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segunda-feira, 9 de abril de 2012

NO RIO PACIFICADO MAIS UM POLICIAL MILITAR FERIDO.

JORNAL O DIA:
PM é baleado durante operação no Jacarezinho.
Rio - Um policial militar foi baleado durante operação do 3º BPM (Méier) na Favela do Jacarezinho, na Zona Norte, na manhã desta segunda-feira. Segundo PMs, ele foi atingido na perna e socorrido no Hospital Salgado Filho, no Méier.
Cerca de 30 homens participam da incursão, que tem como objetivo combater o tráfico de drogas e checar informações levantadas pelo Serviço Reservado (P-2) da unidade. Os PMs foram recebidos a tiros e houve confronto com os bandidos.
Por conta do tiroteio, a Supervia interrompeu a circulação dos trens das 8h15 às 8h19 no ramal Belford Roxo, nas proximidades da favela.
Segundo PM baleado em uma semana
Na última terça-feira, outro policial do 3º BPM (Méier) foi baleado durante uma operação no Jacarezinho. Segundo policiais do próprio batalhão, o militar também foi ferido na perna durante um confronto com traficantes. Ele foi levado para o Hospital Salgado Filho, no Méier, e passa bem. Na mesma operação, foram apreendidos 6kg de cocaína, 230 trouxinhas de maconha, 260 pedras de crack, 263 cápsulas de cocaína e 141 sacolés de cocaína.
Juntos Somos Fortes!

POPULAÇÃO DE NITERÓI PEDE SOCORRO.

REVISTA VEJA
BLOG DO REINALDO AZEVEDO
09/04/2012
Às 6:45
Efeito da política “espanta-bandido” da dupla Cabral-Beltrame - Violência em Niterói faz mais uma vítima.
Por Ludmilla de Lima, Globo:
A violência que vem assustando moradores de Niterói fez mais uma vítima: o fisioterapeuta Fabiano de Almeida, de 35 anos, que foi baleado na cabeça sábado à noite, durante um assalto na Estrada Velha de Itaipu, na Região Oceânica. Ele a namorada, Joana Souza Pereira, seguiam de moto para Piratininga quando, por volta das 19h30m, foram abordados por dois assaltantes. Os bandidos ta mbém estavam numa motocicleta. De acordo com Joana, um dos criminosos atirou no fisioterapeuta antes mesmo de qualquer reação. O casal caiu e os bandidos levaram a moto, uma Honda CB-300. Até a noite de ontem, Fabiano continuava internado no Hospital Azevedo Lima, no Fonseca. Segundo médicos, seu quadro é estável. Ele corre o risco de ficar cego.
O crime ocorreu no mesmo dia em que o estudante de administração Jorge Luiz Carvalho, de 24 anos, foi enterrado em Niterói. O universitário foi baleado no pescoço na madrugada do domingo retrasado, numa tentativa de assalto na porta do prédio onde morava, na Rua Justina Bulhões, no Ingá. Assim como no roubo de sábado, Jorge Luiz foi atacado por uma dupla, que não chegou a levar o veículo. A namorada de Fabiano suspeita que eles foram seguidos pelos bandidos desde o sinal de trânsito localizado no fim da Estrada da Cachoeira, que dá acesso à Estrada Velha de Itaipu.
(…)
Roubos são frequentesno local do crime
Um dos acessos mais utilizados para quem vai da Zona Sul para a Região Oceânica, a Estrada Velha de Itaipu é considerada um local perigoso, especialmente à noite. Bombeiros que socorreram o casal na noite de sábado contaram para parentes de Joana que o trecho foi, recentemente, palco de um arrastão, e que bandidos teriam até mesmo usado uma corda para derrubar e assaltar motociclistas.
Joana diz que nunca se sentiu insegura em Niterói, até porque está há poucos meses na cidade. Porém, ela acredita que a violência tenha relação com uma migração de bandidos de áreas pacificadas no Rio. “Já que os bandidos foram para outros lugares, que as autoridades façam algo nessas comunidades, que tentem integrar essas pessoas à sociedade”, sugere.
Universitários preparam um protesto contra a violência na cidade para o próximo dia 21, às 14h, na Praia de Icaraí. O movimento “Niterói quer paz”, conforme afirmam os organizadores, pretende mobilizar a sociedade para que pressione o poder público por mais resultados e políticas públicas na área de segurança. A convocação para o protesto vem circulando nas redes sociais, com o pedido para que a população vá de branco.
Na tarde de ontem, policiais do 12BPM (Niterói) prenderam um homem com uma submetralhadora e drogas na Favela Boavista, no Fonseca. O batalhão já havia prometido um reforço na segurança e prepara uma cartilha para ser distribuída aos moradores com dicas de como se prevenir de assaltos.
O perigo nas ruas
Com cerca de 500 mil habitantes e a maior renda média domiciliar do país (R$ 2.031,18, segundo o Censo de 2010), Niterói vêm enfrentando uma onda de violência. Assaltos com reféns, arrastões e roubos de veículos se tornaram rotina nos últimos três meses em bairros como Icaraí, Ingá e São Francisco. O motivo seria a migração de traficantes que deixaram comunidades do Rio após a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Os bandidos costumam agir com rapidez e violência. E os resultados já começam a aparecer nas estatísticas. Em Icaraí, por exemplo, em janeiro de 2011, nenhum assalto a residência foi registrado na 77 DP, responsável pelo policiamento do bairro. Já em janeiro deste ano, foram seis casos, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).
De acordo com PMs e agentes da Polícia Civil de Niterói, traficantes da Mangueira assumiram a venda de drogas no Morro do Preventório, em Charitas. Por sua vez, bandidos das favelas do Complexo da Maré (que vai abrigar a sede do Batalhão de Operações Especiais) e traficantes de Senador Camará lideram agora o tráfico no Morro do Cavalão, no Centro de Niterói.
Mesmo com a onda de violência, Niterói perdeu efetivos para o patrulhamento ostensivo, que parece diminuir ano a ano. Segundo um diretor do Centro Comunitário de São Francisco, o 12 BPM passou de cerca de 1.200 homens, na década de 80, para 700.
Por Reinaldo Azevedo.
Juntos Somos Fortes!

domingo, 8 de abril de 2012

NITERÓI QUER PAZ E REAGE CONTRA O "EFEITO UPP".

