Zuenir Ventura faz duas perguntas interessantes no seu artigo "A Limpeza na Polícia", publicado nesta quarta-feira, no jornal O Globo (página 7 - Opinião):
- Como se explica que a PM e a Polícia Civil não disponham de um mecanismo de correição capaz de livrar as corporações dos bandidos que agem internamente?
- A banda podre é indestrutível?
A primeira é muito fácil de responder, considerando que as corporações não investem e investirão cada vez menos na área correcional, caso o combate as bandas podres não seja feito de cima para baixo. É indispensável investigar as denúncias envolvendo Coronéis (Oficiais) e Delegados com rigor e com recursos próprios para isso, caso contrário, eles como gestores das instituições, caso sejam integrantes da banda podre, não permitirão o crescimento das atividades correcionais, pois não alimentarão o leão que irá devorá-los.
Na PMERJ, quando eu era Corregedor Interno nós conseguimos que Sérgio Cabral criasse o Gabinete de Gestão de Assuntos Internos (GGAI), isso através do Decreto número 41.123, 09 de janeiro de 2008, três anos depois ele ainda não foi estruturado. Ele teria como uma das missões produzir conhecimento que permitisse instaurar investigações sobre fatos envolvendo Comandantes, Chefes e Diretores, a partir da análise das denúncias chegadas ao conhecimento da Inteligência e da Corregedoria Interna, dentre outras atividades.
Caro Zuenir Ventura, para que você tenha uma ideia da complexidade do quadro, cito que Mário Sérgio é reconhecidamente da banda boa da PMERJ, mas mesmo assim ele teve como primeira ação ao sentar na cadeira 01, enfraquecer a proatividade da Corregedoria Interna.
Como explicar tal atitude?
A segunda pergunta do jornalista é mais difícil de responder, porém uma coisa é certa, as bandas podres estão fortemente estruturadas nas polícias fluminenses. Penso que elas não são indestrutíveis, todavia se a passividade no combate as mesmas continuar, logo só será possível destruir as bandas podres, destruindo as próprias polícias.
Isso é uma verdade, pode acreditar, caro Zuenir Ventura.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
- Como se explica que a PM e a Polícia Civil não disponham de um mecanismo de correição capaz de livrar as corporações dos bandidos que agem internamente?
- A banda podre é indestrutível?
A primeira é muito fácil de responder, considerando que as corporações não investem e investirão cada vez menos na área correcional, caso o combate as bandas podres não seja feito de cima para baixo. É indispensável investigar as denúncias envolvendo Coronéis (Oficiais) e Delegados com rigor e com recursos próprios para isso, caso contrário, eles como gestores das instituições, caso sejam integrantes da banda podre, não permitirão o crescimento das atividades correcionais, pois não alimentarão o leão que irá devorá-los.
Na PMERJ, quando eu era Corregedor Interno nós conseguimos que Sérgio Cabral criasse o Gabinete de Gestão de Assuntos Internos (GGAI), isso através do Decreto número 41.123, 09 de janeiro de 2008, três anos depois ele ainda não foi estruturado. Ele teria como uma das missões produzir conhecimento que permitisse instaurar investigações sobre fatos envolvendo Comandantes, Chefes e Diretores, a partir da análise das denúncias chegadas ao conhecimento da Inteligência e da Corregedoria Interna, dentre outras atividades.
Caro Zuenir Ventura, para que você tenha uma ideia da complexidade do quadro, cito que Mário Sérgio é reconhecidamente da banda boa da PMERJ, mas mesmo assim ele teve como primeira ação ao sentar na cadeira 01, enfraquecer a proatividade da Corregedoria Interna.
Como explicar tal atitude?
A segunda pergunta do jornalista é mais difícil de responder, porém uma coisa é certa, as bandas podres estão fortemente estruturadas nas polícias fluminenses. Penso que elas não são indestrutíveis, todavia se a passividade no combate as mesmas continuar, logo só será possível destruir as bandas podres, destruindo as próprias polícias.
Isso é uma verdade, pode acreditar, caro Zuenir Ventura.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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