Recomendo a leitura dos artigos de autoria do jornalista Jorge Antônio Barros (O Globo), nos quais existem ótimos subsídios para interpretar a gravidade da situação vivenciada na segurança pública do Rio.
BLOG REPÓRTER DE CRIMEO jornalista toca em uma ferida antiga, a presença inexplicável de Policiais Militares na Polícia Civil. Vale destacar que no passado até Oficiais eram cedidos para a PCERJ. Nada justifica essa adição, tanto que nunca tivemos Policiais Civis adidos na Polícia Militar. A missão da Polícia Civil é investigar, o que difere da formação dos Policiais Militares, preparados para realizarem o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública.
Concordo que Turnowsky deu um lance de mestre ao partir para o enfrentamento, considerando que a sua saída era questão de horas ou de dias. Sem dúvida, Sérgio Cabral está em uma sinuca de bico, pois Beltrame é o avalista midiático de uma segurança pública que só existe no mundo surreal criado por parte da mídia. Além disso, consta que Beltrame sabe muito. Diante desses fatos, Cabral deverá (terá) que optar por Beltrame, mas terá que conseguir uma saída digna para Allan Turnowsky, o que parece muito difícil.
Sérgio Cabral terá que ser muito cauteloso, não pode repetir o erro que praticou em 2008 quando exonerou Coronéis honestos e competentes da Polícia Militar, algo que só não custou o seu governo em razão do fato de que na corporação muitos Oficiais só se movam na direção de seus bolsos, inexistindo qualquer pensamento institucional. Penso que na Polícia Civil, sobretudo no âmbito dos delegados, isso seja um pouco diferente, apesar das disputas internas.
Sérgio Cabral terá que ser muito cauteloso, não pode repetir o erro que praticou em 2008 quando exonerou Coronéis honestos e competentes da Polícia Militar, algo que só não custou o seu governo em razão do fato de que na corporação muitos Oficiais só se movam na direção de seus bolsos, inexistindo qualquer pensamento institucional. Penso que na Polícia Civil, sobretudo no âmbito dos delegados, isso seja um pouco diferente, apesar das disputas internas.
Faço uma ressalva no tocante ao alegado fim das nomeações políticas na Polícia Civil e na Polícia Militar (artigo Banda Podre), considerando que não existe qualquer comprovação do fim dessas nomeações, existindo na realidade indícios de que elas continuem acontecendo normalmente. Inclusive o contido no artigo a seguir sobre a nomeação de Allan Turnowsky como Chefe da Polícia Civil, comprova que as nomeações não são técnicas.
Boa leitura.
JORGE ANTONIO BARROS
1) Crise na polícia
Turnowski compra briga com Beltrame
Infelizmente não há mais lugar na mesma polícia para Allan Turnowski e José Mariano Beltrame. Um dos dois terá que pedir pra sair. Na verdade esses dois agentes da lei nunca pertenceram a mesma corporação. Como se sabe, Allan é delegado da Polícia Civil e Beltrame, delegado federal. Eles foram se encontrar na Secretaria de Segurança Pública por obra de uma indicação de pessoas muito próximas do governador Sérgio Cabral. Turnowski não foi escolhido por Beltrame. Desde que teve início a fritura por Beltrame, em setembro do ano passado, Turnowski se ocupou de fortalecer os vínculos com o governador (leiam).
2) Banda podreUma janela da corrupção na polícia
O governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, se orgulham de ter conseguido acabar com a influência de parlamentares na nomeação de delegados e comandantes de batalhão no Estado do Rio de Janeiro. De fato, a influência política na polícia é uma das principais raízes da corrupção e do favorecimento no sistema policial. Um determinado político colocava seu protegido no comando de um quartel da PM ou de uma delegacia e esse policial passava a prestar contas ao padrinho. Muitos policiais em postos de chefia acabavam sendo obrigados a bancar até a caixinha de campanha dos políticos. E de onde vinha esse dinheiro? Obviamente das propinas das máfias e quadrilhas que atuam nos mais diversos setores - da contravenção ao tráfico de drogas, passando por outras atividades ilegais como pirataria, exploração da prostituição, de clínicas de aborto etc etc (leiam).
JUNTOS SOMOS FORTES!PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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