NITERÓI QUER PAZ!
População de Niterói está se organizando para realizar um ato contra a violência na Praia de Icaraí, no dia 21 ABR 2012, às 14:00 horas. 
O município é um dos que está recebendo os traficantes transferidos das comunidades onde estão sendo instaladas pela Polícia Militar as UPPs, um projeto exclusivo do município do Rio de Janeiro.
A data coincide com o Dia de Tiradentes, o patrono das Polícia Militares do Brasil.
Juntos Somos Fortes!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

RIO: UPPs - POLICIAL MILITAR ASSASSINADO - "O BANDIDO TENTOU SE PROTEGER ( ? )".

JORNAL O DIA:
Suspeito de matar PM na Rocinha é identificado: 'O bandido tentou se proteger', diz major
Cerca de 150 policiais fazem operação na comunidade para tentar prender o acusado, que conta com duas passagens por tráfico de drogas
Maria Inez Magalhaes
Rio - A polícia já identificou o homem suspeito de matar o cabo da Polícia Militar (PM) Rodrigo Alves Cavalcante, de 32 anos, do Batalhão de Choque (BPChoque). Ele foi morto no início da madrugada desta quarta-feira, na Favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul. Segundo a PM, Edilson Tenório de Araújo abandonou uma mochila com documentos e munição 9 milímetros, a mesma que matou o militar, após ter atirado no policial. O suspeito ainda conta com duas passagens por tráfico de drogas.
"Os policiais contaram que o cabo Rodrigo foi abordar um homem em atitude suspeita e mandou que ele parasse. O suspeito correu e atirou para trás. Foi quando o policial foi atingido. O homem fugiu e abandonou a mochila. Não foi uma ofensiva contra a Polícia Militar, o bandido tentou se proteger", disse o major Edson Santos, coordenador de policiamento da comunidade.
O cabo Rodrigo foi baleado na axila durante um patrulhamento na comunidade, ocupada pelas forças de segurança desde novembro do ano passado, após a prisão do então chefe do tráfico de drogas Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Socorrido por colegas no Hospital Miguel Couto, na Gávea, o PM não resisitiu ao ferimento. É a nona morte na comunidade nos últimos 39 dias.
De acordo com o major Santos, que se reuniu com cerca de 150 homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque e da Coordenadoria de Inteligência que realizam patrulhamento nesta quarta-feira na comunidade, a orientação é procurar o suspeito. Uma foto de Edilson Tenório foi distribuída aos policiais. Major Santos disse ainda que a recomendação é tomar os becos da Rocinha.
"Não temos como mudar o tipo de policiamento. Ele precisa ser feito a pé porque a área é complicada", revelou.
Em nota, a Polícia Militar solicitou à população que ajude com informações que levem à captura do suspeito, através dos telefones 2332-8486 (Setor de Inteligência do BPChq) ou 2253-1177 (Disque-Denúncia), além do e-mail bpchqintel@gmail.com. O anonimato será garantido.
Filho de um policial militar da reserva, o corpo do cabo será sepultado com honras militares. De acordo com a PM, ainda não estão definidos o local e data do sepultamento. Nesta quarta, às 15h30, será realizada uma entrevista coletiva com a participação do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, do comandante da PM, coronel Erir Costa Filho, e da da chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, para falar sobre o caso.
'O tráfico vai continuar tentando dominar a região', diz major
O tiro que feriu e matou o cabo Alves foi efetuado por uma pistola. A Divisão de Homicídios (DH) assumiu as investigações.
O major Edson Santos admitiu nesta terça-feira que existe uma briga pela venda de drogas na favela. “É uma guerra pelo controle econômico gerado pelo tráfico, que movimentou milhões de reais na Rocinha. Mesmo com a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), teremos esse problema porque o tráfico vai continuar tentando dominar a região”, afirmou o oficial. A UPP está prevista para ser instalada na comunidade em julho.
As prisões dos principais chefes do tráfico, entre eles Antônio Bonfim Lopes, o Nem, foi a justificativa do major para o aumento da violência após a pacificação. “A Rocinha ficou sem ninguém no controle do tráfico e por isso os criminosos estão querendo tomar os pontos de venda de drogas. Os órgãos de inteligência das polícias têm detectado isso”, explicou o oficial.
Juntos Somos Fortes!

terça-feira, 3 de abril de 2012

O MAIOR PERIGO DO RIO DE JANEIRO.

Prezados leitores, bom dia!
Se alguém nos perguntasse qual o maior perigo do Rio de Janeiro atualmente, responderíamos sem medo de errar: a pacificação promovida por Sérgio Cabral e Beltrame.
Aliás, no nosso espaço democrático alertamos tempo atrás que essa pacificação era perigosíssima. Inclusive escrevemos que o cidadão deveria ter muito cuidado, pois essa pacificação poderia matá-lo.
Infelizmente, acertamos, mais uma vez.
Juntos Somos Fortes!

domingo, 1 de abril de 2012

RIO: A PACIFICAÇÃO DAS UPPs SEGUE SENDO DESMORALIZADA.

