O Excluído Fardado
Conceituação:
A estrutura representa um Soldado da Polícia ou um Soldado do Corpo de Bombeiros Militar.
A vida dele vale apenas R$ 30,00 por dia.
Ele faz parte dos excluídos sociais, é o excluído fardado.
Ele não tem nome, pois é tratado na sua instituição como um número, usado para elaborar escalas de serviço e quando morre, continua sendo um número, que alimenta funestas estatísticas.
Ele é feito de materiais descartáveis (madeira, cano de pvc, cartolina, cola, fita adesiva, grampos), simbolizando a sua própria condição de descartável, que pode ser substituído por outro excluído, rapidamente.
Ele, como todo excluído, não tem identidade, não tem cidadania.
Ele não tem cabeça, pois não querem que ele pense, ele deve apenas cumprir ordens.
Ele não tem órgãos, nem mesmo um coração, pois ele não pode ter sentimentos, sendo capaz de superar qualquer necessidade fisiológica.
Ele não tem pernas (fincado na areia), para que fique parado onde for determinado (visibilidades).
Ele tem braços, pois precisa ter mãos para portar armas de guerra (fuzis).
Na estrutura não foi inserida uma arma, para não contrariar os preceitos constitucionais, que ordenam as reuniões públicas.
Ele ficou lá de 08:30 horas até 16:30 horas, oito horas imóvel, no lugar determinado, sob o sol forte.
Ele é um exemplo de soldado!
É o soldado que o poder quer.
Muitos cidadãos que passaram pelo local, pararam para observá-lo, pois ele representava a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar.
Tentaram falar com ele, mas ele não respondeu, pois não pode ter voz.
Sua única veste foi uma camisa que representa o esforço dos "40 da Evaristos" na luta por salários dignos e por adequadas condições de trabalho.
Ele cumpriu a sua missão, portanto, vamos continuar escalando nos atos cívicos, o EXCLUÍDO FARDADO, ele percorrerá esse estado.
Acompanhe nesse espaço democrático, o calendário dos deslocamentos do "Excluído Fardado".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONL BARBONO
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