Em: Bombeiro Militar, Opinião
Autor: Danillo Ferreira
O primeiro aspecto a se ressaltar é a dimensão da mobilização: são cerca de 2 milhões de pessoas em todo o país se manifestando nas ruas contra o regime. Não apenas as classes baixas, mas a classe média e alta estão engajadas nos protestos – segundo o blog de Miriam Leitão, colunista d’O Globo, uma fonte diplomática chegou a afirmar que conversou com uma mulher da alta classe média do Cairo e ouviu que ela havia mandado os filhos para a manifestação. O desejo de mudança parece esmagador na população.
O ditador, ao perceber a mobilização, tomou como medida primeira o bloqueio do acesso à internet no país, tentando evitar que as informações fluíssem, e que o mundo tomassem conhecimento dos protestos (entenderam porque liberdade de expressão é um “Direito Humano”?). A imagem abaixo, publicada por Marcelo Tas em seu blog com o título “Alguém ainda duvida das redes sociais?” ilustra o desejo de um manifestante em propagar suas ideias através da internet:
Aqui peço licença ao leitor para um contraponto, saindo do Egito e nos direcionando à realidade da segurança pública brasileira, onde um Capitão do Corpo de Bombeiro Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ) encontra-se preso no momento em que escrevo por ter enviado a seguinte mensagem SMS para o Secretário de Saúde, ao qual o CBMERJ está subordinado:
“Se tiver vergonha nos próximos 4 anos, tente ao menos olhar p/ os q são bombeiros de sua SECRETARIA. Feliz 2011!” (sic)
Entenda mais sobre a medida aqui.
As iniciativas dos capitães nos fazem refletir sobre os limites da obediência e da submissão a um regime político. Qual é o maior bem que pode ser atingido por um governo? Qual o ponto em que o silêncio deixa de ser aceitável? Quando o protesto e a expressão da indignação é inevitável?
Outro ponto é o quanto é curioso ver o como algumas medidas extremas de repressão à opinião e à liberdade de expressão se assemelham em governos distintos, separados, mesmo com aparentes níveis distintos de democracia. De todo modo, é preciso observar a coragem dos capitães Botto e Ehab, que ousaram abraçar causas arriscando o conforto de seus cargos e patentes. A eficácia de suas coragens, só o futuro dirá…
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
O caso do Egito nos faz lembrar a situação do Brasil em 31 de março de 1964.
Acompanhamos tudo.
HOJE, NO EGITO, O POVO PEDE E O EXÉRCITO ATENDE O POVO EGÍPCIO.
No Brasil também foi a mesma coisa. O povo pediu e o Exército atendeu.
No Brasil, um pequeno grupo de MEIA DÚZIA que queria continuar com o JANGO (O CHINÊS CUNHADO DO FALANTE FAZENDEIRO URUGUAIO LEONEL BRIZOLA) deu muito trabalho às autoridades constituidas pelo povo após 31 de março de 1964.
No Egito também tem um pequeno grupo DE MEIA DÚZIA apoiando MUBARAK.
Pena que o mesmo povo Egípcio que recebe o APOIO DAS FORÇAS ARMADAS irá depois falar mal do Exército Egípcio.
O mesmo povo que vê a ordem e recebe o apoio do Exército Egípcio junto das passeatas, depois vai culpar o Exército de ter interferido. O EXÉRCITO AJUDA O POVO, E DEPOIS O POVO COSPE NO BRATO QUE COMEU(esse exemplo acontece no Brasil-país da América do Sul)
No Brasil foi assim: O POVO PEDIU E O EXÉRCITO ATENDEU, mas hoje a maioria do povo, sem saber da verdade, está satanizando as Forças Armadas, e endeusando a meia dúzia que era contra as Forças Armadas, e contra a ordem nos anos de 1964.
Queremos enfatizar uma verdade que mora na internet faz parte da internet, e já está em todos os recantos do mundo, o seguinte:
"TODOS OS PRESIDENTES MILITARES BRASILEIROS MORRERAM POBRES PORQUE FORAM E SÃO HONESTOS".
QUAL É O TEL?
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