JORNAL DO BRASIL:
RJ: áreas com UPPs não são pacificadas, dizem especialistas.
Pesquisador sobre UPPs: Rio de Janeiro está muito longe de encontrar a paz.
O assassinato do líder comunitário Vanderlan Barros, esta semana, na favela da Rocinha (Zona Sul), recém ocupada por forças de segurança, e a invasão de homens armados na reunião de candidatos à presidência da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, na "pacificada" comunidade da Zona Norte, reacenderam o debate sobre os avanços da política de segurança pública do atual governo estadual, que vê na ocupação de comunidades cariocas a solução para combater os problemas gerados pelo tráfico de drogas.
Diante dos mais recentes problemas envolvendo comunidades "pacificadas", o Jornal do Brasil ouviu pesquisadores que analisaram os rumos da segurança pública no estado. Eles constatam que ainda falta muito para que a população das favelas não esteja mais à mercê de grupos criminosos (Fonte).

Juntos Somos Fortes!

sábado, 31 de março de 2012

RIO: SEGURANÇA PÚBLICA - BANDA PODRE, UPPs E ALGUNS DE SEUS EFEITOS NEGATIVOS.

Prezados leitores, bom dia!
O GLOBO:
1) Roubos de veículos sobem 31% no estado.
Secretaria de Segurança exige maior integração entre serviços de inteligência das polícias para combater esse crime.
RIO - Os índices de criminalidade divulgados na sexta-feira pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), referentes a fevereiro, indicam que o mês teve um aumento de 31,1% nos registros de roubos de veículos no estado em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 1.953 casos. Se esse tipo de crime teve resultado negativo no estado, pior ainda ocorreu com os municípios da Grande Niterói — Niterói, São Gonçalo e Maricá —, com 352 casos, 97% a mais na comparação com fevereiro de 2011 (Leiam).
2) PMs são detidos por fazer segurança do contraventor Rogério Andrade.
RIO - Cinco pessoas foram detidas nesta sexta-feira, suspeitas de envolvimento com o jogo do bicho. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança, entre os detidos, que seriam parte da escolta do contraventor Rogério Andrade, estão um policial militar lotado no 17º BPM (Ilha do Governador), um PM reformado e um soldado expulso da corporação. Os outros dois homens alegaram estar procurando emprego. Segundo a secretaria, eles são acusados de exercício ilegal da profissão (Leiam)..
3) Recrutas da PM farão estágio na Rocinha até chegada de UPP.
A medida vai possibilitar reforço no policiamento comunitário, agilidade no combate ao crime e uma maior sensação de segurança para os moradores (Leiam).
Juntos Somos Fortes!

quinta-feira, 29 de março de 2012

RIO: A FARSA DA PACIFICAÇÃO SEGUE SENDO DESMASCARADA.

JORNAL EXTRA:
29 MAR 2012.
Eleição na Mangueira: bandidos armados invadem quadra, cancelam entrevista e impõem candidato único.
As eleições para a presidência da Mangueira colocaram a comunidade em estado de guerra. Nesta quarta-feira, às 16h50m, cinco homens armados com pistolas invadiram a quadra na Rua Visconde de Niterói e determinaram que o portão fosse fechado. O grupo subiu até o camarote e anunciou que Ivo Meirelles não era mais o presidente da escola. O tráfico também impôs o retorno de um carnavalesco campeão para a Verde e rosa.
Durante a tarde, membros da comissão eleitoral aguardavam a chegada dos candidatos para o pleito. Uma entrevista coletiva para informar detalhes da eleição — marcada para o dia 28 de abril — aconteceria logo em seguida. Foi cancelada. Na Vila Kennedy, entretanto, uma outra reunião já havia selado o apoio do tráfico a um candidato único. Todos que tinham aspiração ao poder na escola — como Percival Pires, ex-presidente, e Nilcemar Nogueira, neta de Cartola — foram "convidados" a desistir.
— Estou me sentido agredido e envergonhado. Saímos escorraçados. Todo mundo tem família e filhos. Quem vai ter coragem de manter esta eleição? Estamos num estado de direito. Como isso pode acontecer? — disse uma testemunha do episódio, bastante assustada.
A presença da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Mangueira não impediu a ação. Em três dias, é o segundo ato de afronta ao projeto de pacificação das comunidades, já arranhado pela morte do líder comunitário Vanderlan Barros de Oliveira, o Feijão, na Rocinha. Segundo o comandante da unidade, capitão Leonardo Nogueira, nenhuma movimentação estranha foi percebida. Ele ressaltou que a UPP tem um posto em frente à quadra e nada foi registrado pelos policiais: 
— Não fomos informados de nada. Nenhuma informação desse tipo chegou à UPP.
Eleição polêmica
A guerra política nos bastidores da Mangueira vem se estendendo nos últimos tempos. A mais recente polêmica foi provocada pela publicação de uma reportagem na revista oficial da escola em que Ivo Meirelles acusou as gestões anteriores de não prestarem contas os benefícios fiscais recebidos. Segundo Ivo, as pendências estariam impedindo a escola de fazer novas captações.
No texto, o presidente diz que seus antecessores foram irresponsáveis e "sujaram o nome da Mangueira". Para ilustrar as páginas, usou fotos de componentes vestidos de presidiários.
Procurado, Ivo Meirelles não retornou as ligações até o fechamento desta edição (Fonte).
Comento:
Curto e grosso!
Os nossos leitores não se surpreendem com notícias como essa, eles conhecem a verdade sobre as UPPs.
Juntos Somos Fortes!

quarta-feira, 28 de março de 2012

RIO: A MATEMÁTICA GOVERNAMENTAL.

