07/04/2011 às 19:01
Sobre as culpas e a “imagem do Brasil lá fora”
Não tenho nenhuma simpatia pelo governador Sérgio Cabral, e, sinceramente, seu ar compungido, às vezes, desperta o meu desconfiômetro, o que não quer dizer que seu sofrimento com a tragédia do Rio não seja sincero. Em sua defesa, digo que, se manifestação pública fosse escala de padecimento, seria lícito dizer que lhe doeu mais a tentativa de dividir os royalties do petróleo do Rio do que o massacre desta manhã. Mas eu relevo a pantomima daquele dia para respeitar a sua dor comedida de agora.
Faço essa introdução para dizer que, mesmo não admirando seu jeito de fazer política, que a tantos coleguinhas encanta, acho um despropósito responsabilizá-lo pelo que aconteceu. É o que os petralhas, petistas e esquerdopatas em geral — ALÉM DE BOA PARTE DA IMPRESNA — estariam fazendo se o caso tivesse ocorrido em São Paulo, e o governador fosse um adversário do PT. Sendo Cabral, nota-se uma abordagem bastante sóbria, resvalando na estupidez, como já notei, quando se sugere um certo “desarmamento da sociedade” como resposta à tragédia.
Assim, não farei o que aquela corja faria não apenas para me diferenciar dela, mas porque, efetivamente, sou diferente dela. A política de segurança pública do Rio está longe, entendo, de ser exemplar — pouco me importa quantos prêmios sejam dados ao secretário de segurança —, mas a ocorrência desta manhã é imune a qualquer trabalho preventivo. Uma alternativa seria pôr detector de metal em todas as escolas, com guaritas blindadas e homens armados. Será isso viável?
Não responsabilizar Cabral ou Dilma — o que, insisto, aquela turma faria — não me impede de apontar uma coisa um tanto incômoda que vai na sublinha: a preocupação com a “imagem” do Brasil lá fora, num esforço para dizer: “Olhe bem, nós não somos isso…” Daí a fala presidencial sobre o crime que não tem “as nossas características”. As “nossas características”, já disse, são bem piores do que isso. Quantas foram as crianças soterradas em Petropólis, por exemplo?
Se o Brasil conta com profissionais especializados em cuidar de sua imagem no exterior, que cada um cumpra o seu papel e faça o seu trabalho. Convém as autoridades se afastarem, se me permitem, das tentações do marketing. O mundo noticia uma tragédia como essa porque é notícia. Quando ocorre em alguma escola americana, não é diferente. Não há nenhuma conspiração contra o Brasil; não é necessário ser reativo em relação a isso.
O número de homicídios no país é vergonhoso mesmo sem uma chacina perpetrada por um psicopata.
Por Reinaldo Azevedo
07/04/2011 às 19:23Faço essa introdução para dizer que, mesmo não admirando seu jeito de fazer política, que a tantos coleguinhas encanta, acho um despropósito responsabilizá-lo pelo que aconteceu. É o que os petralhas, petistas e esquerdopatas em geral — ALÉM DE BOA PARTE DA IMPRESNA — estariam fazendo se o caso tivesse ocorrido em São Paulo, e o governador fosse um adversário do PT. Sendo Cabral, nota-se uma abordagem bastante sóbria, resvalando na estupidez, como já notei, quando se sugere um certo “desarmamento da sociedade” como resposta à tragédia.
Assim, não farei o que aquela corja faria não apenas para me diferenciar dela, mas porque, efetivamente, sou diferente dela. A política de segurança pública do Rio está longe, entendo, de ser exemplar — pouco me importa quantos prêmios sejam dados ao secretário de segurança —, mas a ocorrência desta manhã é imune a qualquer trabalho preventivo. Uma alternativa seria pôr detector de metal em todas as escolas, com guaritas blindadas e homens armados. Será isso viável?
Não responsabilizar Cabral ou Dilma — o que, insisto, aquela turma faria — não me impede de apontar uma coisa um tanto incômoda que vai na sublinha: a preocupação com a “imagem” do Brasil lá fora, num esforço para dizer: “Olhe bem, nós não somos isso…” Daí a fala presidencial sobre o crime que não tem “as nossas características”. As “nossas características”, já disse, são bem piores do que isso. Quantas foram as crianças soterradas em Petropólis, por exemplo?
