Eu tenho denunciado que o secretário de segurança, delegado de Polícia Federal Beltrame, recebe uma verdadeira blindagem por parte da mídia, considerando que apesar de estar há quase 5 anos comandando a segurança pública, nenhum problema que acontece gera responsabilidade para ele.
Beltrame nunca tem culpa, pior, sempre é colocado como a solução para os problemas.
A Revista Veja Rio dessa semana segue nessa direção ao tratar das bandas podres das polícias fluminenses:
"SEGURANÇA - COMO FAZER UMA FAXINA".
A revista usa a Colômbia como modelo, algo já citado mil vezes pela mídia e nunca implantado no Brasil, pois a Colômbia retirou dos seus quadros milhares de policiais e valorizou o homem, algo que nem passa pela cabeça dos nossos governantes. O modelo da Colômbia é tratado no Brasil da mesma maneira que o famoso programa de tolerância zero, adotado em Nova Iorque e também citado como modelo mais de mil vezes e nunca implantado no Rio.
A não aplicação do tolerância zero é fácil de entender, pois teríamos que combater o lucrativo "jogo dos bichos", algo que os governantes não querem, como a prática demonstra. No caso do modelo colombiano, a explicação não é tão evidente, pois nesse caso temos que conhecer as razões que fazem com que policiais desonestos interessem aos governantes. Não custa lembrar que as milícias foram inicialmente citadas como solução contra os traficantes, em seguida foram levemente combatidas com a prisão de pés de chinelo e no governo Sérgio Cabral (PMDB) se tornaram a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.
Na revista Beltrame é colocado, mais uma vez como a solução:
"(...) Se existe um consolo, é a certeza de que a cúpula da segurança pública sabe o que precisa ser feito. O secretário José Mariano Beltrame, que esteve em Bogotá (Colômbia) com o governador Sérgio Cabral (PMDB), no início de 2007, tem uma visão muito clara sobre o problema e vem reafirmando a disposição de limpar a polícia(...)".
Vez por outra, a maior desgraça do protegido é o protetor.
Ao afirmar que Beltrame conhece desde 2007 o problema, a revista nos permite uma pergunta cruel:
O que Beltrame fez para combater as bandas podres das polícias fluminenses em 5 anos?
Sou o Oficial da PMERJ com mais tempo na área correcional, fui Corregedor em dois governos e por quase três anos, afirmo sem medo de errar: NADA!
Nada de positivo, pois piorou muito o controle interno da Polícia MIlitar na gestão do seu apadrinhado Mário Sérgio.
Na gestão Beltrame o controle interno não deu um único passo para frente e o que nós tentamos dar, ele não implantou, o Gabinete Geral de Assuntos Internos, a ampliação da Corregedoria Interna.
Caro leitor, a revista ainda revela como Beltrame vai combater as bandas podres:
"(...) é a reforma da grade curricular e na carga horária das academias de formação de militares e civis (...). Serão descartadas algumas disciplinas e acrescentadas novas, com ênfase em temas como direitos humanos e cidadania (...)".
Os integrantes das bandas podres das polícias do Rio de Janeiro rolarão de rir e aplaudirão Beltrame após lerem a matéria, o enaltecendo como o maior secretário de todos os tempos.
Lastimável.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
INSEGURANÇA PÚBLICA – RIO DE JANEIRO
A IRRESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO ESTÁ DEIXANDO BOMBEIROS E POLICIAIS MILITARES INDIGNADOS.
A PMERJ DESTOA DAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL E TEM SOLDOS INFERIORES AO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE (do soldado ao segundo-sargento), o que contraria o artigo 92, inciso I, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro e o ARTIGO 7º, INCISO VII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, pois O SOLDO É O SALÁRIO DO MILITAR. Pagando soldos inferiores ao salário mínimo vigente aos militares estaduais, o Governo do Estado do RJ está afrontando diretamente o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, limitando o direito pleno à vida dos militares e prejudicando a sociedade, que conta com um serviço muito mal prestado. O ESTADO QUE POSSUI A SEGUNDA MAIOR ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS DO BRASIL PAGA O MENOR SOLDO DO PAÍS AOS MILITARES ESTADUAIS.
A PMERJ tem os menores salários do Brasil, e o Governo do Estado do RJ tem a folha mais leve do país, sinal de que o governador Sérgio Cabral não está comprometido com a Segurança Pública do Rio de Janeiro. O que é feito com a segunda maior arrecadação de impostos da federação? Ponderando-se o gasto familiar, o DIEESE estimou o salário mínimo necessário (capaz de atender às necessidades vitais básicas) em R$ 2.297,51 (dois mil, duzentos e noventa e sete reais e cinquenta e um centavos) em Junho de 2011, em conformidade com o artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal de 1988. Portanto, quem ganha abaixo do supracitado valor recebe um SALÁRIO INDIGNO, ou seja, insuficiente para pagar as despesas básicas de sobrevivência.
O GOVERNO SÉRGIO CABRAL NÃO GOSTA DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO DE BOMBEIROS, MOTIVO PELO QUAL PAGA O PIOR SALÁRIO DO BRASIL AOS INTEGRANTES DAS REFERIDAS CORPORAÇÕES. O profissional que recebe um soldo inferior ao salário mínimo vigente tem condições de prestar um bom serviço? Não, pois o referido profissional precisa fazer "bico" na folga para complementar a renda (insuficiente). Não podemos investir em quantidade e ignorar a QUALIDADE! Não se faz segurança pública sem dinheiro, sem investimento. Sd PM de Brasília ganha igual a um Ten Cel aqui no RJ. O PM do Rio merece ser tratado como ser humano.
O que a tropa quer é DIGNIDADE!! O Policial Militar do Rio de Janeiro precisa de uma dose maior de estímulo (soldo digno) para não perder o foco. Oferecendo recursos (salário compatível com o mercado gira em torno de R$ 3.200,00), o Estado mostraria que valoriza o servidor. Uma boa remuneração possibilitaria a este profissional ter uma vida saudável e maiores condições de prestar um bom serviço. A verdade é que não há como o profissional prestar um bom serviço à população recebendo um SOLDO inferior ao salário mínimo vigente.
O Beltrame é o maior arrecadador do goverdo Cabral, por isso ele é intocavél, o Pezão vai precisar dele em 2014. Um verdadeiro MÃO DE MACACO.
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