EX-BLOG DO CESAR MAIA:
BELTRAME, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA-RJ: "NÃO SE VENCEU NADA"!
1. (Jornal Nacional, 27) Nos últimos dias, o Rio de Janeiro registrou casos de violência em comunidades ocupadas pela polícia. O secretário de segurança comentou o assunto. Três helicópteros, 750 homens e uma explicação do secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame: “Nós temos um trabalho como esse há três anos. Os resultados são animadores, mas não se venceu nada.”
2. (Ex-Blog) Beltrame assumiu em 1 de janeiro de 2007. Portanto, são 5 anos e 3 meses.
Juntos Somos Fortes!

UPPs: A DESCULPA OFICIAL DE SEMPRE NÃO PODE SER MAIS ACEITA.

O Globo repete uma desculpa oficial que se tornou rotineira a respeito da relação entre ocupação policial em comunidades carentes e a continuidade do tráfico de drogas,  no editorial "Instalação de UPP na Rocinha corre riscos", publicado hoje na página 6 do primeiro caderno.
"(...) 
A Rocinha ainda está em fase de consolidação da retomada de território, tanto que o BOPE se encontra na área. Também não espanta que haja comércio de drogas, pois sabe-se da impossibilidade de, em qualquer parte do mundo, mesmo desenvolvido, desaparecer o tráfico".
(...)
Concordo, existem vários fatores que transformam quase que em uma impossibilidade o desaparecimento do tráfico de drogas. O primeiro deles é a existência dos consumidores em praticamente todos os lugares. O tráfico de drogas é um comércio, existindo quem queira comprar o produto, logo aparecerão os vendedores, isso é natural. Outro fator de extrema relevância é a impossibilidade do aparato policial estar em todos os lugares simultaneamente, agindo preventiva e/ou repressivamente para evitar o comércio, situação que se agrava diante da grande capacidade de mobilidade dos locais de venda (bocas de fumo), sobretudo nas comunidades carentes.
Tudo isso é verdade, porém devemos fazer algumas ressalvas com relação às UPPs, que nada mais são na prática do que a saturação de uma área (comunidade carente) com policiamento ostensivo. Várias vezes já comentamos que a relação policial x morador nas UPPs é muito melhor. Enquanto em alguns bairros do Rio de Janeiro a relação é de 1 (um) PM para centenas de moradores, existe UPP onde essa relação é de 1 (um) PM para menos de 40 (quarenta) moradores. Na verdade, o governo estadual está saturando de policiamento as comunidades ocupadas em detrimento do policiamento no asfalto, como se costuma dizer.
Prezados leitores, nesse quadro, não podemos aceitar que o comércio do tráfico continue nas comunidades ocupadas, pois existe policiamento no local para combatê-lo. Aceitar o discurso oficial que os objetivos das UPPs são apenas evitar o domínio ostensivo dos traficantes e a exibição de armas, não faz qualquer sentido diante do efetivo de PMs empregado e os sacrifícios impostos ao restante da população, carente de policiamento, sobretudo os moradores dos locais que estão recebendo os traficantes que deixaram tranquilamente as comunidades ocupadas, fixando novos territórios de domínio.
É dever do governo extirpar o comércio de drogas pelo menos nas comunidades ocupadas com UPPs, recursos humanos e materiais não faltam para isso. Permitir a convivência entre PMs das UPPs e os traficantes é dar sinal verde para a corrupção policial, uma praga que já alcançou o projeto, como o mensalão das UPPs já comprovou.
A desculpa oficial de sempre não pode mais ser aceita.
Juntos Somos Fortes!

terça-feira, 27 de março de 2012

A ROCINHA PACIFICADA, UMA PARTE DO RIO PACIFICADO.

Prezados leitores, bom dia!
TRIBUNA DE MINAS:
26 de Março de 2012 - 18:23
Líder comunitário da Rocinha, no Rio, é assassinado.
Por Fábio Grellet - Agencia Estado.
O presidente da Associação de Moradores do Bairro Barcelos, uma das entidades comunitárias da Rocinha, Vanderlan Barros de Oliveira, conhecido como Feijão, de 41 anos, foi morto com cinco tiros por volta das 15h45 desta segunda-feira na favela situada em São Conrado, na zona sul do Rio. Ele havia saído da associação e manobrava uma moto na Travessa Palmas, a poucos metros da via Ápia, uma das principais da comunidade, quando um homem passou de moto, disparou contra Oliveira e conseguiu fugir. Atingido pelas costas, o líder comunitário morreu na hora.
Segundo membros da associação, minutos antes do crime, o autor dos disparos esteve na entidade à procura de Feijão, mas foi informado de que ele estava em reunião. O homem saiu do prédio, mas aguardou Feijão na rua, a cerca de 50 metros dali, onde ocorreu o crime.
Acusado de ser comparsa do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso em novembro, Feijão seria julgado em maio por associação para o tráfico. Investigação da Polícia Civil indicou que Feijão era dono de duas empresas (um lava a jato e uma distribuidora de gelo) usadas para tornar lícito o dinheiro do tráfico. Nesse processo, além dele, também são acusados o próprio Nem, a sogra dele, Maria das Graças Rangel, e o irmão de Feijão, Telmo de Oliveira Barros, sócio nas duas empresas. O grupo é acusado de movimentar cerca de R$ 1,2 milhão supostamente oriundos do tráfico por meio de 29 contas bancárias.
Em novembro passado, quando a Rocinha foi ocupada pela polícia, Feijão chegou a ser detido devido a uma ordem de prisão emitida durante as investigações sobre lavagem de dinheiro, mas o líder comunitário logo foi solto porque se constatou que o mandado de prisão havia sido revogado.
Em agosto de 2010, quando dez traficantes em fuga da Rocinha invadiram o Hotel Intercontinental e renderam 35 pessoas, Feijão participou das negociações que resultaram na libertação dos reféns e na prisão dos criminosos. A Polícia Civil investiga o assassinato. A polícia ocupa a Rocinha desde novembro, mas por enquanto não há data prevista para instalar Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A tensão aumentou nas últimas semanas.
Na madrugada do dia 19, um confronto entre traficantes deixou três mortos e um ferido. Os mortos teriam envolvimento com o tráfico. Na noite seguinte, um intenso tiroteio assustou os moradores, embora não tenha deixado vítimas. Na última sexta-feira o efetivo de policiais militares na Rocinha ganhou mais 130 homens e passou a 300 PMs. Mas isso não reduziu a tensão. Na madrugada desta segunda-feira, horas antes do assassinato de Feijão, outro homem foi baleado na comunidade, mas sobreviveu.
Juntos Somos Fortes!

