BOMBEIROS MILITARES – MOBILIZAÇÃO – E AÍ, POLICIAL MILITAR?

Hoje, os Praças do Corpo de Bombeiros se concentrarão nas cercanias da histórica Igreja da Candelária e de lá sairão em caminhada até o Quartel Gerneral do Corpo de Bombeiros, situado na Praça da República, onde acamparão até que seus objetivos sejam alcançados (leia no blog SOS Bombeiro).

Isso é história ao vivo, não percam a oportunidade de participar.

Os Bombeiros e os Policiais Militares, militares estaduais, são irmãos siameses no que diz respeito aos salários, considerando vários aspectos e também na questão salarial, o que faz com que o governo estadual tenha que aumentar sempre os dois efetivos quando realiza um reajuste. Isso significa que ao analisar uma pretensão salarial de uma das categorias, o governo tem que estimar o impacto na folha de pagamento considerando a soma dos dois efetivos, tanto de ativos, quanto de inativos.

O governo Sérgio Cabral (PMDB) encontrou um estratagema para excluir os inativos dos reajustes, ele implantou a tática de conceder gratificações, o que faz com que apenas os ativos recebam, aumentando a penúria dos inativos que em razão da idade, são os que mais necessitam de salários justos, que possam suprir as suas necessidades básicas, sobretudo no tocante a manter a sua saúde.

O governo ainda não fez nenhuma operação para separar os irmãos siameses, permitindo conceder reajuste para uma categoria isoladamente, porém pode adotar tal postura a qualquer momento, principalmente se observarmos que a ALERJ, que deveria ser a casa do povo, continua sendo a casa do governador, como foi no primeiro mandato.

Eis a verdade.
Diante desse quadro, Policiais e Bombeiros Militares, precisamos avaliar os possíveis desdobramentos decorrentes da forte pressão que os heróicos Bombeiros estão exercendo sobre o governo.
O primeiro ponto a ser analisado é qual deve ser a postura dos Policiais Militares?
Existem duas alternativas:

- Permanecerem inertes deixando que os Bombeiros Militares lutem sozinhos pelos reajustes dos Policiais e dos Bombeiros; ou
- Somarem forças com os Bombeiros Militares, unindo as categorias na luta, considerando que os benefícios alcançados serão extensivos a todos.

A segunda hipótese é a que deve prevalecer após uma análise com um mínimo de bom senso, entretanto, não percebo essa iniciativa por parte da tropa da Polícia Militar.

A primeira é a mais cômoda, porém muito mais perigosa para os Policiais Militares.

Vale lembrar aos incautos que nós, os Policiais Militares, somos imprescindíveis para a população, não resta qualquer dúvida, mas os Bombeiros Militares não ficam nem um milímetro atrás.

Na hipótese de uma paralisação, por exemplo, os Policiais Militares seriam substituídos de forma parcial pelas Forças Armadas e pela Força Nacional, essa seria a lógica. No caso dos Bombeiros realizarem uma paralisação, diante da sua diversidade atual de serviços, o Rio entra em colapso, pára. Os serviços de socorro de emergência deixariam de existir de imediato, algo extremamente grave. Os aeroportos parariam. Isso sem falar que os Bombeiros desempenham atividades para as quais não existem substitutos, a atividade de Guarda Vidas, por exemplo. Se eles cruzarem os braços quem retirará do mar os milhares de afogados que se debatem nas águas a cada mês?

Portanto, Policiais Militares, não percam tempo, decidam o que irão fazer e rápido, por enquanto os senhores estão optando pelo comodismo, cuidado para não acordarem pela manhã com a notícia de que o governo resolveu separar os irmãos siameses, isso pode não ser nada bom para os Policiais Militares.

Não percam novamente uma oportunidade tão rara, covardes vocês não são, todos sabemos do heroísmo dos Policiais Militares do Rio de Janeiro.
A tropa da PMERJ já deixou de ombrear com os Coronéis Barbonos e com os 40 da Evaristo, isso em 2007/2008, perdendo uma excelente chance de obter muitos benefícios, não repitam o erro, unam-se à luta dos Bombeiros Militares.
Uma luta necessária, justa, digna, ordeira, pacífica e com uma força extraordinária.
O governo Sérgio Cabral que tanto humilha os servidores públicos está nas cordas, outra vez, ajudem a vencê-lo, conquistando salários dignos e adequadas condições de trabalho.
É hora de ação, o tempo é agora.

Lembrem-se: vivemos no Reino do Rio de Janeiro, o rei pode tudo!

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO