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terça-feira, 27 de setembro de 2011

POLÍCIA MILITAR DESMANCHA DIANTE DAS ACUSAÇÕES CONTRA SEUS INTEGRANTES.

Uma das primeiras providências do Coronel PM Mário Sérgio ao assumir a cadeira 01 da PMERJ foi enfraquecer a Corregedoria Interna, como denunciamos na época nesse nosso espaço democrático. 
Caros leitores, não se enfraquece o controle interno de uma polícia brasileira impunemente, isso é óbvio, não preciso entrar em detalhes.
Nos últimos dias, Policiais Militares têm frequentado as páginas policiais com uma frequência inaceitável na condição de acusados.
Um absurdo!
Na edição das 18:00 horas do Jornal da Globo News, o comentarista de segurança pública das Organizações Globo "fritou" integralmente Mário Sérgio, citando a falta de comprometimento com as ações correcionais por parte do comando da PMERJ.
A "fritura" foi tão intensa que mais parecia um arrazoado para justificar a exoneração de Mário Sérgio, algo que parece provável.
O certo é que Mário Sérgio tem o apoio de Beltrame, mas apesar dessa verdade, a sua situação ficou muito ruim após a prisão do atual Comandante do 22o BPM.
Não podemos esquecer que Mário Sérgio dias atrás, exonerou o Oficial do comando do 7o BPM, mas simultaneamente o nomeou para o comando do 22o BPM.
Penso que Mário Sérgio está em posição delicada, apesar da proteção de Beltrame.
Leiam as notícias sobre a prisão:
- JORNAL EXTRA:
Suspeito de mandar matar juíza se apresenta e se diz inocente (leiam).
- JORNAL O DIA:
Assassinato de Patrícia Acioli.
Delegado diz que ex-comandante foi o 'autor intelectual' da morte da juíza (leiam).
- JORNAL DO BRASIL:
Juíza assassinada mandaria prender comandante de batalhão (leiam).
O GLOBO:
Suspeito
Delegado afirma que juíza pode ter sido morta por investigação contra tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira (leiam)
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

domingo, 13 de março de 2011

GOVERNO SÉRGIO CABRAL – ESCÂNDALO – O APADRINHAMENTO DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – PARTE 2.

Em prosseguimento ao artigo anterior, cabe escrever que o apadrinhamento de Oficiais da Polícia Militar ganhou um relevo ainda maior no governo Sérgio Cabral, como uma represália contra os Coronéis Barbonos, grupo de Coronéis da Polícia Militar que proporcionou um fato inédito nos duzentos anos de história das polícias brasileiras, pois pela primeira e única vez até a presente data, Coronéis que ocupavam as principais funções na corporação, resolveram lutar pelo salário e pelas condições de trabalho da tropa. Isso nunca tinha acontecido e ao que tudo indica nunca mais ocorrerá, pelo menos no Rio de Janeiro.
No intuito de tentar superar os diversos problemas vivenciados pela PMERJ e, simultaneamente, colaborar com o governo estadual para a prestação de uma segurança pública de qualidade para a população, no dia 03 de julho de 2007, os Barbonos divulgaram o documento “Pro lege vigilanda” (Pela vigilância da lei), que ficou conhecido como a “Carta dos Coronéis Barbonos”contendo doze itens e vários subitens (leiam).
No item 12, os Barbonos solicitaram o fim das funções blindadas, um dos inúmeros males decorrentes da dominação política da corporação:
"Tópico nº 12 - Adoção de mecanismos legais compatíveis, no sentido de que apenas os ocupantes dos cargos de Comandante Geral e de Chefe do Estado Maior da Corporação possam exceder o tempo máximo de permanência no posto de Coronel na condição de ativos. Não existe qualquer interesse Social ou Institucional, qualquer motivo que determine tal privilégio, qualquer finalidade a ser alcançada e nem mesmo faz sentido que cargos outros, marcadamente externos à Corporação, gozem de tal prerrogativa. Portanto, deve-se revogar em caráter de urgência todas as legislações estaduais que permitem que Coronéis permaneçam no serviço ativo, após os 6 (seis) anos da última promoção e não legislar mais nesse sentido absurdo.Toda legislação deve obedecer ao interesse social e ao interesse institucional, essas legislações não alcançam tais interesses, restringindo-se a interesses pessoais ou de pequenos grupos que desejam um tratamento privilegiado. Portanto, urge promover a revogação de tais privilégios concedidos através de modificações no parágrafo primeiro, do artigo 96, da Lei n.º443, de 1 de julho de 1981, realizadas por meio da Lei n.º 4.043, de 30 de dezembro de 2002 e Lei 5.019, de 19 de abril de 2007".
Apesar da gravidade da situação já vivenciada naquela época, o governo Sérgio Cabral para reprimir a ação dos Coronéis Barbonos, além de exonerá-los no início de 2008, resolveu alterar o tempo de permanência dos Coronéis de Polícia de seis para quatro anos, assim os Barbonos seriam transferidos prematuramente para a inatividade. A modificação foi feita no Estatuto dos Policiais Militares, diminuindo o tempo e além dela, para proteger os Coronéis que estavam alinhados com o governo, aumentou o número de funções blindadas (exatamente o contrário do proposto pelos Barbonos), pois se assim não agisse em futuro próximo os aliados também seriam alcançados pela diminuição (lei).
Para o correto entendimento, preciso explicar o que é uma função blindada na PMERJ?
É aquela na qual o Coronel, apesar de ter mais de 30 anos de serviço e alcançar os seis anos no posto de Coronel, não é transferido para a inatividade compulsoriamente, como a regra estatutária determina. As funções blindadas são exceções à regra geral.
Para que a mídia possa buscar informações tendo uma referência, cito um dos vários casos, o Coronel de Polícia Almeida, que trabalha na Coordenadoria Militar da Casa Civil do Governo Sérgio Cabral, que ainda está no serviço ativo da PMERJ.
Há quantos anos está na PMERJ?
Quantos anos ele tem de Coronel?
Por que ainda está no serviço ativo?
Simples, basta querer noticiar e informar.
Como o tempo não pára, apesar do aumento das blindagens, outros aliados e apadrinhados políticos que estão há mais de DEZ ANOS fora da PMERJ, seriam alcançados nos anos de 2010 e 2011, assim o governo Sérgio Cabral aumentou mais ainda o número de funções blindadas.
LEI Nº 5793, DE 22 DE JULHO DE 2010.
MODIFICA O PARÁGRAFO 1º DO ART. 96 DA LEI Nº 443, DE 1º DE JULHO DE 1981, QUE DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O §1º do artigo 96 da Lei nº 443, de 1º de julho de 1981, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 96 – (...)
(...)
§1º Excetuam-se da regra do caput deste artigo os Oficiais Superiores ocupantes dos cargos de Secretário de Estado, de Coordenador Militar da Secretaria de Estado da Casa Civil, de funções similares na Assessoria Militar da Presidência da Alerj, na Diretoria Geral de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça, Na Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público, de Comandante-Geral da Polícia Militar, de Coordenador-Adjunto da Coordenadoria Militar da Secretaria de Estado da Secretaria de Estado da Casa Civil, de Chefe do Estado-Maior Geral da Polícia Militar, de Chefe de Gabinete do Comando-Geral da Polícia Militar, de Corregedor Interno da Polícia Militar, de Comandantes dos 1º, 2º, 3º e 4º Comando de Policiamento da área, bem como os demais Oficiais Superiores da Polícia Militar em exercício de cargo ou função na Coordenadoria Militar da Casa Civil, os quais, preenchidos os requisitos elencados neste artigo, serão transferidos para a inatividade quando de suas exonerações ou dispensas dos respectivos cargos ou funções. (NR)
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, em 22 de julho de 2010.
SÉRGIO CABRAL
GOVERNADOR