domingo, 25 de março de 2012

sábado, 24 de março de 2012

terça-feira, 20 de março de 2012

UPP: CONSTRANGIMENTO GERAL.

"JORNAL EXTRA.
EXTRA, EXTRA - BERENICE SEARA.
O comando da Polícia Militar e o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, participaram de uma homenagem, ontem, à Major Priscilla Azevedo, comandante da primeira UPP do Rio.
Em seu discurso, a moça agradeceu o oficial que foi fundamental na sua vida, que a indicou para a UPP, que a salvou de um sequestro, o coronel ... Marcos Jardim.
Um silêncio pesado desceu sobre a plateia".
Comento:
O Coronel PM Marcos Jardim foi dispensado pelo atual comando geral e colocado na DGP, sem função, a conhecida "geladeira" (Leiam). Em novembro do ano passado Jardim foi nomeado secretário municipal de segurança de São Gonçalo (Leiam).
Juntos Somos Fortes!

domingo, 18 de março de 2012

SOLDADOS DO EXÉRCITO SÃO HOSTILIZADOS NO ALEMÃO; É O NARCOTRÁFICO ARMANDO A RESISTÊNCIA. ALGUMA SURPRESA?

Prezados leitores, boa noite!
Amanhã, sairei cedo em razão da 1a reunião do Conselho de Justificação instaurado em meu desfavor, assim sendo, antecipo os artigos que publicaria pela manhã.
REVISTA VEJA:
BLOG DO REINALDO AZEVEDO.
17/03/2012
às 4:55
Soldados do Exército são hostilizados no Alemão; é o narcotráfico armando a resistência. Alguma surpresa?
No Globo Online:
Apanhei durante tanto tempo por desconfiar do modelo mágico de segurança de Sérgio Cabral e José Mariano Beltrame que, ao constatar que eu tinha razão, poderia sentir alguma satisfação. Mas sinto é tédio pelo triunfo do óbvio. Leiam o que vai abaixo e assistam aqui ao filme a que alude a reportagem .
A mudança na estratégia de policiamento do Exército nos complexos da Penha e do Alemão vem gerando hostilidade por parte de crianças e de jovens contra as tropas. Desde que os militares intensificaram o patrulhamento a pé nos becos e vielas de áreas mapeadas como pontos de venda de drogas, houve aumento na quantidade de entorpecentes apreendidos. Até ecstasy, droga que não havia sido encontrada nas favelas pelo Exército, foi encontrado nas incursões feitas a partir de fevereiro. Com a perda de drogas e de território, os traficantes partiram para o contra-ataque. Segundo o serviço de inteligência do Exército, bandidos dão ordens a moradores para que provoquem os soldados que patrulham a região.
Como numa brincadeira de gato e rato, crianças usam as mãos para formar as iniciais de uma facção criminosa, e fogem quando os militares avançam na sua direção. Imagens do Exército obtidas pelo GLOBO revelam como garotos agem. Em casos mais extremos, jovens pulam entre as lajes para atirar garrafas, pedras e até lançar rojões.
“Sabemos que estamos incomodando. O nosso serviço de inteligência nos informou que as ações de hostilidade são orquestradas pelo tráfico. Afinal, estamos estragando o “negócio” deles. A finalidade do Exército aqui é proteger a população”, disse o comandante da Força de Pacificação, general Tomás Miguel Paiva.
Nos complexos desde o dia 26 de janeiro, os 1.800 militares da 11 Brigada de Infantaria Leve, de Campinas (SP), e da 6ª Divisão de Exército de Porto Alegre (RS) já apreenderam 300 unidades de ecstasy, cerca de cinco quilos de cocaína e dois quilos de maconha. A quantidade de cocaína representa mais do que o dobro do volume encontrado em patrulhas anteriores. Para driblar a vigilância, segundo o general, os bandidos criaram mecanismos que vão além de radiotransmissores e celulares.
Os traficantes não só reposicionaram barricadas feitas com sofás e restos de obras, como instalaram campainhas. Quando acionadas por olheiros, elas dão o alarme a mais de 300 metros de distância. À noite, o sistema que os bandidos adotaram é o de fazer ligações clandestinas na iluminação pública. Ao avistarem os militares, eles piscam as luzes nos postes.
(…)
Por Reinaldo Azevedo.
Juntos Somos Fortes!

