sábado, 3 de março de 2012

OS CAVEIRAS!

REVISTA VEJA:
Rio de Janeiro.
Greve de policiais: no BOPE, o castigo vem a cavalo.
Policiais que se recusaram a cumprir ordens no início da greve são afastados da unidade de elite da PM do Rio. Onze foram transferidos esta semana.
Leslie Leitão, do Rio de Janeiro
Policial do BOPE durante a ocupação da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro
(Marino Azevedo/Governo do Estado do Rio de Janeiro)
Na noite de quinta-feira, 9 de fevereiro, enquanto cerca de cinco mil grevistas, entre policiais militares, civis e bombeiros se reuniam na Cinelândia para decretar a paralisação conjunta, um outro manifesto acontecia a alguns quilômetros dali, mais precisamente na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da polícia carioca, em Laranjeiras. A ordem do chefe do Estado Maior, Alberto Pinheiro Neto, era para que o comandante da unidade, Wilman René Alonso, enviasse a equipe de plantão para o local da manifestação. A ordem, encarada pela equipe Bravo como uma afronta, foi desobedecida. O castigo veio a cavalo. Por ordem de Pinheiro Neto, desde a última terça-feira, o grupo considerado rebelde começou a ser expurgado do batalhão. Um a um, eles estão sendo punidos com transferências para batalhões comuns, a maioria deles na Baixada Fluminense, São Gonçalo e Itaboraí. Até esta quinta-feira 11 já tinham sido realocados compulsoriamente.
O Boletim Interno número 31, de 14 de fevereiro, traz na página 55 a lista dos transferidos – entre outras transferências rotineiras da PM. A diferença é que, por ser uma unidade de elite, com treinamento especial, raramente há mudanças em massa no batalhão.
A lista de punidos é encabeçada pelo subtenente Jayme Rosa Filho, oficial de operações, e pelo sargento mais antigo, Milton Ramos Azevedo, conhecido no Bope como Bambam. Este, por sinal, tornou-se uma espécie de lenda entre os ‘caveiras’. Participou de praticamente todas as grandes ações protagonizadas pelos homens de preto, inclusive dascinematográficas ocupações da Vila Cruzeiro, em 2010, quando as câmeras flagraram centenas de bandidos correndo do Bope, e da Rocinha, ano passado.
Nove dos policiais transferidos do Bope: todos integrantes do grupo que descumpriu ordens no primeiro dia de greve “Queríamos apenas saber qual o motivo dessa ordem, pois sabíamos que estaríamos afrontando uma multidão, somente pelo fato de estarmos ali por perto. Era óbvio que isso iria acirrar os ânimos e poderia gerar uma confusão sem precedentes. Então surgiu o questionamento ao comandante”, explica um dos policiais.
O fato é que a equipe Bravo acabou se recusando a sair do batalhão sem saber exatamente do que se tratava a missão. A decisão de não combater os grevistas já havia sido avisada ao comandante numa reunião na semana anterior, três dias antes do início da greve. E o próprio subcomandante do Bope, major André Batista (oficial que inspirou o personagem Mathias, interpretado pelo André Ramiro, no filme ‘Tropa de Elite’) prometera diante da tropa, formada no pátio da unidade, que entregaria o cargo se o comandante-geral, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, mandasse o Bope para qualquer ocorrência que não fossem aquelas para os quais assalto com reféns, fechamento de vias, arrastões ou ataque de facções do tráfico.
Juntos Somos Fortes!

3 comentários:

Anônimo disse...

Cel Paúl, penso q já passou da hora de entendermos que no RJ NÃO houve greve, houve, sim, uma manifestação por direitos, isso precisa ser evidenciado, por favor, Cel, me ajude nesse conceito. Greve houve na PMBA, por lá eles pararam, no RJ, NÃO! 1º Sgt EB Selva!!!

Joel Juior Estudante disse...

Para corobora e só solicitar junto aos inqueritos todos as solicitações de serviço do dia e saber se foram atendidas, saber se houve tumulto, vandalismo e outras. Continuo dizendo seria natural que os adv. solicitassem o trancamento junto a justiça militar, nos comandos e após a negativa junto ao CNJ.

Anônimo disse...

Cel, qto ao BOPE tenho minhas "preocupações", não pelo BOPE em si, mas pela própria corporação. A PMERJ passa, vende a imagem que existe duas PM dentro da própria PMERJ (meu filho de 9 anos pensa que o BOPE não é PM), o BOPE surge como tábua de salvação, se olharmos a "retomada" do alemão, veremos o CMT GERAL, repito, CMT GERAM da PMERJ usando o uniforme do BOPE e não da corporação PM, isso significa dizer que ela não honra a PM como um todo, pois o Cmt Ge representa toda a PM, desde os alunos no CFAP, o pessoal do rancho, garagens, administrativos, combatentes até o BOPE, então, entendo ser um erro criar esse paradigma de que o BOPE não é PM, sim, ele faz parte da PM como qualquer profissional da PM, cada um é necessário dentro da máquina. Sou do EB e me orgulho de aqui não termos 2 ou 3 uniformes, se vc rever as imagens do EB na BA, todos, TODOS usavam o mesmo uniforme, o "CAMUFLADO" e penso, Cel, q tb deveria ser assim na PM, aqui oq nos diferencia são as boinas, mas isso tb está caindo, o EB estuda ter apenas 3 boinas, e as boinas representam apenas as especializações e não DEUSES, até o filme é maldoso com a PM "azul". Sempre que fui ao RJ vi os PM "barrigas azuis" exercendo seu serviço de forma correta e dedicada, na intervenção das áreas que o Gev Est chama de "retomada", lá estavam os "barrigas azuis" cumprindo sua missão, qdo assisto TV e vejo uma incursão da PM em qualquer morro no RJ, lá estão eles os "barrigas azuis" trocando tiro com os marginais, NÃO é uma crítica ao BOPE (não tenho nada contra o BOPE), é sim, um pensamento sobre essa divisão MALDOSA, MALÉFICA dentro de uma corporação que não são DUAS, e sim, apenas uma: PMERJ. Selva!!!