Todos os grifados em vermelho foram as novas blindagens criadas por Cabral em 2010, além das criadas em 2008.
Uma vergonha!
A manipulação de leis para atender apadrinhamentos e aliados políticos, tudo feito como a concordância da ALERJ.
É preciso que um órgão de controle ponha um fim nessa imoralidade.
Isso é um desestímulo e um desrespeito para os que permanecem trabalhando na Polícia Militar.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PERFEITO - DIRETO DO TWITTER.

Cap L. Alexandre no twitter:
@CapLAlexandre
"A realidade do RJ hoje poderia ser muito bem representada pelo filme Leões e Cordeiros. O político querendo ser presidente, a repórter arrependida pelo o q apoiou, tendo q mentir novamente pq sua empresa quer vender jornal e os peões descartáveis sendo jogados p/morte".
Perfeito.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

domingo, 18 de julho de 2010

GOVERNO SÉRGIO CABRAL: PROTESTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DA ÁREA DA SAÚDE ( I ).

O protesto dos funcionários da saúde contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) foi um grande sucesso. O vídeo retrata um momento de descontração de uma parte dos mobilizados, quando do encerramento da caminhada, felizes com o sucesso alcançado. Postarei outros vídeos e fotos.
É um prazer ombrear com os valorosos funionários da rede estadual de saúde.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sexta-feira, 23 de abril de 2010

POLICIAIS MILITARES ACUSADOS.

AGORA:
23/04/2010
PMs são detidos por morte de motoboy

Fernanda Barbosa e Adriana Ferraz
do Agora
A Corregedoria da PM deteve policiais militares suspeitos de participar da morte do motoboy Eduardo Luis Pinheiro dos Santos, 30 anos, que ocorreu no último dia 9. O número de policiais detidos administrativamente não foi divulgado pela corporação.
A polícia abriu inquérito para investigar a participação dos PMs, que são da 1ª Companhia do 9º Batalhão. Todos estavam em serviço na noite do crime. Eles deverão ficar detidos por cinco dias.
Santos foi abordado pela polícia às 20h50, quando discutia com três homens na esquina da rua Maria Curupati com a avenida Casa Verde, na zona norte da capital. Segundo a PM, a bicicleta do filho de Santos havia sido furtada instantes antes e ele suspeitava dos outros rapazes.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 14 de abril de 2010

POR QUE A POLÍCIA MILITAR E A POLÍCIA CIVIL NÃO REPRIMEM O JOGO DOS BICHOS?

JORNAL O DIA:
PF prende 24 em novo golpe no Jogo do Bicho
Presidente da Vila é pego na operação, que quebra braço da contravenção em Niterói e São Gonçalo
Rio - A Polícia Federal quebrou parte da banca da contravenção em Niterói e São Gonçalo, prendeu 24 pessoas acusadas de envolvimento com exploração de máquinas caça-níqueis na Operação Alvará e mostrou nova ligação entre o crime organizado e o Carnaval carioca. O chefão do esquema, de acordo com o inquérito, é o presidente da escola de samba Unidos de Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, o Moisés. Ele controlava a autorização para o funcionamento das máquinas nas cidades, que recebiam ‘selo’ para confirmar o pagamento da taxa e a permissão de operação (leia).
Assistam uma reportagem da TV Globo sobre a operação (vídeo).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 7 de abril de 2010

PEC 300 - A BASE GOVERNISTA ESTÁ CONTRA NÓS.

