terça-feira, 19 de julho de 2011

A ANISTIA DOS BOMBEIROS MILITARES E SUAS CONTRAINDICAÇÕES.

Logo que os Bombeiros Militares do Rio de Janeiro começaram a falar sobre lutar por anistia administrativa e criminal, embora entendesse os temores que habitavam os corações dos nossos valorosos heróis do fogo (das águas, dos desabamentos, das buscas, etc), eu manifestei a opinião de que a anistia não seria necessária para a quase totalidade deles, as exceções seriam os que estavam sendo acusados de incitamento, esses talvez necessitassem ser anistia, diante da possibilidade de condenação.
Na Praia de Copacabana, onde o grande tsunami vermelho mostrou toda a sua fora, eu subi no caminhão de som e deixei essa opinião bem clara, aos berros, explicando que existiam provas (imagens) no sentido de que o governo Sérgio Cabral (PMDB), através de sua área de segurança, tinha montado uma armadilha para facilitar e incitar a entrada dos Bombeiros no Quartel General, isso no dia 03 JUN 2011.
Eu cheguei a escrever e falar que a anistia só interessava a alguns integrantes do governo Sérgio Cabral (PMDB), que poderiam no futuro alegar que a anistia deveria ter um sentido de mão dupla, quando o perdão seria extensivo a eles.
Isso também não adiantou.
A minha fala e as minhas letras foram completamente ignoradas diante do clamor que se generalizou entre os Bombeiros para que a anistia fosse obtida. Ratifico que entendi e entendo o posicionamento dos Bombeiros, sobretudo de seus familiares que também entraram de corpo e alma nessa luta para garantir uma blindagem administrativa e criminal.
A anistia administrativa veio rápido na ALERJ e o governo Sérgio Cabral (PMDB) nada fez para se opor a esse perdão. A criminal também passou feito um relâmpago pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados, seguindo para as mãos da presidente Dilma que ainda não assinou.
E as contraindicações da anistia, Coronel?
A primeira é uma interpretação que já ouvi e li de vários Bombeiros Militares que consideram a anistia já alcançada, ela é no sentido de que como foram anistiados, não poderiam cometer mais nenhum ato que pudesse provocar que a anistia fosse cancelada.
Outra interpretação é que deveriam ter o mesmo cuidado, considerando que a presidente Dilma ainda não tinha assinado a anistia, portanto, ela ainda não estava garantida, como pensam alguns.
A anistia engessou os Bombeiros Militares, os retirou as ruas, como Sérgio Cabral (PMDB) tanto desejou.
Posso estar errado e essas interpretações não representarem o que passa pela cabeça da maioria dos Bombeiros Militares, aliás, torço para estar errado, mas o atual estágio da mobilização reforça a minha opinião.
Penso que os Bombeiros Militares devem promover uma grande reunião, trazer novamente o tsunami vermelho para as ruas do Rio de Janeiro, mas dessa vez para estruturar essa fantástica mobilização que tem tudo para ser a grande mola propulsora que mobilizará todo o funcionalismo público e a população do Rio de Janeiro, na luta pela construção de um Rio verdadeiramente maravilhoso.
Isso não impede que os Bombeiros Militares também lutem pela Emenda Aglutinativa 2/2010 (PEC 300 + PEC 446) em Brasília, as ações são complementares, uma não exclui a outra.
As ruas precisam voltar a ser vermelhas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

Por qual motivo a presidente ainda não assinou a anistia?
É uma forma sutil de chantagem. Desta forma, "engessando" as mobilizações e favorecendo o governo do rj.
Com a cidade tomada por turistas estrangeiros, seria o momento ideal para nos mobilizarmos.

3 sgt bm Esperança disse...

O moviumento não tá engessado...
Está como o nado do cisne sobre o lago... sereno por cima mas por baixo dágua em plena atividade...
O Rio e Brasília que nos aguardem...