Bombeiros passam fome, sede e frio na orla do Rio de Janeiro
Imaginar um trabalho de frente para o mar, com os pés na areia, sunga e camiseta, em pleno Rio de Rio de Janeiro, pode parecer uma maravilha. Porém, investigando o dia a dia dos bombeiros militares guarda vidas, vemos que não é bem assim. Esses homens que se expõem ao sol e vento, sentem fome e frio pelo ideal de salvar vidas no mar, passam até 14 horas por dia atentos a vida da população. Eles são considerados os melhores do mundo, não por conta da estrutura e condições de trabalho, e sim por seu material humano, por serem bravos homens.
EPI (Equipamento de Proteção individual)A corporação não fornece óculos de sol, distribuiu um protetor de partículas multidirecionais, para trabalhos com fagulhas, faíscas, cascalhos, sem proteção UVA, UVB ou UVC. O protetor solar é escasso, de péssima qualidade, e desviado do “Projeto Botinho”. Também não são distribuídos tampões de ouvido, para quem fica em postos onde não há abrigo do vento. Medidas eficazes aumentariam a vida útil dos guarda vidas, reduzindo radicalmente doenças como câncer de pele e glaucoma.
AlimentaçãoPara cada dia de trabalho os guarda vidas se alimentam:
· 6:30h - café da manhã -(pão com manteiga, achocolatado, café e leite)
· 11:30h-14:30h - almoço - (muito arroz, frango, ervilha, milho, pouco feijão)
Aos finais de semana às vezes chega um suco, e ocasionalmente doce de leite, maçã podre, um pão e/ou bolo pra tarde. Após reivindicação de reforço na alimentação, a tropa foi contemplada com um pacote com seis biscoitos recheados. Biscoito que também foi desviado do “Projeto Botinho”. A alimentação que é um dos maiores motivos de insatisfação não é balanceada para o tipo de serviço que realizam, o cardápio não é elaborado por nenhum nutricionista, nem acompanhado por especialista em cozinha. Um guarda vidas que chega a fazer 50 socorros em um dia crítico, pode ficar até sete horas sem receber uma alimentação.
Estrutura· 6:30h - café da manhã -(pão com manteiga, achocolatado, café e leite)
· 11:30h-14:30h - almoço - (muito arroz, frango, ervilha, milho, pouco feijão)
Aos finais de semana às vezes chega um suco, e ocasionalmente doce de leite, maçã podre, um pão e/ou bolo pra tarde. Após reivindicação de reforço na alimentação, a tropa foi contemplada com um pacote com seis biscoitos recheados. Biscoito que também foi desviado do “Projeto Botinho”. A alimentação que é um dos maiores motivos de insatisfação não é balanceada para o tipo de serviço que realizam, o cardápio não é elaborado por nenhum nutricionista, nem acompanhado por especialista em cozinha. Um guarda vidas que chega a fazer 50 socorros em um dia crítico, pode ficar até sete horas sem receber uma alimentação.
Fora os postos de alvenaria, existem outros postos, que não oferecem cobertura contra o sol, abrigo do vento, nem água doce para tirar o sal do corpo. Inúmeras vezes o bombeiro depende de favores dos donos dos estabelecimentos da praia. As garrafas térmicas para levar água pros postos, nadadeiras, rescuetubs e rádios de comunicação são insuficientes. O guarda vidas regularmente se encontra sem comunicação com o quartel, sem nadadeira, até sem água para beber.
Há suspeitas que o GMAR (Grupamento Marítimo) é financeiramente mantido com a economia na alimentação e o patrocínio da Petrobrás, sem nenhuma participação do governo do estado. Os bombeiros do Rio de Janeiro têm o pior salário do Brasil, não recebem vale transporte ou vale alimentação. E os que sem encontram na função de guarda vidas não recebem adicionais de insalubridade e/ou periculosidade.
Muitos homens que dedicaram suas vidas a salvar outras não se encontram mais com possibilidades de trabalhar na areia e com sua saúde debilitada, por problemas dermatológicos, oftalmológicos, ortopédicos, psicológicos entre outros.
Porém, apesar de tudo isso, esses homens são cobrados militarmente, sofrem punições e injustiças. Mas nada podem fazer, continuam salvando vidas.
Pode uma classe viver só do "glamour"?
Fonte: Diário do Bombeiro Militar.
COMENTO:
Recebi informes (não confirmados) que o comando do CBMERJ teria determinado a instauração de investigação para apurar a autoria do texto, algo sem a menor importância na minha opinião, diante da gravidade dos fatos denunciados, esses sim devem ser investigados com rigor.
Tenho escrito que a luta pela cidadania dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares, iniciada pelos 40 da Evaristo em 2007, faz parte de um processo irreversível, assim como, não pode ser calada a voz da tropa que usa a internet e as ruas para exercer os seus direitos constitucionais.
Os comandos da PMERJ e do CBMERJ devem se adaptar a nova realidade, não lutar contra o inevitável, a conquista da cidadania pela tropa e promover de imediato as mudanças nos regulamentos arcaicos que ainda estão em uso nas corporações.
São inócuas punições disciplinares e punições geográficas, o caminho é sem volta, um percurso que só tem um sentido: o futuro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Há suspeitas que o GMAR (Grupamento Marítimo) é financeiramente mantido com a economia na alimentação e o patrocínio da Petrobrás, sem nenhuma participação do governo do estado. Os bombeiros do Rio de Janeiro têm o pior salário do Brasil, não recebem vale transporte ou vale alimentação. E os que sem encontram na função de guarda vidas não recebem adicionais de insalubridade e/ou periculosidade.
Muitos homens que dedicaram suas vidas a salvar outras não se encontram mais com possibilidades de trabalhar na areia e com sua saúde debilitada, por problemas dermatológicos, oftalmológicos, ortopédicos, psicológicos entre outros.
Porém, apesar de tudo isso, esses homens são cobrados militarmente, sofrem punições e injustiças. Mas nada podem fazer, continuam salvando vidas.
Pode uma classe viver só do "glamour"?
Fonte: Diário do Bombeiro Militar.
COMENTO:
Recebi informes (não confirmados) que o comando do CBMERJ teria determinado a instauração de investigação para apurar a autoria do texto, algo sem a menor importância na minha opinião, diante da gravidade dos fatos denunciados, esses sim devem ser investigados com rigor.
Tenho escrito que a luta pela cidadania dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares, iniciada pelos 40 da Evaristo em 2007, faz parte de um processo irreversível, assim como, não pode ser calada a voz da tropa que usa a internet e as ruas para exercer os seus direitos constitucionais.
Os comandos da PMERJ e do CBMERJ devem se adaptar a nova realidade, não lutar contra o inevitável, a conquista da cidadania pela tropa e promover de imediato as mudanças nos regulamentos arcaicos que ainda estão em uso nas corporações.
São inócuas punições disciplinares e punições geográficas, o caminho é sem volta, um percurso que só tem um sentido: o futuro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Durante todo Verão é essa humilhação, aqui no CBMERJ-Gmar as únicas verdades são: SALVAMENTOS e punições exageradas, não há liberdade de expressão, nem direito ao contraditório. Porque quem pune aqui, tem os (03)PODERES, ou seja, é executivo, legislativo e judiciário. Já responde a acusação sabendo que será preso/detido, creio eu que não é caso isolado, idém na PMERJ. É difícil, mas como diz a poesia: "É o juízo final, a história do BEM contra o MAL, quero ter olhos pra ver a maldade desaparecer". Continências sinceras dos Homens Brabos do Mar, pois como diz o ditado: "Quem é,é,quem não é não se mistura"!
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