O GLOBO:
A luta pela PEC 300 ganhou uma dimensão quase que nacional, a maioria dos estados brasileiros conseguiu mobilizar Bombeiros e Policiais Militares nessa luta, o que pode ser considerada como uma grande conquista, sobretudo em face da falta de apoio dos comandantes gerais, que seguem a rotina de subserviência aos governantes temporários.
A nossa pretensão é absolutamente justa, pois nada justifica que o Distrito Federal, que recebe os frutos do trabalho de todos os brasileiros, pague salários aos seus Policiais e Bombeiro Militares muito superiores aos que são pagos em estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Um piso de R$ 4.500,00 é justo e ainda está muito abaixo do piso da Polícia Federal.
A igualdade salarial, tendo o Distrito Federal como base, é justa e indispensável para proporcionar cidadania aos heróis sociais.
Infelizmente, através das lideranças políticas, temos cedido terreno e hoje não se fala mais nessa igualdade, tendo sido aceitos pisos muito inferiores ao do Distrito Federal.
Tenho escrito e dito que ninguém respeita quem não respeita a si próprio
e nós não estamos nos respeitando, quando recuamos dos nossos objetivos.
Segurança pública é o maior problema brasileiro e os profissionais que militam nessa área, arriscando a própria vida, merecem salários dignos - os pagos no Distrito Federal. Portanto, o problema passa a ser dos governantes, cabe a eles definir as maneiras para promover essa justiça salarial, afinal foram eleitos para solucionar problemas; enquanto cabe a nós lutarmos pela conquista dos nossos objetivos.
Penso que a tática de promover grandes caravanas para Brasília, no intuito de pressionar os deputados federais, repetidas vezes, não seja a melhor, considerando que nos estados as mobilizações foram esvaziadas, com raras exceções.
Não podemos esquecer que os deputados federais recebem votos nos seus estados e não em Brasília, além disso, marchar no DF e cercar o Congresso Nacional não tem provocado os efeitos desejados, o que faz da repetição um mero desgaste.
Urge que a mobilização seja retomada em cada estado da federação, cobrando não só dos deputados federais, mas também dos deputados estaduais, dos governadores e sobretudo, dos comandantes gerais, o apoio à nossa luta justa pela igualdade salarial.
Não sei você, caro leitor, mas eu estou cansado de discursos inflamados que
ineficazes se apagam minutos depois.
Os Policiais Militares e os Bombeiros Militares do Brasil possuem uma série de ferramentas para pressionarem adequadamente os governantes para a conquista da cidadania.
A primeira tática de pressão deve ser interna corporis, com os mobilizados pressionando os não mobilizados - os omissos e os que estão se beneficiando do quadro atual através do recebimento de gratificações.
Nos nossos quartéis temos também que cobrar dos nossos comandantes diretos o motivo da não participação na nossa luta, todos os comandantes devem essa resposta aos seus comandados, afinal eles são ou não são os nossos líderes.
Em seguida, os comandantes devem cobrar um posicionamento dos comandantes gerais.
Eles não farão isso, ponderá você, caro leitor.
Concordo, todavia ao se omitirem eles estão abrindo espaço para o surgimento de verdadeiras lideranças, como já aconteceu em vários estados da federação, algumas vezes.
Isso é fato!
Por derradeiro, o lance agora é nosso, a base governista travou a votação, cabe agora a cada um de nós promover a maior mobilização já desenvolvida em âmbito nacional no Brasil.
Comenta-se que diante da negativa seria organizada uma grande Operação Padrão ou Tolerância Zero, temos que buscar a organização necessária para o sucesso.
A data agendada seria o próximo dia 21 de abril.
Cabe a cada um fazer a sua parte.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

POLÍCIA MILITAR: DEVE SER BRINCADEIRA ...

JORNAL EXTRA:
A PMERJ cria mais um órgão, a Coordenadoria de Análise Criminal, que trabalhará com estatísticas.
Deve ser brincadeira ...
A Polícia Militar parece seguir na contramão da evolução, uma instituição presa ao passado, apesar de estar sendo gerida pelos "modernos".
Contrariando à evolução a PMERJ caminha para a extinção, o preço que pagam os não adaptados aos novos tempos.
O órgão é totalmente desnecessário e consumirá recursos humanos e materiais para definir as "manchas criminais".
Lembro que essa Polícia Militar mantém Policiais Militares trabalhando em Copacabana e morando no interior do Rio de Janeiro, consumindo oito horas por dia, apenas para ir e vir no percurso casa-trabalho.
Ministra instrução de educação física para Policiais Militares que saem do serviço noturno (12 horas em pé).
Tem gravíssimos problemas na promoção dos Praças.
Aceita interferência política na promoção dos Oficiais.
Enfraquece a Corregedoria Interna.
Não controla a corrupção interna corporis.
Permite que os Policiais Militares trabalhem sem as condições adequadas.
Concede RioCard para alguns, enquanto a maioria da tropa não recebe esse salário indireto.
Concede gratificações para grupos, prejudicando a maioria do efetivo, sobretudo inativos e pensionistas.
Paga salários miseráveis.
E perde tempo com esses factóides inúteis.
Urge que as forças do bem da Polícia Militar acordem para o grau de degradação alcançado pela corporação, caso contrário, a extinção será o nosso destino.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

O RIO TEM CONDIÇÕES DE REALIZAR UMA COPA DO MUNDO OU UMA OLIMPÍADA?