RIO: OS TRAFICANTES ESTÃO LUCRANDO COM AS UPPs?

JORNAL EXTRA:
BLOG CASOS DE POLÍCIA.
Polícia investiga aumento de bocas de fumo na Rocinha. Traficante Canelão está de volta (Leiam).
Os leitores habituais do nosso blog sabem que ainda é cedo para definir se os traficantes estão perdendo dinheiro ou ganhando mais dinheiro com a implantação das UPPs, considerando que elas não possuem a atribuição de acabar com o tráfico de drogas nas comunidades carentes, como esclareceu incontáveis vezes o secretário de segurança Beltrame. Não temos ainda como concluir sobre prejuízo ou lucro maior, pois como todo comércio, o tráfico de drogas possui uma série de fatores que conduzem para resultados positivos ou negativos. O certo é que com a implantação das UPPs, a venda de drogas diminui nessas comunidades, porém as despesas dos traficantes também diminuíram bastante, além disso, como não são presos nunca, os traficantes estão fortalecendo o comércio de drogas em outras comunidades já dominadas, assim como, estão dominando novas comunidades e implantando os locais de venda.
Outro fator decisivo para determinar o lucro ou o prejuízo é a capacidade de simbiose entre alguns Policiais Militares e Civis, a denominada "banda podre", com os traficantes. Sempre que esse fenômeno se instalar, com ou sem UPP, a venda aumenta e o lucro pode aumentar, apesar do pagamento da propina.
Em apertada síntese, ratifico que ainda é cedo para dizer que os traficantes estão tendo prejuízos com as UPPs. O grande problema deles é o crescimento gigantesco das milícias, algo que está ocorrendo no atual governo estadual. Isso sim parece estar causando grandes perdas. Eles já estariam alugando comunidades dominadas pelos milicianos para implantarem as bocas de fumo. No tema milícia é bom que se esclareça que o discurso governamental com relação ao número de milicianos presos não deve servir para enganar a população, pois na verdade as milícias apenas mudam de dono, pois o governo Sérgio Cabral (PMDB) não retoma os territórios dominados pelos milicianos. Em mais de quatro anos só retomou um, o minúsculo Batan em Realengo, implantando uma UPP, embora ainda digam que é a milícia quem manda por lá.
A implantação das UPPs gerou mais lucro ou prejuízo para os traficantes?
Em breve saberemos.
Juntos Somos Fortes!

quinta-feira, 15 de março de 2012

DILMA DESISTE DAS 2.883 UNIDADES DE POLÍCIA PACIFICAFORA.

Prezados leitores, bom dia!
FOLHA DE SÃO PAULO:
Dilma engaveta plano nacional de UPPs
Promessa de campanha para área de segurança pública previa instalação de 2.883 unidades pacificadoras no país
De acordo com Planalto, recursos vão ser usados em outras ações, como combate ao crack e patrulha em fronteiras.
THIAGO GUIMARÃES
COORDENADOR-ADJUNTO DA AGÊNCIA FOLHA
ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA
O governo federal engavetou a principal promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff na área de segurança pública: instalar 2.883 UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) pelo Brasil.
Segundo o Ministério da Justiça, técnicos avaliaram o cálculo do projeto apresentado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva e encampado por Dilma na campanha como "superdimensionado".
Ainda segundo técnicos, não haveria sequer efetivo policial suficiente em algumas cidades para instalar as UPPs.
Agora, de acordo com o Palácio do Planalto, os recursos inicialmente previstos para construção das unidades pacificadoras, que chegam a cerca de R$ 1,6 bilhão, irão para outras ações, como combate ao uso do crack e vigilância das fronteiras do país.
Implantado em 2008 no Rio de Janeiro, com recursos estaduais, o modelo das UPPs é um sistema de policiamento comunitário adaptado para áreas de risco. O eixo é a construção de bases de segurança que funcionam 24 horas por dia. Resultados positivos no Rio elevaram-no à condição de "grife" das políticas para o setor no país.
Em programa eleitoral veiculado em 21 de setembro de 2010, por exemplo, a então candidata Dilma prometia, como parte do PAC 2 (segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento), "mais de 2.800 postos de polícia comunitária" pelo país.
SUMIÇO
Agora, com 15 meses de gestão, a promessa sumiu do primeiro balanço do PAC 2, divulgado na semana passada. Dos R$ 350 milhões previstos para a ação em 2011, nenhum centavo foi gasto.
Tampouco houve até o momento execução dos R$ 188,5 milhões previstos para 2012, aponta levantamento feito pela ONG Contas Abertas, a pedido da Folha, em dados do Siafi, sistema que registra os gastos do governo.
O cenário reflete os cortes no Orçamento feitos pelo Planalto em 2011. Da dotação de R$ 2,1 bilhões do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), que abrange a construção dos postos, apenas R$ 1,05 bi (50%) foi gasto.
O resultado é que Estados que enfrentam aumento nos índices de violência e optaram pela construção das UPPs estão tirando dinheiro do próprio bolso. Na Bahia, por exemplo, o governo gastou R$ 1,4 milhão para erguer cinco bases de segurança -outras 12 devem sair em 2012.
A gestão Jaques Wagner (PT) recorreu ainda a doações privadas para equipar as bases. Obteve itens como tintas, móveis e material de construção. Neste mês, o governo do Paraná, de Beto Richa (PSDB) inaugurou uma base em Curitiba, batizada de UPS (Unidade Paraná Seguro).
Ex-secretário Nacional de Segurança Pública no governo Luiz Inácio Lula da Silva (2008-2010), Ricardo Balestreri apontou "descontinuidade" entre as gestões. "Você lança um programa de governo, há troca e o programa acaba sendo abandonado."
'DEMAGOGIA'
Para Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança Pública (2003), o problema do crack "cabe perfeitamente" no modelo de policiamento comunitário, mas a abordagem do tema das UPPs pela campanha de Dilma foi "demagógica".
"A campanha de Dilma não possuía programa de segurança. Neste ponto, como em muitos outros, sua fala se assemelhou a de [José] Serra [candidato do PSDB à Presidência em 2010], pelo vácuo", disse o professor Marcos Rolim, consultor em segurança.
Juntos Somos Fortes!

terça-feira, 13 de março de 2012

MADE IN BRASIL - ADVOGADO MARCOS ESPÍNOLA.

