Os desavisados podem até ser enganados quando ouvem falar sobre a política do governo Sérgio Cabral (PMDB) para pacificação das comunidades carentes, porém, todos os verdadeiros estudiosos do tema segurança pública no Rio de Janeiro, sabem que a dita política de pacificação não alcançou nem 5% das comunidades carentes e sabem que a tática do "tiro, porrada e bomba" tem sido usada desde o início do governo Sérgio Cabral (PMDB), ano 2007, na quase totalidade das comunidades pobres do Rio.
Tal realidade é cruel para a tropa da Polícia Militar como comprova a reportagem do jornal O Globo desse domingo, a qual transcrevo nesse artigo.
Nos quartéis da Polícia Militar vale o seguinte:
Quebrar cocos (matar) gera notoriedade, gratificações e promoções, pois enquanto não der merda o comando segura.
Isso faz com que vários PMs tenham dezenas de autos de resistência e continuem trabalhando normalmente, quebrando cocos, sem qualquer assistência institucional.
Todavia, quando dá um problema, como ocorreu no caso na morte do jovem Juan, rapidamente crucificam os PMs.
Será que ninguém estava acompanhando e/ou fiscalizando tantos autos de resistência?
O GLOBO
Justiça
Autos de resistência: maior parte dos inquéritos sobre mortes de suspeitos cometidas por PMs do caso Juan foi arquivada
Tal realidade é cruel para a tropa da Polícia Militar como comprova a reportagem do jornal O Globo desse domingo, a qual transcrevo nesse artigo.
Nos quartéis da Polícia Militar vale o seguinte:
Quebrar cocos (matar) gera notoriedade, gratificações e promoções, pois enquanto não der merda o comando segura.
Isso faz com que vários PMs tenham dezenas de autos de resistência e continuem trabalhando normalmente, quebrando cocos, sem qualquer assistência institucional.
Todavia, quando dá um problema, como ocorreu no caso na morte do jovem Juan, rapidamente crucificam os PMs.
Será que ninguém estava acompanhando e/ou fiscalizando tantos autos de resistência?
O GLOBO
Justiça
Autos de resistência: maior parte dos inquéritos sobre mortes de suspeitos cometidas por PMs do caso Juan foi arquivada
Publicada em 23/07/2011 às 20h23m
Vera Araújo (varaujo@oglobo.com.br)
RIO - Nada de fotos ou qualquer tipo de recordação de Júlio Cesar Andrade Roberto, de 22 anos, morto num suposto confronto com policiais militares em julho de 2008, na Favela do Sebinho, em Mesquita, na Baixada. Ameaçada, a família do rapaz deixou tudo para trás, preferindo se esconder a prestar depoimento à Justiça contra os PMs, um deles, o cabo Edilberto Barros do Nascimento, que é apontado como um dos quatro suspeitos do assassinato de Juan de Moraes, de 11 anos, no dia 20 de junho, na Favela Danon, em Nova Iguaçu
Só em nome do cabo constam 15 autos de resistência (mortes de suspeitos em confronto com a polícia) desde 2002 , não mais que o seu companheiro no 20º BPM (Mesquita), o sargento Isaías Souza do Carmo, envolvido em 18. Ao todo, os quatro PMs do caso Juan colecionam, pelo menos, 38 autos de resistência, nos últimos 11 anos. Deste total, apenas um virou processo. Quatorze inquéritos foram arquivados, 13 estão em fase de investigação e os demais ainda aguardam decisão em Delegacias de Acervo Cartorário. Em certos casos, embora os nomes dos quatro PMs não apareçam juntos num mesmo registro, a Polícia Civil já investiga a hipótese de que eles se revezavam nos papéis. Enquanto um aparece como envolvido no tiroteio, um outro surge como o policial que socorre a vítima que, geralmente, morre a caminho do hospital.
Logo depois da morte de Júlio Cesar, em 7 de julho de 2008, mesmo sem o apoio de um programa de proteção a testemunhas, parentes e vizinhos da vítima chegaram a depor na Corregedoria da PM. Eles desmentiram a versão dos policiais de que havia ocorrido um confronto com traficantes, revelando que a vítima sequer estava armada e que Edilberto atirara em Júlio Cesar. Uma das testemunhas contou que os PMs colocaram drogas e uma arma nas mãos da vítima.
JUNTOS SOMOS FORTES!Vera Araújo (varaujo@oglobo.com.br)
RIO - Nada de fotos ou qualquer tipo de recordação de Júlio Cesar Andrade Roberto, de 22 anos, morto num suposto confronto com policiais militares em julho de 2008, na Favela do Sebinho, em Mesquita, na Baixada. Ameaçada, a família do rapaz deixou tudo para trás, preferindo se esconder a prestar depoimento à Justiça contra os PMs, um deles, o cabo Edilberto Barros do Nascimento, que é apontado como um dos quatro suspeitos do assassinato de Juan de Moraes, de 11 anos, no dia 20 de junho, na Favela Danon, em Nova Iguaçu
Só em nome do cabo constam 15 autos de resistência (mortes de suspeitos em confronto com a polícia) desde 2002 , não mais que o seu companheiro no 20º BPM (Mesquita), o sargento Isaías Souza do Carmo, envolvido em 18. Ao todo, os quatro PMs do caso Juan colecionam, pelo menos, 38 autos de resistência, nos últimos 11 anos. Deste total, apenas um virou processo. Quatorze inquéritos foram arquivados, 13 estão em fase de investigação e os demais ainda aguardam decisão em Delegacias de Acervo Cartorário. Em certos casos, embora os nomes dos quatro PMs não apareçam juntos num mesmo registro, a Polícia Civil já investiga a hipótese de que eles se revezavam nos papéis. Enquanto um aparece como envolvido no tiroteio, um outro surge como o policial que socorre a vítima que, geralmente, morre a caminho do hospital.
Logo depois da morte de Júlio Cesar, em 7 de julho de 2008, mesmo sem o apoio de um programa de proteção a testemunhas, parentes e vizinhos da vítima chegaram a depor na Corregedoria da PM. Eles desmentiram a versão dos policiais de que havia ocorrido um confronto com traficantes, revelando que a vítima sequer estava armada e que Edilberto atirara em Júlio Cesar. Uma das testemunhas contou que os PMs colocaram drogas e uma arma nas mãos da vítima.
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Após a leitura do tópico e uma breve reflexão, fica a sensação de que a corporação está sem comando. É preciso mudar a maneira de agir, pois o Oficial não pode se apegar ao cargo e às regalias da função! A TROPA PRECISA DE UM LÍDER, COMO O CORONEL UBIRATAN FOI.
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