O policiamento não funcionou segundo o jornal O Globo, porém não podemos culpar Mário Sérgio, pois ele estaria de férias em todo o mês de abril, conforme comentário recebido.
Na verdade, o que não funcionou (e não funciona) foram o governo estadual e os governos municipais do Rio e de Niterói.
A população fluminense sofre com a incompetência dos políticos e dos seus prepostos.
O Globo no seu caderno especial dessa quarta-feira sobre a tragédia no Rio, publica que:
"O MESMO CAOS ...
... AS MESMAS DESCULPAS"
"Em 24 horas, chuva mata 98 pessoas e expõe fragilidades do Rio diante de eventos extremos".
Pergunto:
O Rio tem condições de realizar uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada?
É justo com a população investir bilhões do dinheiro público nesses mega
eventos, enquanto sofremos com a falta da infra-estrutura mínima?
Penso que não.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

POLÍCIA MILITAR: EMAIL INSTITUCIONAL.

Polícia Militar abre quartéis para atender à população desabrigada pela chuva
Posted: 06 Apr 2010 04:33 AM PDT
A Polícia Militar está participando do esforço conjunto entre os três poderes (estadual, municipal e federal) para atenuar os efeitos do temporal que se abateu sobre o Rio de Janeiro desde o início da noite desta segunda-feira, 5 de abril.
Os batalhões da PMERJ estão abertos para atender à população desabrigada e aos cidadãos que, por causa das chuvas, não conseguem voltar para casa. “Os batalhões serão a solução provisória enquanto os governos providenciem o devido acolhimento. E a população em trânsito encontrará nos batalhões um local seguro para aguardar a estiagem”, disse Coronel Millan.
A Polícia Militar está realizando ações táticas nas ruas. Equipes de motociclistas do Batalhão de Choque (BPChq) estão em pontos-chave, onde a retenção do trânsito possa se tornar risco de assalto para os motoristas. As aeronaves e embarcações do Grupamento Aéreo Marítimo (GAM) estão a disposição da Defesa Civil para apoio em suas ações de resgate, bem como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

terça-feira, 6 de abril de 2010

CIDADÃO FLUMINENSE, CONHEÇA OS HERÓIS.

O Rio de Janeiro se transformou em um caos.
O número de cidadãos mortos já passa de SETENTA.
Os prejuízos materiais são incalculáveis.
Diante dessa nova tragédia no sofrido Rio de Janeiro, os heróis passam quase que anônimos e se faz preciso destacar o trabalho desses homens e mulheres que são o único socorro para a população. Os heróis são os Guardas Municipais, os Policiais Militares e, sobretudo, os Bombeiros Militares, nas suas ações de Defesa Civil.
Oito Bombeiros Militares foram feridos gravemente, segundo a mídia, quando tentavam salvar pessoas.
A esses heróis a gratidão de todos os cidadãos fluminenses que padecem com os desgovernos municipal e estadual do PMDB.
Cidadão, eles ganham R$ 30,00 por dia para arriscarem a própria vida em defesa da população.
Um salário miserável pago por governantes que não têm qualquer compromisso com os serviços públicos e com o funcionalismo público, deixando a população entregue à própria sorte.
É indispensável que nas eleições desse ano, cada um de nós, dê a resposta que o PMDB merece, não votando em nenhum candidato desse partido que está acabando com o Rio, com as instituições públicas e com os serviços públicos.
Se é PMDB tô fora!
Se é 15 tô fora!
Vamos reconstruir o Rio.
Vamos pagar salários dignos aos heróis.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

domingo, 4 de abril de 2010

MÁRIO SÉRGIO - A CENTÉSIMA TROCA DE COMANDO - A GESTÃO DO TROCA-TROCA.


Rio - 27 JAN 2008
Na marcha na luta por melhores condições de trabalho e por salários dignos, onde estavam os atuais Coronéis que integram a cúpula da PMERJ?
Eu não tenho acesso ao Boletim da Polícia Militar, como todosos leitores sabem, o que me impede de conhecer o que acontece na instituição onde trabalho há mais de trinta e quatro anos, sendo que desde 2008 estou na "geladeira", sem função, por ser um "inimigo" do atual governo estadual.
Vez por outra, quando visito um quartel, leio um ou outro boletim e em algumas oportunidades recebo alguns pela internet, portanto, tenho uma visão fragmentada das decisões da atual gestão.
Na internet e nos jornais leio frequentemente sobre as mudanças de comando, chefia e direção na PMERJ e há pouco tempo li uma notinha no sentido de que a atual gestão estava por alcançar a centésima troca de comandantes, chefes e diretores, um recorde na história das Polícias Militares de todo Brasil.
Nunca, nesses mais de 200 anos, alguém trocou tanto.
Nomear e exonerar é fácil, basta colocar no boletim, o difícil é encontrar motivações para todas essas trocas, pois esses atos carecem de uma motivação, uma explicação.
Imaginem a dificuldade para motivar cem mudanças.
O boletim de sexta-feira trouxe novas mudanças de comando, uma rotina que parece interminável.
Há muitos anos atrás, quando eu ainda era Tenente, conheci em um batalhão da Polícia Militar uma experiência semelhante, pois o comandante mudava quase que mensalmente os comandantes das cinco companhias, na forma de rodízio, basicamente. Na época se comentava que o comandante agia nese sentido para impedir que os Capitães criassem raízes na área das companhias, o que facilitaria a corrupção.
Penso que essa não seja a motivação da atual gestão, porém não consigo alcançar a razão para tantas mudanças.
Quem sabe apenas um desdobramento do ensaio e erro, uma "moderna" técnica de gestão.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 3 de abril de 2010

PMERJ: A LEI DOS 32 ANOS ACABOU ...