Prezados leitores, amanhã saio cedo, assim sendo, antecipo os artigos que postaria pela manhã.
MADE IN BRASIL.
*Marcos Espínola
Nos últimos anos, o Rio de Janeiro vem quebrando paradigmas, comprovando que mais do que uma bela paisagem a Cidade é referência em outros atributos. O mais recente exemplo disso foi a homenagem recebida pela major Pricilla Azevedo, primeira mulher a comandar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), nosso Estados Unidos. Um marco a ser celebrado pela nossa centenária polícia militar.
Oferecida no Dia Internacional da Mulher, a honraria foi um reconhecimento do departamento de estado americano que, através do Prêmio Internacional Mulheres de Coragem, visa destacar iniciativas femininas nesse sentido em todo o mundo.
A major da PM recebeu a medalha da primeira-dama, Michelle Obama, que junto com a secretária de estado Hillary Clynton, elogiou a policial pela liderança e coragem excepcional.
Essa façanha revela outro lado bem menos explorado, mas que também merece visibilidade. A excelência do trabalho desenvolvido pela PM do Rio, demonstrando que a instituição é bem maior do que qualquer acontecimento isolado.
O trabalho inovador com as UPPs, a aproximação com a comunidade, a retomada de territórios e da ordem urbana em vários pontos da cidade é um avanço que foi coroado com a bela e justa homenagem de uma PM mulher, representando em grande estilo não só o valor da mulher brasileira como o impacto significativo contra a violência, através de tais iniciativas.
Mais ainda, o reconhecimento comprova o potencial da nossa polícia que exporta conhecimento para agentes de segurança do mundo todo, colocando aos poucos o Rio na vanguarda da segurança pública brasileira. Ainda há muito caminho a percorrer, mas a direção já se sabe.
*Advogado criminalista.
Juntos Somos Fortes!

segunda-feira, 12 de março de 2012

GOVERNO SÉRGIO CABRAL: O TRIPLO "T", A "TÁTICA DE TRANSFERÊNCIA DE TRAFICANTES" CONTINUA MOSTRANDO SEUS TERRÍVEIS EFEITOS.

A minha entrevista na TV ALERJ com o deputado estadual Paulo Ramos (PDT), complementa o texto de Reinaldo de Azevedo, que posto nesse artigo:


