O artigo "O DESMONTE DO ESTADO DE DIREITO", do Almirante Reformado Mario Cesar Pinto, foi alvo de vários comentários contrários ao posicionamento do Oficial, algo esperado, considerando que os militares (federais e estaduais), assim como, parcela significativa da população, não aguentam mais o quadro vivenciado no Brasil, um país que reúne todas as condições para produzir felicidade para seu povo e que continua sendo o paraíso dos cleptocratas, portanto, a tendência é na direção que fiquem contra o governo.
Eu prometi comentar o artigo, o que farei em poucas linhas, pois estou repleto de atividades pendentes.
Primeiro, concordo com o Almirante quando ele se posiciona contra a greve, a partir do texto constitucional. Aliás, concordo com as outras citações do texto da carta magna. Eu publiquei no blog tanto textos que concordam com esse posicionamento de impedimento da eclosão de greve por parte dos militares estaduais, quanto favoráveis à possibilidade dos militares estaduais desenvolverem movimentos de paralisação. Eu conclui que não podemos fazer greve, em contrapartida sou amplamente favorável à realização da operação tolerância zero (padrão), a qual não caracteriza nem crime e nem transgressão disciplinar, sendo a tática mais fácil de ser desenvolvida e sem riscos para os militares estaduais.
Concordo ainda que o movimento na PM da Bahia saiu completamente do controle, infelizmente.
Não concordo com o Almirante quando ele cita que:
"Esse quadro confuso nos leva a aventar a contragosto algo contrário à nossa tradição e à nossa cultura: a revisão da condição militar dos policiais e bombeiros, por eles vilipendiada".
Isso não.
Embora o "movimento grevista" que se ensaiou no Rio tenha sido uma ode à desorganização, na verdade durante mais de cinco anos, os Policiais Militares e os Bombeiros Militares fluminenses se manifestaram ordeira e pacificamente nas ruas, demonstrando para o Brasil que chegou a hora de flexibilizar o militarismo, adequá-lo a uma realidade que os políticos insistem em desconhecer: os militares são cidadãos plenos, DEVEM possuir e exercer todos os direitos próprios da cidadania.
O militarismo precisa mudar. O cidadão que arrisca a própria vida em defesa da pátria e da população, não pode ser um meio cidadão, um cidadão de segunda classe e, ainda, não pode receber salários miseráveis, como os pagos no Rio de Janeiro.
O que está colocando em risco o militarismo nas Polícias Militares e nos Corpo de Bombeiros não é a mobilização das tropas, mas sim a falta dos Comandantes lato sensu, esses sim andam sumidos. Os que têm o dever de proteger a tropa e lutar pelos interesses institucionais, esses são cada vez mais raros. Sem os líderes militares, o militarismo está fadado ao desaparecimento, pois quando eles inexistem, não existe outra alternativa, as lideranças acabam surgindo no seio da tropa para lutar pelos interesses corporativos e vemos Sargentos, Cabos e Soldados ocupando os lugares deixados pelos Coronéis.
Juntos Somos Fortes!
4 comentários:
Por falar no nome Mario Sérgio o ex ad PM chamou o Sr. de covarde e agora depois de se expurgado do governo Sérgio Cabral aceitou uma esmola a pedido do Governador para ser secretário em um município do interior do rio de janeiro. três Rios é um pau mandado mesmo!!!
O que está colocando em risco o militarismo nas Polícias Militares e nos Corpo de Bombeiros não é a mobilização das tropas, mas sim a falta dos Comandantes lato sensu, esses sim andam sumidos. Os que têm o dever de proteger a tropa e lutar pelos interesses institucionais, esses são cada vez mais raros. Sem os líderes militares, o militarismo está fadado ao desaparecimento, pois quando eles inexistem, não existe outra alternativa, as lideranças acabam surgindo no seio da tropa para lutar pelos interesses corporativos e vemos Sargentos, Cabos e Soldados ocupando os lugares deixados pelos Coronéis.
Sem comentários.Ótimo!
Cel a greve se da pela paralização dos serviços coisa que não aconteceu no rio bem como deixo o estado desprotegido. não houve greve de fato nem de direito. e alegação dos policiais que não sairam as ruas consta da falta de mateial apropriado conforme pregoniza a legislação EPI é para toda e qualquer atividade profissional. sem esquecer que em regra a falta do EPI no caso de polciais deixa facultado a segurados de pagar o seguro. Vide contrato com o governo.
Eu tambem concordo com a Constituiçãpero que todo, e espero que TODA ela seja cumprida, não só a parte que me cabe. Se o governo não cumpre, como reagir?
Postar um comentário