Um amigo acabou de me informar que a denominada Lei dos 32 anos foi considerada inconstitucional.
Ela permitia a promoção do Tenente Coronel ao posto de Coronel, atendendo alguns requisitos e provocando automaticamente a sua transferência para a inatividade.
A notícia poderá ser lida no Boletim da PM.

JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL

CORONEL DE POLÍCIA

Ex-CORREGEDOR INTERNO


quinta-feira, 1 de abril de 2010

POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA EM GREVE.

PARAIBAEMQAP:
Data: 01/04/2010 às 14h55 Paralisação de policiais militares já alcança João Pessoa e municípios do interior Tendência é de que unidades do Sertão também recolham as viaturas. Por: Redação/ParaibaemQAP
A paralisação de policiais militares iniciada na última sexta-feira (26), em Campina Grande, já alcança vários batalhões do estado. Há informações de que 1º BPM e o 5º BPM, sediados em João Pessoa, já aderiram à mobilização dos policiais. Militares do 7º BPM (Santa Rita) e da 4ª Companhia de Cabedelo também recolheram suas viaturas. De acordo com o deputado federal Major Fábio (DEM/PB), que está apoiando a causa, a tendência é de que os batalhões do Sertão do estado também se unam aos demais. A paralisação é apenas referente aos trabalhos com viaturas. Todos os policiais de plantão estão nos seus respectivos quartéis, à disposição dos comandantes. ParaibaemQAP Data: 31/03/2010 às 21h44 [Editoral] Oficiais e praças protagonizam um dia histórico na Polícia Militar da Paraíba ParaibaemQAP faz uma homenagem a PMs que não deixam dúvidas: a corporação é composta por homens e mulheres de respeito e gratidão. Por: Redação/ParaibaemQAP Quarta-feira, 31 de março de 2010. Sem medo de errar: hoje é um dia para ser eternizado na história – e na memória – da Polícia Militar da Paraíba. Conclua a leitura e saiba por quê. Quem é militar sabe o quanto oficiais (coronéis, majores, capitães, tenentes...) e praças (sargentos, cabos, soldados...) estiveram distantes durantes esses 178 anos da corporação paraibana, quando o assunto é mobilização, paralisação, reivindicação. Sempre que uma parte – na maioria das vezes os praças – levantava a voz para solicitar algo de melhor, a outra vertente – os oficiais – sempre se fazia intocada, indiferente. “O direito do subordinado não sensibilizava a ‘arrogância’ do superior”. Várias, incontáveis, inesquecíveis foram as vezes em que apenas os policiais de maior patente gozavam o desfecho triunfante de uma pendenga com o Estado, enquanto que a massa militar de menor graduação amargava a derrota de um grito sem eco. Isso sem falar nas punições... Mas este último dia de março/2010 foi diferente. “Pela primeira vez na história da Polícia Militar da Paraíba”, como disse um policial a este site, “nunca se viu oficias da mais alta patente seguir uma paralisação iniciada pelos praças. É um fato histórico, pode anotar.” O ParaibaemQAP anotou. E notou que na face do oficialato de Campina Grande paira a imagem de desgaste. É como se aquela distância entre as partes não tivesse mais razão de ser, já que os problemas vividos por toda a corporação atingem, no fim, todos os que vestem a farda da ‘briosa’. Seja com divisas ou estrelas. No final do primeiro trimestre do ano 2010, a grande maioria (senão todos) dos oficiais de mais alta patente que comandam o policiamento de Campina Grande e região seguiram para a capital paraibana, para anunciar seus cargos “à disposição do governo”. Um ato de coragem, bravura e – mais que tudo – companheirismo. A paralisação, iniciada pelos praças e intitulada de Polícia Legal, parecia morrer sufocada no poder dos coronéis. Mas não foi. Num ato histórico da PMPB, o 2º BPM e o 10º BPM, ambos sediados em Campina Grande, ressoaram o grito de liberdade que partiu dos [quase] nunca ouvidos pracinhas. Não importa o que resultará disso tudo. A Polícia Militar da Paraíba já pode bater no peito e dizer que, pelo menos em parte, ela é composta por homens e mulheres dignos de respeito. E de gratidão. ParaibaemQAP
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL

CORONEL DE POLÍCIA

Ex-CORREGEDOR INTERNO

JORNAL DA SEGURANÇA PÚBLICA - ANO I - 057 - 01 ABR 2010.


JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA

Ex-CORREGEDOR INTERNO

TOCANTIS: SALÁRIOS DA POLÍCIA MILITAR.

