segunda-feira, 29 de junho de 2009

E OS DESAPARECIDOS? ANTÔNIO CARLOS COSTA.

O GLOBO
Na coluna Opinião, o artigo "E os desaparecidos?", do presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Caros Costa, foi o contraponto ao artigo publicado em defesa do governo do Estado do Rio de Janeiro pela editoria do jornal, enaltecendo a segurança pública estadual.
Antônio Carlos Costa é um grande amigo, uma referência em termos de cidadania, um homem que luta por uma nova realidade no caos da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro.
A ONG Rio de Paz tem realizado vários atos cívicos, ordeiros e pacíficos, tendo como objetivo principal a redução do número de homicídios no Rio de Janeiro, um total de mortos que supera muitas guerras em andamento pelo mundo.
Antônio Carlos é dono de uma cultura invejável e de uma educação refinada, sendo capaz de manter a calma diante das diferentes adversidades enfrentadas por todos que tentam mudar o status quo.
O seu artigo é primoroso, conseguimos identificar Antônio em cada linha
do artigo, o seu modo ordeiro de conduzir as idéias.
Concordo com ele, tenho essa tendência natural de concordar com ele.
E, aproveito as suas palavras para lançar uma proposta de reflexão:
Partindo do óbvio, ou seja, uma democracia não se resume na possibilidade de votar, pois podemos viver em uma "ditadura" (como existem muitas por aí), na qual a população vota.
Eu as denomino de "ditaduras de terno e gravata"!
O voto verdadeiro, o voto consciente, só existe onde existe cidadania.
Cidadania só existe onde existe educação de qualidade disponível para toda a população.
Assim sendo, considerando que no Brasil temos uma minoria capaz de exercer a cidadania plena, enquanto a grande maioria, oscila entre o analfabetismo completo e o analfabetismo funcional, não podemos considerar que o brasileiro vote.
No máximo, o brasileiro dá palpite, em um nome conhecido.
Portanto, podemos afirmar que um governo é legitimamente eleito nestas condições?
Tenho certeza que não!
Vamos pegar o Estado do Rio de Janeiro como exemplo.
No Rio existem incontáveis currais eleitorais, muitos dominados por forças paramilitares, que escolhem os candidatos a serem votados pela população subjugada.
São centenas de milhares de votos manipulados por criminosos ligados à políticos.
Esses votos são votos legítimos?
Tenho certeza que não!
E, não vamos nem avançar para o interior do Estado do Rio de Janeiro, onde ainda existe o coronelismo tradicional, manipulando outras dezenas de milhares de votos.
Concluo que não temos um governo legítimo no Estado do Rio de Janeiro, não a legitimidade própria de um verdadeiro regime democrático.
O Brasil é um conjunto de oligarquias, nada mais, embora a população "vote", por assim dizer.
Encerrando, convido o leitor a voltar um pouco no tempo, procurando lembrar de um feriado antecipado pelo governo Sérgio Cabral (PMDB), provocando um feriadão que alcançou o dia da votação para prefeito e para vereadores?
Lembram?
Então, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) é um governante legitimamente eleito?
Tenho certeza que também não!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

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