Se o Brasil conta com profissionais especializados em cuidar de sua imagem no exterior, que cada um cumpra o seu papel e faça o seu trabalho. Convém as autoridades se afastarem, se me permitem, das tentações do marketing. O mundo noticia uma tragédia como essa porque é notícia. Quando ocorre em alguma escola americana, não é diferente. Não há nenhuma conspiração contra o Brasil; não é necessário ser reativo em relação a isso.
O número de homicídios no país é vergonhoso mesmo sem uma chacina perpetrada por um psicopata.
Por Reinaldo Azevedo
“ADA Capeta”
Segundo o testemunho dado à VEJA Online por um dos alunos que escaparam, em um dos revólveres de Wellington havia a inscrição “ADA Capeta”, feita com esmalte corretor.
“ADA”, como sabem, e a sigla que identifica uma das facções criminosas do Rio, a “Amigos dos Amigos”. A arma já teria pertencido ao grupo e acabou caindo nas mãos de Wellington? Ele próprio teria alguma vinculação com os criminosos? Teria feito ele mesmo a inscrição, já que parecia não distinguir realidade de ficção? Tudo isso vai ter de ser apurado. Sabe-se até agora que demonstrava muita rapidez no manejo das pistolas, que contava com um acelerador de tiros e que tinha muita munição.
Seja como for, eis aí mais uma evidência de que o problema, no Brasil, é coibir a venda ilegal de armas, não a legal. Pertencesse ela à facção ou não, é certo que estava fora da lei, não dentro dela.
Por Reinaldo Azevedo
JUNTOS SOMOS FORTES!“ADA”, como sabem, e a sigla que identifica uma das facções criminosas do Rio, a “Amigos dos Amigos”. A arma já teria pertencido ao grupo e acabou caindo nas mãos de Wellington? Ele próprio teria alguma vinculação com os criminosos? Teria feito ele mesmo a inscrição, já que parecia não distinguir realidade de ficção? Tudo isso vai ter de ser apurado. Sabe-se até agora que demonstrava muita rapidez no manejo das pistolas, que contava com um acelerador de tiros e que tinha muita munição.
Seja como for, eis aí mais uma evidência de que o problema, no Brasil, é coibir a venda ilegal de armas, não a legal. Pertencesse ela à facção ou não, é certo que estava fora da lei, não dentro dela.
Por Reinaldo Azevedo
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
3 comentários:
Em relação a segurança nas escolas na PMERJ ja tivemos um trabalho nesse sentido que posteriormente foi passado para a GM e ai...um doente mental(teoricamente), embora nesse caso ele tenha planejado o ataque e era consciente do que queria executar ,talvez nao consciente do ato de uma forma ampla, aje tranqüilamente em uma escola e por pura sorte as consequencias nao foram maiores.O Brasil cresce como potencia mundial e se nossos gestores nao estiverem preparados para isso vamos começar a padecer de males de potencias e, muitas e muitas vezes nos EUA ato semelhante ja aconteceu... ja passou da hora de sairmos da ingenuidade de que Brasil é um país maravilha.
Sem mais comentários... quero deixar registrado que enquanto não houver investimento sério em Educação, Saúde e Segurança todo o pais sofrerá como sofrem os pais e os alunos que passaram por esse terror.Sinto que pouco escrevi sobre algo tão sério mas deixei minha contribuição de como se amenizar sofrimentos...Politicas Publicas sem POLITICAGEM.
Eduardo
JSF
eu durante o tempo que estive na pm,não conseguia atirar desse modo com tanta habilidade,se ele não tivesse sido atigido e fosse preso, iria aparecer até um especialista para atender este caso,fora as ongs,cdh,midia,crentes,até o papa iria perdoa lo, agora sim está preso na mão do capeta.
Grato pelos comentários.
Eu lembro desse trabalho nas escolas.
Juntos Somos Fortes!
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