EMAIL RECEBIDO:
Vejam só a importância de ter um representante da classe na assembleia, no Tocantins eles tem o SGT Aragao, e vejam o resultado, ganharam um aumento expressivo e justo, e por lá só entra na PMTO com curso superior agora.
NOVO SALARIO DA PM-TO DEZ/2010
CORONEL: 12.000,00
TENENTE-CORONEL: 10.800,00
MAJOR: 9.720,00
CAPITÃO: 8.748,00
PRIMEIRO TENENTE: 6.993,38
SEGUNDO TENENTE: 6.500,22
ASPIRANTE A OFICIAL: 5.361,73
SUBTENENTE: 5.361,73
PRIMEIRO SARGENTO: 4.572,41
SEGUNDO SARGENTO: 4.113,51
TERCEIRO SARGENTO: 3.643,27
CABO: 3.521,96
SOLDADO: 2.850,00
MAIS 300 REAIS DE VALE ALIMENTAÇÃO PARA CADA PRAÇA QUE TRABALHA 12 HS; CADETE III: 3.600,00
CADETE II: 3.249,67
CADETE I: 2.878,18
ALUNO SOLDADO: 1.416,86.
O SEGREDO É ARTICULÇAO POLITICA!.
AGORA PARA ENTRAR NA PMTO SÓ COM ENSINO SUPERIOR!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 31 de março de 2010

POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA MOBILIZADA POR SALÁRIOS JUSTOS.
















Rebeca Carvalho - ClickPB
Paraíba: Policiais Militares ameaçam abandonar viaturas caso governo não conceda aumento.
A pedido do comandante geral da Polícia Militar, coronel Wilde Monteiro, os policiais militares e bombeiros resolveram suspender durante esta noite a vigília que estavam fazendo em frente ao Palácio da Redenção.
Porém, a partir das 8h de amanhã (30), a vigília será retomada pelos policiais que estão de folga ou de licença.
A categoria reivindica um aumento salarial de R$ 1.300,00, semelhante ao concedido à Polícia Civil, e a realização do curso de treinamento de prática veicular em situação de risco para os policiais que atuam como motoristas.
Atualmente, o salário pago para um policial militar iniciante é de R$ 1.100,00. Já o valor pago à Polícia Civil é R$ 2.225,00.
De acordo com o deputado federal Major Fábio (DEM), que participou do movimento organizado pelos militares, o coronel Monteiro prometeu que até amanhã, o governo irá conceder o reajuste salarial.
Caso a promessa não seja cumprida, a partir da 00h da quarta-feira (31), os policiais que dirigem as viaturas vão ‘cruzar os braços’, num protesto semelhante ao realizado em Campina Grande na última sexta-feira (26) onde os PMs abandonaram as viaturas e passaram a trabalhar a pé.
Major Fábio aproveitou o momento para informar aos policiais que amanhã estará reunido em Brasília com o líder do governo na Câmara Federal, deputado Cândido Vacarezza, para negociar a votação em segundo turno da PEC 300.
O deputado acusa o governo federal de barrar a PEC dos policiais no Congresso Nacional. “Eles não querem pagar aos trabalhadores, aposentados, infelizmente o governo só vai na pressão“. Confira abaixo comunicado dos policiais, que atuam como motoristas, ao comandante da Polícia Militar acerca da falta de qualificação para dirigir as viaturas.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

RIO DE JANEIRO: O "EXTERMÍNIO" DOS POLICIAIS.


Em três meses, 50 policiais baleados no Rio

Entre a madrugada do último sábado, dia 27 de março, e a tarde desta segunda-feira, dia 29, cinco policiais militares foram baleados no Estado do Rio. Lotado no 22º BPM (Benfica), o soldado Gualter Antônio Neves dos Santos, 22 anos, se dirigia para o batalhão quando foi cercado por criminosos, na Avenida Brasil, na altura da Penha, na Zona Norte, nesta segunda-feira. Ele reagiu e acabou sendo atingido na troca de tiros.

Horas antes, o cabo Jeferson da Silva Pereira, 36, e o soldado Anderson Azevedo Taveira, 28, lotados no 6º BPM (Tijuca), haviam sido atacados por traficantes do Morro do Encontro, no Grajaú, também na Zona Norte do Rio.

Os PMs realizavam patrulhamento de rotina e passavam pela Estrada Grajaú-Jacarepaguá quando foram atingidos. O cabo Jeferson levou um tiro no queixo e foi operado. De acordo com a assessoria da PM, seu estado de saúde é estável e ele não corre risco de morrer. Já Anderson levou um tiro de raspão no braço, foi medicado e liberado em seguida.

Também nesta segunda-feira, o cabo Edmilson Andrade Vidal, 31, lotado no 37º BPM (Resende), prestou depoimento na 93ª DP (Resende), após ter alta do Hospital São João Batista, no bairro São Geraldo, em Volta Redonda, onde estava internado desde a madrugada do último sábado. Ele havia sido baleado no pé esquerdo durante troca de tiros com dois homens que estavam em uma moto, na Rua Três de Março, no bairro Retiro, onde ocorria um baile funk.

O PM contou que seguia em seu Honda Civic em direção a uma lanchonete na Avenida Antônio de Almeida quando viu uma aglomeração e foi avisado por populares de que ocorria um tumulto na saída de um baile funk próximo à Praça Tiradentes, por volta das 4h40.

