segunda-feira, 2 de agosto de 2010

UM DOS EFEITOS COLATERAIS DA IMPLANTAÇÃO EQUIVOCADA DAS UPPs, A BAIXADA SOFRE.

JORNAL DESTAK:
Tenho escrito com frequência que para as comunidades carentes o SUPER POVOAMENTO com Policiais Militares (UPP) é excelente. Quem de nós, cidadãos fluminenses, não ficaria satisfeito saindo de sua casa e encontrando uma quantidade enorme de policiais ao seu redor? Tal efeito, a sensação de segurança, não está em discussão, ocorreria em qualquer local super policiado. O que discutimos é a implantação eleitoreira e elitista das UPPs, feita de forma atabalhoada, longe da melhor técnica e desrespeitando direitos básicos dos Policiais Militares, como o direito de se alimentar com dignidade.
As UPPs estão sendo implantadas de uma forma tão absurda que os criminosos envolvidos com o tráfico de drogas não são presos, sobretudo em razão do próprio governador Sérgio Cabral (PMDB) avisá-los com antecedência através da mídia.
O Salgueiro foi a última comunidade ocupada, ninguém foi preso, mais uma vez, o que faz com que a pergunta recorrente se apresente:
- O que aconteceu com as pessoas que viviam do tráfico de drogas?
Cabral prega que mudaram de vida, acredite quem quiser.
Penso que existam as seguintes alternativas:
1) Continuaram no local exercendo as suas atividades, ou seja, comercializando drogas, mas sem a exibição de armas, conforme a mídia já noticiou.
2) Deixaram a comunidade e rumaram para outras comunidades, reforçando o efetivo de criminosos.
Cidadão, qual a sua opinião?
A forma como as UPPs estão sendo implantadas aumenta a CIDADE PARTIDA, empurrando os criminosos para fora da Zona Sul, na direção das Zonas Norte e Oeste, Baixada Fluminense, Grande Niterói e interior do estado.
O governo atual é elitista e age nessa direção.
Aos pobres, os criminosos!
A ocupação das comunidades carentes deve ser feita pelo ESTADO e não apenas pela Polícia Militar, isso é ocupação militar de território e não estratégia de segurança pública.
A Polícia Militar deve estar equitativamente distribuída por todo território, com a mobilidade necessária para atender fatores conjunturais, super policiar uma área (Zona Sul) e esvaziar as outras é sinal de BURRICE e constitui tratamento diferenciado entre RICOS e POBRES, algo que deve ser condenado.
Alguém lembra da desculpa dos governantes do "cobertor curto"?
Parece que da noite para o dia compraram um cobertor gigante, o que não aconteceu, pois os últimos concursos mal deram para recompor o efetivo da Polícia Militar, considerando as saídas por mortes, inatividade, desistência da carreira, etc.
Espero que com as comunidades pacificadas, Sérgio Cabral e Eduardo Paes, ambos do PMDB, comecem logo a substituir os Policiais Militares por Guardas Municipais, permitindo que os primeiros possam enfrentar a criminalidade que deixou a Zona Sul para comercializar drogas, assaltar e matar nas outras partes do território fluminense. Afinal, como as armas foram embora, a Guarda Municipal poderá assumir as comunidades carentes, sem qualquer problema ou não?
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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