CRISE NA PM: A INCOMPETÊNCIA DE BELTRAME ESTÁ DESTRUINDO RAPIDAMENTE A PMERJ.

Incontáveis vezes eu fui perguntado sobre o secretário de segurança pública, o delegado de Polícia Federal Beltrame, o imexíxel. Em todas essas vezes eu repeti que o considero um homem honesto, sobre quem nunca soube de qualquer fato envolvendo o recebimento de vantagens ilícitas no exercício da função. Entretanto, nunca deixei de acrescentar que considero Beltrame incompetente para a função que exerce, esclarecendo que faltam a ele conhecimentos, faltam a ele conteúdos priomordiais para um bom gestor.

Beltrame é Polícia Federal, o seu berço é uma Instituição valorosa, mas que a partir de 2008, ao lado das Polícias Civis estaduais, passou a vivenciar (talvez) o maior atraso em termos da segurança pública no Brasil, a instituição do concurso externo para delegado.

Sinceramente, não conheço atraso maior, nada mais contraproducente para uma Instituição Policial que permitir que um estranho aos quadros, alguém que apenas pelo fato de ter mais tempo para estudar para um concurso público do que os que são do quadro, alcance o topo da carreira.

Isso é uma estupidez em termos da busca da eficácia institucional em uma polícia.

Beltrame, por acaso, não entrou por essa maldita janela, ele era agente e fez concurso. Inclusive circulam na internet boatos que ele teria sido matriculado no curso de formação de delegados por medida judicial, pois tinha passado além do 800o colocado, medida essa que teria perdido sua eficácia jurídica.

Boatos, devem ser meros boatos.

Beltrame é oriundo de uma instituição que não valoriza a carreira, portanto, não conhece a ascensão funcional, como a que ocorre na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros.

Não existe concurso público externo para Coronel de Polícia, existe um concurso interno para o Curso Superior de Polícia, que habilita o Oficial para a promoção ao posto de Coronel.

Beltrame é incompetente em termos de Polícia Militar, inteiramente incompetente, como tem sérias dificuldades no policiamento ostensivo e na preservação da ordem pública, como demonstrou no caso da "invasão" do QG do CBMERJ pelos Bombeiros, ele entende apenas de polícia investigativa.

Em face dessas verdades, incontestáveis, Beltrame com a sua ação interna corporis está destruindo valores básicos da PMERJ, como a hierarquia e a disciplina.

Beltrame não sabe que quando se exonera um comandante geral, a lógica determina que o sucessor seja escolhido dentro da própria Institituição e entre o Chefe do Estado Maior, o Corregedor, os Comandantes Intermediários e os Diretores.

Esses são os que estão sendo preparados ao longo da carreira para exercerem o Comando Geral, não chegaram a tais funções por acaso, não entraram por uma janela.

Vejamos:

O Coronel Ubiratan era Comandante Intermediário, uma escolha correta.

O Coronel Pitta era apenas Chefe de uma Seção do Estado Maior, uma escolha absurdamente errada.

O Coronel Mário Sérgio nunca passou do nível de comandante de OPM e estava fora da estutura da PM quando foi nomeado, estava na SESEG/RJ, uma escolha inteiramente equivocada.

O Coronel Costa Filho já exerceu Comando Intermediário, todavia, também estava fora da estrutura da PM, estava também na SESEG/RJ, outra escolha que pode ser considerada errada, embora seja um Oficial honesto e competente, como Mário Sérgio.

No momento que Beltrame trás alguém de fora da estrutura organizacional, ele declara que todos que estão na estrutura não reúnem condições, na opinião dele, para o exercício da função de Comandante Geral.

Tudo isso são verdades castrenses.

Beltrame não conhece a PM, portanto, é incompetente para geri-la e dessa vez abusou.

Ao escolher para Chefes do Estado Maior Administrativo e Opercional, dois Coronéis entre os mais modernos da PMERJ, o que coloca todos os Coronéis mais antigos que eles (e são muitos) como incompetentes para o exercício dessas funções.

Beltrame criou um problema gigantesco, pois os Coronéis mais antigos têm duas opções:

- Aceitam serem comandados por mais modernos e se desmoralizam inteiramente; ou

- Pedem prá sair e seguem para a geladeira.

É isso! É isso! É isso!

Como dizem os Bombeiros.

Nesse ponto os leitores militares estarão dizendo que eu estou errado, pois não foi Beltrame quem escolheu os Chefes do EMG, pois essa tarefa cabe ao Comandante Geral.

Correto, essa tarefa é do Comandante Geral, escolher todos os seus assessores, a começar pelos mais imediatos.

Prezados leitores, não esqueçam que eu fui Corregedor Interno por quase três anos, isso em dois governos e dois comandos gerais, conheço um pouco das coisas.

Tenho um palpite, um mero palpite, posso estar errado, completamente errado, mas para mim Pinheiro Neto e Robson foram impostos ao Comandante Geral por Beltrame, não foram escolhas de Costa Filho.

Penso que Costa Filho não criaria um problema tão grande para si próprio nomeando dois Coronéis tão modernos.

Isso é apenas uma palpite que torno público no exercício da minha liberdade de expressão, isso enquanto posso exercê-la.

Quem leu meu livro, conhece esses caminhos "Beltraneanos".
Um presente para meus queridos leitores (acesse).

JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL

PROFESSOR E CORONEL

Ex-CORREGEDOR INTERNO