Suspeito de ter protagonizado o confronto, Janir Oliveira Ferreira Júnior, o Juninho, 25, recebeu alta médica do mesmo hospital, também ontem, e foi indiciado pelo delegado Michel Floroschk, adjunto da 93ª DP, por tentativa de homicídio. No tiroteio, três pessoas foram vítimas de balas perdidas: o técnico em mecânica Jefferson Rodrigo Lessa da Silva, 26, e José Pedro Paulo da Fonseca e Luiz Paulo Fonseca, ambos de 57.
Ainda em depoimento, o policial disse que se deparou com uma dupla na Rua Rubi e que um deles segurava um revólver, no momento em que gritou “é polícia, é polícia”.

“Ao passar por eles, o que estava armado atirou em minha direção. Um dos disparos atingiu a lataria do meu carro. Parei e fui baleado ao descer do veículo, mas, mesmo ferido, consegui revidar os tiros”, disse o PM, que conseguiu balear Janir.

Segundo ele, logo em seguida uma viatura passou e o socorreu, levando-o ao Hospital São João Batista. O suspeito foi preso quando deu entrada na mesma unidade de saúde e foi reconhecido pela vítima. Outras três pessoas foram levadas para a delegacia, mas foram soltas por falta de provas.

Também no sábado, dia 27, um outro PM foi baleado. O cabo Marco Antônio dos Santos Ferreira, 41, lotado no 12º BPM (Niterói), foi atingido em um bar em Itaboraí e não resistiu.

A poucas horas do mês de abril, 50 policiais fluminenses já foram alvos de atentados no Estado do Rio. A estatística possui 21 PMs mortos, 4 PCs mortos, 21 PMs baleados, 2 PC baleado, 1 PF morto e 1 PF baleado. Dos 50 policiais, 24 estavam de serviço. Quatro eram reformados.

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PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

O SOFRIMENTO DOS POLICIAIS MILITARES.

