Vivo no Rio de Janeiro há cinquenta e três anos, penso que conheço o meu lugar.
Ontem, logo após chegar em casa, vindo do ato em apoio ao amigo Ricardo Gama, fiz um exercício de memória para identificar nas minhas lembranças qual foi o fato mais importante ocorrido no Rio neste milênio que ainda desabrocha. Eu estava ainda mal impressionado com o pequeno número de pessoas que compareceu ao ato e buscava um fato que tivesse mobilizado a população verdadeiramente.
Ontem, logo após chegar em casa, vindo do ato em apoio ao amigo Ricardo Gama, fiz um exercício de memória para identificar nas minhas lembranças qual foi o fato mais importante ocorrido no Rio neste milênio que ainda desabrocha. Eu estava ainda mal impressionado com o pequeno número de pessoas que compareceu ao ato e buscava um fato que tivesse mobilizado a população verdadeiramente.
Prezado leitor, sugiro que faça esse exercício, você se surpreenderá com o resultado alcançado ao perceber que o nosso amado Rio de Janeiro anda "meio que parado" em termos de fatos marcantes, atos que mobilizem o povo.
A população fluminense age de forma anestesiada, não reage aos estímulos da cidadania, o que faz com que o Rio só se movimente na direção do carnaval, do futebol, da praia e da cerveja. Tal verdade fez com que o centro irradiador de mobilizações para o Brasil do passado se transformasse no território de uma gente acomodada, que anda de lado, olhando para o chão.
Os serviços públicos essenciais pioram constantemente e nós brindamos com uma loura gelada no bar da esquina, só reclamamos deles quando somos vítimas desses péssimos serviços, neste momento viramos "machos" e concedemos entrevistas indignadas para os jornais televisivos da hora do almoço.
Uma "macheza" que dura pouco, muito pouco, infelizmente.
Diante dessa realidade, tive muita dificuldade em encontrar o fato marcante do milênio e confesso que não encontrei nenhum que tivesse mexido com o povo, assim passei a buscar um que fosse transformador para a sociedade fluminense, só conseguindo identificar um: a blindagem do governo Sérgio Cabral por grande parte da mídia fluminense.
Não encontrei qualquer fato que possa se aproximar em termos de grandeza de resultados com tal proteção, considerando que a imprensa perdeu algo que defendia a qualquer custo: a liberdade de expressão.
Confesso que tal comportamento da imprensa me assusta, os meus pensamentos seguem para o tema controle da imprensa pelo governo, o que me remete às ditaduras.
Parte da imprensa do Rio de Janeiro está pautada pelo governo Sérgio Cabral, isso é um fato, os próprios integrantes da imprensa da ponta da linha confirmam tal verdade, ela é inquestionável.
O que levou a tal situação que afasta a imprensa da sua função social, a função de informar?
A maioria das pessoas com as quais tenho conversado sobre o tema afirma que foi a relação estabelecida pela propaganda governamental na imprensa, que transformou alguns governos nos principais clientes da mídia e ninguém desagrada o cliente preferencial.
Pode ser.
O governo Sérgio Cabral que gastou quase meio bilhão de reais em propaganda no primeiro mandato, deve ser o cliente preferencial de boa parte da imprensa fluminense, assim sendo, acaba pautando as matérias que pode sair ou não no noticiário.
Isso é lógico, uma regra do comércio.
Obviamente, a imprensa fluminense acabou ficando capenga, considerando que passou a ter um "gerente", um "editor de pautas" governamental.
Eis a verdade.
Penso que esse seja o fato mais marcante que ocorreu no Rio de Janeiro no terceiro milênio: o controle da imprensa pelo governo.
Diante disso é conveniente lembrar que ditaduras não vestem fardas, obrigatoriamente.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
A população fluminense age de forma anestesiada, não reage aos estímulos da cidadania, o que faz com que o Rio só se movimente na direção do carnaval, do futebol, da praia e da cerveja. Tal verdade fez com que o centro irradiador de mobilizações para o Brasil do passado se transformasse no território de uma gente acomodada, que anda de lado, olhando para o chão.
Os serviços públicos essenciais pioram constantemente e nós brindamos com uma loura gelada no bar da esquina, só reclamamos deles quando somos vítimas desses péssimos serviços, neste momento viramos "machos" e concedemos entrevistas indignadas para os jornais televisivos da hora do almoço.
Uma "macheza" que dura pouco, muito pouco, infelizmente.
Diante dessa realidade, tive muita dificuldade em encontrar o fato marcante do milênio e confesso que não encontrei nenhum que tivesse mexido com o povo, assim passei a buscar um que fosse transformador para a sociedade fluminense, só conseguindo identificar um: a blindagem do governo Sérgio Cabral por grande parte da mídia fluminense.
