domingo, 21 de junho de 2009

A PALESTINA, A PARADA GAY E O FLAMENGO - MARCELO PASQUALETTI - AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL.

18/06/2009
A Palestina, a Parada Gay e o Flamengo.
por Marcelo Pasqualetti
Observei no final de semana três notícias que merecem a nossa reflexão. A primeira delas versava sobre sinalização de Israel em reconhecer um Estado Palestino independente. Após anos de luta, de ódio, brigas e atentados, dois países inimigos caminham para uma convergência.

A segunda notícia foi a sobre a Parada do Orgulho LGBT (“Parada Gay”) em São Paulo, que uniu 3,5 milhões de participantes. Homossexuais de todo o Brasil se reuniram para lutar pelo reconhecimento de seus direitos. A presença da ex-prefeita Marta Suplicy, do atual prefeito Gilberto Kassab e do governador José Serra, mostra a força de um movimento considerado até outro dia “marginal”.
"Se dependesse do branco, o negro estaria até hoje na senzala e, se dependesse do homem, a mulher continuaria na cozinha. O mundo é uma história de lutas e conquistas, não de concessões. Defender a ordem vigente só interessa a quem disso tudo tira proveito. Mas o povo é livre para eleger seu opressor" 1.
O texto acima foi escrito pelo policial federal Armando Coelho Neto, a quem eu peço vênia para reproduzi-lo. Não, esse colega não está agente, nem escrivão, papiloscopista ou perito. Ele está delegado de polícia federal e já presidiu a respectiva associação classista. Mas suas palavras devem servir de norte para nossos anseios. O direito a igualdade entre homens e mulheres, as conquistas dos negros, dos homossexuais, o reconhecimento de um Estado independente Palestino são exemplos recentes de conquistas históricas obtidas com muita luta, não de uma benevolente concessão.
Antes que eu termine meu texto sem mencionar a terceira notícia, ela versava sobre a derrota do Flamengo por 5 x 0 para o Coritiba, a segunda goleada que o rubro-negro leva no campeonato brasileiro. E que lição nós podemos tirar dela?
Um técnico precisa de um time tanto quanto um time precisa de um técnico. Se o técnico não está agradando ao elenco, duas ou três derrotas podem ser o suficiente para derrubá-lo.
Uma ordem, quando legal, deve sempre ser cumprida. Mas há maneiras e maneiras de se cumprir uma ordem. Quem medirá (que mecanismo poderá ser usado para medir) o afinco de um time descontente com seu técnico ou com as regras do jogo?
Notadamente, quando os jogadores dão o seu melhor em campo, mas só quem leva as glórias e benesses é o técnico.
A mudança não está nos nossos opressores, mas em nós. Vamos mudar a história da nossa instituição. Nós podemos!
1 Armando Coelho Neto, delegado de polícia federal - pág. 66 da revista Artigo 5º.
Marcelo Pasqualetti é bacharel em direito, pós graduado em Ciencias Criminais (UCAM) e Limites Constitucionais da Investigaçao no Brasil (UNISUL) e está agente de polícia federal.
Sindicalizado ao Sinpofesc.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

Um comentário:

Unknown disse...

Vc vai ser sempre um grande líder no DPF. Toma teu lugar.
Forte abraço
Vilas