segunda-feira, 22 de junho de 2009

RIO DE JANEIRO: UM GRITO PEDINDO SOCORRO! - SCREAMING FOR HELP! - O HOLOCAUSTO DOS EXCLUÍDOS - CARTAZES.




Cartazes colocados ao redor do "Holocausto dos Excluídos".
Neles são identificados as autoridades públicas que estão no topo das suas instituições, portanto, são os principais responsáveis por elas:
- Os Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como, o Procurador Geral do Estado do Rio de Janeiro.
A eles precisamos perguntar O QUE FARÃO a respeito desse "filme real de terror", que representam essas mais de 10.000 mortes violentas no Rio de Janeiro, por ano.
Mais de 830 por mês.
Mais de 27 por dia.
Mais de 1 a cada hora.
Em Copacabana, começamos a colher assinaturas para encaminhar documento a essas autoridades e à mídia (não amordaçada) solicitando que eles respondam publicamente a essa pergunta:
- O QUE FARÃO (QUAIS PROVIDÊNCIAS ADOTARÃO)?
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DED POLÍCIA
CORONEL BARBONO

Um comentário:

Wagner de Medeiros disse...

NB: EM SUBSTUIÇÃO AO ANTERIOR TEXTO QUE SEGUIU COM ERROS DE DIGITAÇÃO.

Quando a população dará devida importância aos gritos de alerta que ecoam das vozes de alguns que, obstinadamente, chamam a atenção do poder público de que é urgente, urgentíssimo, que se dê prioridade ao tema da segurança pública?

Sábado, me chamou atenção, em Copacabana, grupo de 50 pessoas, em torno de baners e cruzes fincadas na areia, em ato de protesto contra o cenário de violência que continua instalado no Rio.

Vejo a área de segurança pública no Rio como um lamaçal em que, com a "água" da retórica e dos interesses políticos se misturam : ineficiência; descaso para com a vida humana, de todos, inclusive dos agentes de segurança; corrupção; perseguições (políticas, carreiristas, doentias e convenientes); promiscuidade entre segmentos do poder constituído e a bandidagem, com esta se desenvolvendo (matam um mosca e vem outra em seu lugar) sem que medidas de fundo sejam adotas por aquele; estruturas e conceitos carcomidos, obsoletos; estratégia de classificar como indisciplinados, e punir e calar, aqueles que não se conformam em viver na lama. Mas, um ingrediente desse lamaçal merece destaque: a ausência de uma forte política de pessoal, considerando que nada se faz (principalmente, e sobretudo, na área da segurança, em que é essência da profissão o conviver no ambiente dos bandidos) sem o empenho do HOMEM. Se vale a máxima de que "a vida não tem preço", será o valor de R$ 30,00 o preço de matar e/ou morrer?

Toda esta reflexão, que faço todos os dias, sobre tema que não é o do meu meio profissional, mas o é do meu cotidiano, como vivente nesta cidade, me fez estranhar não ter visto, na mídia, qualquer notícia sobre o evento, embora informado que seus organizadores pediram a divulgação aos principais veículos da imprensa. Li, num panfleto distribuído, que 10 mil fluminenses morrem, por ano, vitima da violência e que um policial ganha, por dia, R$ 30,00!! É menos do que ganha, em gorjetas, um senhor onde lavo meu carro. Como cidadão, já tendo sofrido na carne, como tantos outros, as deficiências da segurança pública, não posso me conformar com isto! Não bastam carros e uniformes novos que, coincidentemente, são ações visíveis que, embora importantes, bem servem aos interesses políticos visando às próximas eleições. É bom que se melhorem os materiais de combate ao crime, mas é fundamental respeito e investimento no HOMEM. Não pode o Governo deixar de, imediatamente, abandonar a retórica e, não em prestações e com promessas para o futuro, prover condições minimamente adequadas de salários e moradia para policiais que, diuturnamente, expõem suas vidas como principais prestadores dos serviços de segurança pública ao cidadão que paga altos impostos. E, onde estão os deputados? Peço que a ALERJ institua uma CPI para apurar, dentre outras questões, como as envolvendo crimes dentro de Batalhões e apropriação indébita de auxilio moradia por integrantes de escalões do comando, como noticiado na imprensa, porque a Polícia do Rio é, em todo o país, não só a que paga menor salário a seus policias, mas a que paga valor que não pode dar dignidade de vida a quem cuida de nossas vidas físicas.