Não encontrei qualquer fato que possa se aproximar em termos de grandeza de resultados com tal proteção, considerando que a imprensa perdeu algo que defendia a qualquer custo: a liberdade de expressão.
Confesso que tal comportamento da imprensa me assusta, os meus pensamentos seguem para o tema controle da imprensa pelo governo, o que me remete às ditaduras.
Parte da imprensa do Rio de Janeiro está pautada pelo governo Sérgio Cabral, isso é um fato, os próprios integrantes da imprensa da ponta da linha confirmam tal verdade, ela é inquestionável.
O que levou a tal situação que afasta a imprensa da sua função social, a função de informar?
A maioria das pessoas com as quais tenho conversado sobre o tema afirma que foi a relação estabelecida pela propaganda governamental na imprensa, que transformou alguns governos nos principais clientes da mídia e ninguém desagrada o cliente preferencial.
Pode ser.
O governo Sérgio Cabral que gastou quase meio bilhão de reais em propaganda no primeiro mandato, deve ser o cliente preferencial de boa parte da imprensa fluminense, assim sendo, acaba pautando as matérias que pode sair ou não no noticiário.
Isso é lógico, uma regra do comércio.
Obviamente, a imprensa fluminense acabou ficando capenga, considerando que passou a ter um "gerente", um "editor de pautas" governamental.
Eis a verdade.
Penso que esse seja o fato mais marcante que ocorreu no Rio de Janeiro no terceiro milênio: o controle da imprensa pelo governo.
Diante disso é conveniente lembrar que ditaduras não vestem fardas, obrigatoriamente.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
8 comentários:
Desejo parabenizar o coronel por sua postura honrada e por prestigiar os cidadãos com esse blog.
Valeu!
Abs
Gisele Leite
ou seja, estamos ferrados; os jornais precisam vender, logo as noticias sao as que a massa quer e nao as que reperctem; ninguem, ou quase ninguem quer saber de nada! A alienação nao é exclusividade dos pobres, ela é endemica; ate gente que eu conheco(e nao sao poucos) com estudo e dinheiro nao se importa, nao se indguina, quando muito reclamam mas é so na hora ou pelos cantos. Ha um grito de indguinaçao na minha garganta, travado pelo militarismo que me oprime, mas em poucos anos me libertarei desse jugo que, nem em todos os anos que tenho de iniciativa privada, e os sao mais que os de policia, fui tao oprimido e cerceado nos meus direitos. desculpe o desabafo
Cel Paúl Meus respeitos,o Senhor tem sido um exemplo.
Realmente brilhante explanação. A imprensa foi comprada, ou se vendeu, perdeu a função social, perdeu a credibilidade, o capitalismo selvagem, a manipulação.
É triste mais é a história das grandes DITADURAS, e nada melhor que dominar com a imprensa, ou melhor dizendo, os meios de comunicação de massa, Mussolini fez isso, Hitley, e Stanlin também.
Sérgio Cabral não faz diferente, faz exatamente igual aos grandes DITADORES. Sem dó, nem piedade como diz minha mãe. Ele está matando os funcionário na unha. Seus opositores são castigados, como é o caso do CORPO DE BOMBEIROS, por exemlo depois que discordou do DITADOR, não tem direito nem de ESMOLAS, quais são distribuídas a alguns e outros. É triste mais infelizmente vivemos numa DITADURA VELADA. O principal aliado é a IMPRENSA COMPRADA, E DESCOMPROMISSADA COM A SUPOSTA DEMOCRACIA.
Grato pelos comentários.
Tenho tentado lutar as lutas justas e ser a voz dos que não podem falar.
Juntos Somos Fortes!
Não apenas "ditaduras não vestem farda tão somente" como também, atualmente, as que vestem uniformes são "de esquerda"(como muitos idiotas gostam de rotular), senão vejamos: Castro - usa uniforme militar; Chavez - é Ten Cel do Exército venezuelano; Kim Jong Il - é militar também; Kaddafi- é General do Exército líbio; e mais um sem número de "amigões do peito" e "irmãos" do ex presidente do Brasil - vulgo "velhaco"(segundo os italianos).
Uma "dica" para aqueles que pela manhã, costumam sintonizar emissoras de rádio.
Ouçam a rádio "Band News", das 8hs às 11hs, pois o programa tem como "âncora" o jornalista RICARDO BOECHAT.
É um verdadeiro "OÁSIS" de informação e credibilidade, em meio à uma imensidão desértica composta por "debates populares" e outras enganações.
Nessas grandes emissoras a (des)informação e a postura "chapa branca", é assumida de forma DESCARADA.
Cel como já havia lhe falado anteriormente, a PMERJ, a Polícia Civil, enfim, toda a população deste Estado são frouxos, sem coragem, medrosos. Ninguém tem coragem de reivindicar nada. Infelizmente o senhor sozinho não poderá fazer muita coisa.
Ass: Major Combatente e Miserável.
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