JORNAL ZERO HORA:
Estudo da Unicef mostra que um jovem gaúcho é morto a cada três dias.
Ao divulgar os resultados preliminares de um estudo sobre a violência contra adolescentes no Brasil, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) trouxe ontem uma boa e outra má notícia para o Rio Grande do Sul. A positiva é que as cidades gaúchas estão em posições intermediárias no ranking de homicídios de adolescentes – distante do topo da lista de mortes.
Por outro lado, a pesquisa fez uma preocupante projeção: um adolescente será assassinado a cada 72 horas no Estado, em um dos 19 municípios com mais de 100 mil habitantes. Se nada for feito para reduzir os crimes, o estudo prevê que 897 gaúchos entre 12 e 18 anos serão mortos entre 2006 e 2012.
No país, serão mais de 33,5 mil assassinatos de jovens.
Com base nos homicídios registrados em 2006, o estudo apresentado ontem em Brasília reuniu informações sobre as mortes de adolescentes nas maiores cidades brasileiras, aquelas com mais de 100 mil habitantes, para apresentar o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). O indicador estima o número de pessoas que serão assassinadas durante a adolescência (o Unicef define como adolescentes jovens entre 12 e 18 anos) para cada grupo de mil habitantes. Calculado por pesquisadores do Unicef em parceria com a ONG Observatório de Favelas e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, o IHA revelou que os gaúchos têm um risco menor de serem assassinados se comparado ao de adolescentes que vivem em outros Estados. Com base nos crimes ocorridos em 2006, o estudo também estimou o uso de armas de fogo nos assassinatos de pessoas entre 12 e 18 anos.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, as chances de um adolescente ser morto por uma arma de fogo é quatro vezes mais do que por outro meio. Neste ranking, o Estado ficou na sétima colocação, atrás do Rio de Janeiro, Alagoas, Pernambuco, Espírito Santo, Paraíba e Minas Gerais.
Guaíba se destacou nas mortes por arma de fogo.
Mas o que chamou a atenção dos pesquisadores foi a presença da arma de fogo nos crimes cometidos contra adolescentes em Guaíba. Na cidade, a chance de ser morto por um tiro é 10 vezes maior do que por outros meios, como facas ou espancamento. – Não sabemos o porquê disso.
A segunda fase da pesquisa se aprofundará nas causas dessas mortes – conta o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Ignacio Cano, coordenador da pesquisa. Ao conhecer a pesquisa, o professor da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) Rodrigo de Azevedo, especialista em análise social da violência, acredita que a quantidade de armas nas ruas gaúchas acaba por potencializar seu uso em crimes. – É sabido que o Rio Grande do Sul tem um dos maiores arsenais (nas mãos de civis) do Brasil. É preciso maior rigor no controle e fiscalização desse armamento – opina. Fonte: Zero Hora (22/07/09).
JUNTOS SOMOS FORTES!PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
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