REVISTA VEJA:
BLOG DO REINALDO AZEVEDO.
12/03/2012
às 7:01
Conforme eu sempre quis demonstrar, bandidos do Rio foram assaltar em outros lugares. Quem está surpreso?
Que coisa, né!?
Apanhei tanto, até de alguns leitores que costumam gostar de mim, por causa das minhas críticas às UPPs do governador Sérgio Cabral e do mago José Mariano Beltrame - que alguns cariocas entusiasmados queriam candidato ao Nobel da Paz (eu juro!!!)! Minha crítica tinha um centro: a tática espalha-bandido. A UPP chega, ninguém é preso, os marginais mais perigosos dão no pé — os menos continuam a operar o tráfico. De vez em quando, pegam um figurão ou outro do crime para que a vício honre a virtude, e tudo fica por isso mesmo.
Virou modelo! O governo federal vive a elogiar o modo que o Rio tem de combater o crime. Gabriel Chalita, aquele que estreita os albinos da Tanzânia com Castro Alves “num abraço insano” (como diria o poeta), exaltou, nos EUA, o modelo Cabral. Os petistas da academia preferem acusar São Paulo (capital: 27º lugar no ranking de homicídios - isto é, último; estado: 26º lugar - penúltimo) de prender demais!
Pois bem. Leiam o que publicou o Globo na quinta. Volto depois.
Por Antônio Werneck:
Logo na entrada, um cheiro forte de queimado dominava o ambiente, mas era apenas quando se deparavam com a porta giratória trancada em pleno expediente bancário que os clientes eram informados por seguranças armados: o banco não abriu na quarta-feira para que dois caixas eletrônicos, arrombados com maçaricos em mais uma ação ousada de bandidos em Niterói, fossem trocados. O caso aconteceu em um banco na Rua Gavião Peixoto, em Icaraí, um dos bairros mais nobres da cidade dividida agora por duas quadrilhas de traficantes que fugiram para morros do município, expulsos do Rio pela expansão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Segundo policiais civis e militares de Niterói, traficantes do Morro da Mangueira tomaram a favela do Morro do Preventório, no bairro da Charitas, enquanto criminosos das favelas do complexo da Maré, expulsos pela chegada de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), e de Senador Camará, onde a Polícia Militar tem atuado constantemente, ocuparam o Morro do Cavalão, no Centro de Niterói. Pelo menos 30 bandidos já estariam agindo na cidade e seriam os responsáveis pela onda de violência. Assaltos com reféns, arrastão e roubos de veículos se tornaram normais nos últimos três meses em bairros como Icaraí, Ingá e São Francisco.
O GLOBO procurou a assessoria do governador Sérgio Cabral e do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, para que falassem sobre o assunto, mas eles preferiram não comentar o caso. A Polícia Militar informou que o policiamento será reforçado com a chegada de novos policiais e recrutas. Desde o início da semana, o coronel Maurício Santos de Moraes, do 4 Comando de Policiamento de Área (CPA), vem tratando do assunto pessoalmente. “Pelas informações que dispomos, os traficantes não estão conseguindo os lucros que tinham com a venda de drogas no Rio. Por isso teriam passado a atuar em assaltos violentos”, disse um policial da cidade.
Os reflexos da presença de bandidos do Rio em Niterói já começam a aparecer nas estatísticas de violência. Em Icaraí, por exemplo, em janeiro do ano passado nenhum assalto a residência havia sido registrado na 77 DP, responsável pelo policiamento do bairro. Este ano, também em janeiro, os registros pularam para seis casos, como revelam números divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), da Secretaria de Segurança. Também subiram em Icaraí os casos de assaltos no interior de ônibus em janeiro: de quatro, no ano passado, para nove este ano. As ações são sempre violentas, com o uso de armas de guerra, como fuzis e metralhadoras.
No bairro do Ingá, a violência é percebida em qualquer esquina: restaurantes, bares e pedestres viraram alvos dos criminosos. Um estabelecimento frequentado por promotores, empresários, políticos e professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) já foi assaltado três vezes este ano. Na última, 60 clientes ficaram sob mira de quatro criminosos fortemente armados enquanto eram saqueados. O bairro fica na jurisdição da 76 DP (Centro). Pela estatística do ISP, subiram os registros na região de roubos e furto de veículos. Os casos de roubo a pedestres cresceram 45%, pulando de 64 registros em janeiro do ano passado para 93 este ano. “Eles chegaram num carro e uma motocicleta. Eram cerca de seis, todos armados fortemente. Renderam o segurança e invadiram o restaurante. Os clientes foram mantidos reféns, com armas apontadas para a cabeça. Foram muito violentos e fugiram”, afirmou o dono do estabelecimento pedindo para não ser identificado.
Em São Francisco, bairro tradicionalmente residencial, os relatos de assaltos a comércio, invasão de residência e roubo de pedestres são muitos. “Aqui a situação é muito grave. Existe um paradoxo: as pessoas estão deixando de sair e com medo de ficar em casa”, contou um empresário morador de São Francisco.
Na última sexta-feira, um outro restaurante foi assaltado por três homens armados com pistolas, que renderam o segurança e, em poucos minutos, dominaram cerca de 30 pessoas que jantavam. Sob a mira de armas e a todo instante ameaçadas, todas entregaram bolsas, celulares, relógios e dinheiro. O arrastão terminou com uma violenta troca de tiros nas ruas do Ingá. Os assaltantes em fuga teriam tentado roubar o carro de um policial - não identificado - que passava na hora. No tiroteio, um dos bandidos foi baleado e fugiu ferido, buscando refúgio no Morro do Estado, que está ocupado pela Polícia Militar. Até agora ele não foi localizado.
Niterói tem cerca de 500 mil habitantes e lidera pesquisas de qualidade de vida: é a terceira cidade com o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) do país. Em dez anos, saltou da quinta para a primeira colocação no ranking das cidades que têm a maior renda média domiciliar per capita do país: R$ 2.031,18, segundo o Censo 2010. Apesar disso, o investimento em segurança parece diminuir ano a ano: o batalhão da Polícia Militar do município passou de cerca de 1.200 homens, na década de 80, para 700 atualmente.
Voltei
É claro que eu sou favorável a favelas pacificadas, ora! É claro que eu acho que é preciso haver bases da PM — e, se preciso, Forças Armadas — nas favelas. Mas atenção:
a) militares não podem atuar como se fossem seguranças dos traficantes; pacificação que convive com bandidagem é pilantragem;
b) o governo do Rio precisa prender os bandidos; se ficam soltos, cometem crimes. Foi o que sempre escrevi aqui. Considerando que eles não vão arrumar emprego só porque a UPP chegou, se não puderem atuar no Rio, vão buscar outras cidades. Quem está surpreso?
Por Reinaldo Azevedo
Juntos Somos Fortes!

domingo, 11 de março de 2012

POR QUE COLETES À PROVA DE BALAS EM ÁREA PACIFICADA, PERGUNTOU O PRÍNCIPE HARRY.

Prezados leitores, bom dia!
JORNAL DO BRASIL:
"Por que coletes à prova de balas em área pacificada?", pergunta Harry
Príncipe questiona UPP
Fabrício Ivasse é 1º tenente do Exército brasileiro que ocupa, desde novembro de 2010, as treze favelas que formam o complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Aos 26 anos, recebeu neste sábado a missão mais atípica de sua carreira, que nem por isso deixou de trazer um alto grau de responsabilidade: foi ele o interlocutor dos militares diante do príncipe Harry, que visitou as comunidades por quase quatro horas. "Fui escolhido porque eu sou formado em inglês", disse, humilde.
Tão logo desceu do teleférico da estação Palmeiras, no Alemão, Ivasse recepcionou, junto com outros homens do Exército, entre eles o general Tomás Miné Ribeiro, chefe da Força de Pacificação, sua alteza para lhe explicar, nos mínimos detalhes, como funciona o trabalho do Exército na comunidade - antes dominada pela maior facção criminosa do Rio (Ler mais).
Juntos Somos Fortes!