A PM que faz bico

Fonte: Gazeta do Povo
Pesquisa aponta que 77,8% dos policiais no Brasil afirmam que a maioria de seus colegas mantém um segundo emprego
Publicado em 30/03/2010 Tatiana Duarte
Em tempos de vacas magras, o soldado Florêncio (nome fictício), de 30 anos, usou seus dias de folga na Polícia Militar para fazer bicos como segurança de lojas, restaurantes e postos de gasolina. Ganhava R$ 35 por dia de serviço para tentar pagar as contas que seu salário líquido de R$ 1,7 mil mensais não cobria. A prática, apesar de parecer inocente, é proibida pelo regimento interno da corporação. Questionada sobre o tema, a Secretaria de Estado da Segurança Pública afirmou apenas que “está enfrentando o problema”.
O segundo emprego, embora proibido, sempre foi comum entre PMs. Hoje, os próprios policiais e as entidades que os representam admitem a existência do problema. Segundo a pesquisa “O que pensam os profissionais da segurança pública no Brasil”, publicada no fim do ano passado pelo Ministério da Justiça e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), 77,8% de 64 mil policiais entrevistados em todo o país avaliam que “a maioria” ou “mais ou menos a metade” dos profissionais de sua corporação mantém uma segunda atividade remunerada em caráter permanente.
A origem do problema estaria no valor do soldo. A mesma pesquisa mostra que 92% dos policiais no Brasil estão preocupados com os baixos salários pagos. A média nacional dos salários dos policiais militares em início de carreira é de R$ 1.814,96. No Paraná, o valor pago aos soldados que terminam o curso de formação é de R$ 1.818,13. A remuneração deve ser reajustada em maio e passará a ser de R$ 1.967,43, caso entrem em vigor três projetos de lei que foram aprovados na semana passada pela Assembleia Legislativa.
De acordo com relato do soldado Florêncio, mesmo com o reajuste, o clima ainda é de insatisfação entre os praças de Curitiba. Prova disso é que, há duas semanas, quando foi anunciado o projeto que previa o reajuste, parte dos policiais da capital ameaçou iniciar uma paralisação.
Na opinião do soldado, só uma remuneração maior e melhoria nas condições de trabalho poderiam reverter a situação da atuação informal. “Tem policial que chega a tirar o dobro do salário com bicos”, afirma. O soldado ainda conta que grande parte dos policiais militares que fazem bicos usam armas e coletes à prova de balas que pertencem à corporação. “Eu tenho a minha arma. Mas usava o colete da polícia”, diz.
“Chefes do bico”
O soldado ainda denuncia a existência de policiais que agenciam outros colegas, conhecidos como “chefes do bico”. A prática é confirmada por um outro soldado, que prefere manter o anonimato. Ele diz ser grande amigo de um chefe do bico, que largou o negócio em 2010, após sete anos no comando. De acordo com o policial, a “chefia” dos bicos começa depois que o profissional ganha a confiança do proprietário do comércio.
A partir daí, ele contrata o serviço de outros policiais para uma rede de lojas. “Por quatro mercados esse policial ganhava limpos R$ 2 mil por mês. Mas, quando o superior dele descobriu a irregularidade, passou a cobrar uma comissão pelo silêncio”, diz.
Outro policial, de 32 anos, que também prefere o anonimato e atua na corporação há nove anos, admite fazer bicos há seis, o que lhe garante uma renda extra de até R$ 1,5 mil por mês. Se não usasse suas horas de folga, teria três dias por semana para ficar com sua família: ele tem esposa e um filho de 2 anos. Mas, devido aos bicos, sobra apenas um dia. “Chego a tocar direto, sem descanso”, diz.
Foi o desgaste físico que levou Florêncio a desistir dos bicos. “Quase dormi enquanto fazia a segurança de uma loja. Não vale a pena. Colocamos em risco a nossa vida e não prestamos um bom serviço para a sociedade”, afirma. Já outro policial diz que só largaria se recebesse um salário melhor. “Ainda estou numa situação financeira complicada”, diz.
Legalização dos bicos
De tão comum na corporação, uma entidade de classe estuda uma tentativa de legalizar os bicos.
O presidente da Associação de Praças do Estado do Paraná (Apras), sargento Orélio Fontana, afirma que a ideia é que os policiais usem seus dias de folga para trabalhar na segurança da cidade, com a complementação do salário a ser feita pela prefeitura. “É preferível que ele trabalhe paralelamente prestando serviço do que ficar corruptível. Mas o correto seria pagar bem o policial militar”, defende.
A limitação da capacidade física dos policiais militares é um dos principais riscos da realização de serviços fora do horário do expediente, na opinião do presidente da Associação de Defesa dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas do Paraná (Amai), coronel Elizeu Furquim. “O remédio para isso é bem conhecido. Basta pagar bons salários para que o policial possa render ao seu máximo”, diz.
Uma das saídas para o problema, segundo o coronel Furquim, é a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) número 64, que tramita na Assembleia Legislativa. A PEC 64 prevê a implantação do subsídio no salário do policial militar, o que garantiria uma remuneração inicial ao soldado de R$ 3,3 mil, além da exigência de formação superior para ingressar nos quadros da polícia militar.
“Concentração de renda” é a regra na polícia
Publicado em 30/03/2010 Tatiana Duarte
As polícias do Paraná são um caso típico de “concentração de renda”. Ao mesmo tempo que policiais militares ameaçam paralisações e atuam em um segundo emprego para completar a renda, é nos cargos de chefia das atividades policiais que se encontram os maiores salários do funcionalismo público paranaense.
Quatro delegados e um comissário da Polícia Civil recebem mais que o governador do estado, Roberto Requião (PMDB). Os dados estão no site Transparência, do governo estadual. Um deles é o funcionário público mais bem remunerado pelo governo do estado. Chega a receber R$ 30.133,42 por mês.
Na comparação da média de salários entre as duas corporações, os policiais civis ganham mais. O rendimento médio de um policial civil é 30,83% superior ao de um PM. Enquanto em média um policial civil recebe R$ 3.593,85 de salário mensal, um policial militar tem a remuneração de R$ 2.485,72. O cálculo foi feito com base nos salários que constam na folha de pagamento do funcionalismo público do Paraná.
A diferença entre salários de civis e militares também ocorre se comparadas as carreiras, de acordo com a hierarquia. Nos postos mais baixos, há um distanciamento de 11% entre o que recebem os praças (soldados, sargentos e cabos) da Polícia Militar e o que ganham os investigadores da Polícia Civil. A diferença salta para 87,5% se comparadas as remunerações pagas aos mais altos cargos – os oficiais da PM recebem em média R$ 6.535,30 por mês, enquanto os delegados de Polícia Civil têm uma remuneração mensal de R$ 12.254,03.
De acordo com o presidente da União da Polícia Civil do Paraná, Wilson Villa, os altos salários pagos aos policiais civis que ganham mais que o governador do estado são resultado de ações trabalhistas ganhas na Justiça. Mesmo sendo mais bem pagos, Villa relata que cerca de 30% dos policiais civis em início de carreira desistem da profissão. Um dos motivos seria a baixa remuneração. Para a contratação de um investigador de polícia é necessário ter curso superior completo. “A profissão é muito difícil. Envolve risco de vida. Sem contar que os investigadores viraram carcereiros. É muito desgastante. O mínimo que deveriam receber para trabalhar com investigação é R$ 6,2 mil”, diz.
Risco: PMs morrem em horário de folga
Aline Peres
O segundo emprego dos PMs representa risco. A Secretaria de Segurança do Paraná não contabiliza policiais mortos fora da função. No Rio de Janeiro, onde essa estatística existe, morreram 86 policiais em folga em 2009. Em expediente, morreram 26.
No Paraná, no ano passado, um PM foi morto na saída de um bar, na região central de Curitiba. Ele estaria de folga, mas foi ajudar colegas que fariam serviço de segurança. Em 2008, um militar morreu na CIC. Segundo infomações não confirmadas pela PM o policial fazia segurança particular. Em fevereiro do mesmo ano, um cabo de 37 anos foi morto na CIC. Ele estava de folga e morreu em uma gráfica onde assaltantes entraram.
Declarações
Troca
“Almoço e janto em restaurantes. É uma troca. Fico um tempo maior do que em outros locais. Gostaria de ter mais dignidade. Mas não recebemos vale-refeição, nem comida no Batalhão.”
"A tropa inteira recebe lanches nos locais onde os policiais fazem bicos em troca de um policiamento reforçado."
Risco
“O bandido sabe identificar que o cara encostado na mureta é policial. Muitos são abordados pelos bandidos porque são alvo fácil para furto de colete à prova de balas e armas.”
“Se eu ganhasse mais como policial militar já tinha largado o bico. Vivo num risco constante.”
Chefe
“Conheço quem foi chefe do bico por sete anos. Agora ele tem uma casa própria e outras duas pequenas que garantem um rendimento melhor para ele. Mesmo sendo chefe, recebia R$ 2 mil por mês pelo serviço.”
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO