL (PMDB) E O CENTRO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DA PMERJ.

O gravíssimo momento vivenciado pela gloriosa e heróica Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, na gestão Sérgio Cabral (PMDB), produziu um único efeito positivo, a crescente união dos Oficiais e dos Praças que amam a Instituição.
A interação tem crescido muito no nosso espaço democrático, todos atentos a cada publicação no boletim da PMERJ, a cada notícia transmitida pela mídia, como guardiões da Corporação.
Nos últimos dias, o que causou maior preocupação foi a exoneração da Tenente Coronel de Polícia Siciliano da Chefia do Centro de Recrutamento e Seleção de Pessoal (CRSP), diante da política eleitoreira de Cabral que usa e usará as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) como grande projeto de segurança pública.
Nesse espaço já explicamos que as UPP não são nada mais que um Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) com um enorme efetivo, algo que a Polícia Militar nunca fez antes por um motivo óbvio, ou seja, a diminuição em muito do efetivo aplicado nas ruas no policiamento ostensivo, fragilizando ainda mais o aspecto preventivo do policiamento. Inclusive, tal efeito ocorreu logo após a implantação das UPPs, o que teria determinado a ordem do atual Comandante Geral de colocar tudo o que for possível nas ruas para diminuir esse efeito.
Um erro sempre puxa outros, quando não é corrigido.
Tudo um projeto político, nem uma vírgula a mais.
Isso significa que para criar várias UPPs até o período eleitoral, Cabral precisa de milhares de novos Policiais Militares para colocar nas UPPs, pois não irá retirar os mais de 2.000 que continuam fora da Polícia Militar, servindo a outros senhores e não ao povo fluminense.
Diante dessa realidade, surge a preocupação, pois Siciliano é “politicamente incorreta”, não aceita pedidos políticos e nem abre mão de qualquer limite determinado no edital, o que seria um grande obstáculo para uma entrada mais facilitada e mais rápida de soldados na PMERJ.
Cabral precisa encher a Polícia Militar de soldados e para isso precisa de portas mais largas e de olhos menos atentos.
Assim sendo, o que podemos esperar:
- provas intelectuais mais fáceis ou até mesmo a diminuição da média de 5,0 para 4,0, como critério de aprovação, permitindo um maior número de aprovados para os exames seguintes;
- exames médicos (inclusive psicológicos) menos rigorosos, feitos em regime de urgência;

- exames físicos com menor exigência, possivelmente também feitos à toque de caixa;
- pesquisas sociais feitas com maior velocidade, prejudicando a avaliação dos candidatos.
Diante do exposto, o Ministério Público deve ficar atento, sobretudo no tocante à média de aprovação e no tempo destinado à realização dos exames, pois não podemos esperar muito da mídia fluminense no tocante a noticiar qualquer facilidade.
Só nos resta torcer para que o jovem Tenente Coronel de Polícia Frederico, novo Chefe do CRSP, não se deixe dobrar e tente ser tão “politicamente incorreto” quanto a Tenente Coronel de Polícia Siciliano, que sempre foi uma garantia de exames rigorosos e sem interferência da vontade dos políticos.
Embora, talvez nos estejamos exigindo muito de Frederico, considerando que a Polícia Militar nunca esteve tão dominada pelos políticos, superando o governo Rosinha Garotinho em muito.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

5 comentários:

Anônimo disse...

Estas ponderaçoes nos levam a refletir que o importante para os governantes e a quantidade e nao a qualidade. Todos os governadores dos ultimos vinte anos contrataram milhares de PMs. E porque isto? Porque traz retorno politico. Aparentemente demostra investimento na segurança publica. E a qualidade? A isto nao importa, pois a propria PM se encarregara ao longo dos anos em expulsar os que nao se adaptarem ao sistema(ganhar mal, trabalhar muito, nao ter direito)e, para o Estado(os governantes) e muito melhor, pois trata-se de mao de obra barata, reciclavel, abundante no mercado. Acho até que para o Estado, o ideal seria que nenhum PM completasse sequer vinte anos de serviços, deveriam ser expulsos antes, sem direito a nada, para nao honerarem a folha de pagamento. Pensamento maquiavélico mas infelizmente de qrande retorno político, o que parece que já acontece de certa forma. Gostaria até que houvesse um estudo para saber quantos PMs de uma turma conseguem chegar aos trinta anos e se aposentar, devera haver grandes surpresas...

Anônimo disse...

O processo seletivo para ingresso na PM já é fácil, se facilitar mais ainda, coitada da população fluminense.

Anônimo disse...

"Quantidade" sempre foi um pressuposto antagônico à "Qualidade": da mesma forma que se teme a incorporação de "quantidade" sem qualidade, o mesmo se diz sobre os salários que já não possuem nenhuma qualidade, tampouco quantidade.
Isso vai terminar em profissionais(servidores públicos) de baixa qualidade, com baixos salários, com um fuzil nas mãos e cuidando dos 2 maiores bens do ser humano: a VIDA e a LIBERDADE.
Tem tudo para dar ERRADO!

Anônimo disse...

Só para ciência, serão 1200 apresentados pelo CRSP ao CFAP até o fim do mês que vem. Frederico, como era de se imaginar pela sua postura de péla-$@**, sucumbiu à política. Sempre com a desculpa de que missão dada é missão cumprida. Realmente. Se ele não o fizer outro vai lá e faz. Já vivemos isso com a briga dos Barbonos por melhores salários: outro foi lá e acitou ser CG.

Anônimo disse...

O jovem e belo Tenente Coronel Frederico, para quem não tem memória, é o Miss PM eleito em um antigo programa da Regina Casé, vencendo outros candidatos tão vaidosos como ele, dentre eles o atual comandante do Batalhão Rodoviário, Coronel Leonardo, um misto de PM, bandeirinha e Ken (namorado da Barbie). É um Festival de Metrossexuais na PM de hoje. Não empunham uma pistola ou revólver há muitos anos. Conteúdo, que é bom, nenhum! Eles só vivem de pose. Eles são os "politicamente corretos". É lamentável!!!