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Ex-chefe de Polícia Civil do Rio é indiciado pela Polícia Federal
Allan Turnowski deixou o cargo na terça-feira, após a Operação Guilhotina.
Ex-chefe de Polícia Civil do Rio é indiciado pela Polícia Federal
Allan Turnowski deixou o cargo na terça-feira, após a Operação Guilhotina.
Segundo a PF, ele teria alertado um policial sobre a investigação; ele nega.
O ex-chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski, foi indiciado na noite desta quinta-feira (17), após prestar depoimento de mais de três horas na Superintendência da Polícia Federal, na zona portuária da cidade. Turnowski deixou o cargo de chefe de Polícia Civil na terça-feira (15).
Segundo a PF, houve violação de sigilo funcional por parte de Turnowski. Ele teria alertado um inspetor sobre a investigação da Polícia Federal. O policial foi preso durante a Operação Guilhotina, deflagrada na última sexta-feira (11), suspeito de integrar uma milícia em Ramos. Na operação, policiais civis e militares acusados de desvios foram presos, entre eles o delegado Carlos Oliveira, que foi subchefe de Polícia Civil na gestão de Turnowski.
Após o indiciamento, Turnowski negou que soubesse da operação, e disse que o Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, confirma isso. O ex-chefe de Polícia Civil afirmou também que não acredita que a acusação passará "pelo crivo do Ministério Público ou da Justiça." (leia).
COMENTO:
Investigar não é fácil, ao longo dos mais de dez anos na área da Polícia Judiciária Militar conheci uma série de enganos em investigações, no âmbito militar e civil, muitos deles causados pela pressa e pela formação antecipada de convicções.
A pior coisa que um investigador pode fazer é tirar conclusões precipitadas, pois quando esse erro acontece, via de regra, o investigador passa a tentar comprovar a sua versão e não buscar a verdade dos fatos.
Além dessa verdade, todos os investigados têm direito à presunção da inocência, uma verdade que no Rio de Janeiro não vale para os Policiais Militares, infelizmente.
Em conversas com vários advogados de Policiais Militares, em diferentes momentos, sempre ouvi sobre as dificuldades que enfrentavam para que seus clientes respondessem em liberdade as acusações feitas em desfavor deles. Recentemente fui depor em um processo no qual Policiais Militares foram acusados e fiquei assustado com o tempo que alguns deles ficaram presos à disposição da justiça.
Temos que recuperar esse direito para os Policiais Militares e para todos que tiverem esse direito preterido.
As acusações estão pipocando na mídia, isso não é bom.
O ex-Chefe da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski e todos os outros acusados na Operação Guilhotina têm o direito a tal presunção, o que não significa que sejam inocentes ou culpados antes do trânsito em julgado.
Neste instante, o delegado Allan Turnowski acaba de se defender do indiciamento em entrevista exibida no Jornal Nacional, quando declarou que sem que ninguém da SESEG/RJ confirmasse que ele sabia da operação da Polícia Federal, ele foi indiciado por ter vazado a operação.
Existe lógica na sua argumentação.
A situação parece nebulosa, precisa ser clarificada.
Desejo que tudo seja esclarecido, afinal a Polícia Civil está atravessando há alguns anos uma fase muito difícil com acusações graves contra Chefes e Subchefes da instituição, situação que exige providências urgentes para a depuração e investimentos na área do controle interno (Corregedoria Interna).
Penso que uma ótima medida para começar a reverter o problema passa pela fixação da Polícia Civil na sua missão constitucional, ou seja, a investigação. Os efetivos da Polícia Civil só deveriam atuar nas ruas para realizar as investigações criminais e preferencialmente sem a ostensividade dos uniformes e viaturas que usam atualmente.
Basta de polícia investigativa realizando operações "militares" em comunidade carentes e operações de trânsito.
Policial Civil deve trabalhar como no seriado CSI e não como se estivesse em um filme do Rambo.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
O ex-chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski, foi indiciado na noite desta quinta-feira (17), após prestar depoimento de mais de três horas na Superintendência da Polícia Federal, na zona portuária da cidade. Turnowski deixou o cargo de chefe de Polícia Civil na terça-feira (15).
Segundo a PF, houve violação de sigilo funcional por parte de Turnowski. Ele teria alertado um inspetor sobre a investigação da Polícia Federal. O policial foi preso durante a Operação Guilhotina, deflagrada na última sexta-feira (11), suspeito de integrar uma milícia em Ramos. Na operação, policiais civis e militares acusados de desvios foram presos, entre eles o delegado Carlos Oliveira, que foi subchefe de Polícia Civil na gestão de Turnowski.
Após o indiciamento, Turnowski negou que soubesse da operação, e disse que o Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, confirma isso. O ex-chefe de Polícia Civil afirmou também que não acredita que a acusação passará "pelo crivo do Ministério Público ou da Justiça." (leia).
COMENTO:
Investigar não é fácil, ao longo dos mais de dez anos na área da Polícia Judiciária Militar conheci uma série de enganos em investigações, no âmbito militar e civil, muitos deles causados pela pressa e pela formação antecipada de convicções.
A pior coisa que um investigador pode fazer é tirar conclusões precipitadas, pois quando esse erro acontece, via de regra, o investigador passa a tentar comprovar a sua versão e não buscar a verdade dos fatos.
Além dessa verdade, todos os investigados têm direito à presunção da inocência, uma verdade que no Rio de Janeiro não vale para os Policiais Militares, infelizmente.
Em conversas com vários advogados de Policiais Militares, em diferentes momentos, sempre ouvi sobre as dificuldades que enfrentavam para que seus clientes respondessem em liberdade as acusações feitas em desfavor deles. Recentemente fui depor em um processo no qual Policiais Militares foram acusados e fiquei assustado com o tempo que alguns deles ficaram presos à disposição da justiça.
Temos que recuperar esse direito para os Policiais Militares e para todos que tiverem esse direito preterido.
As acusações estão pipocando na mídia, isso não é bom.
O ex-Chefe da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski e todos os outros acusados na Operação Guilhotina têm o direito a tal presunção, o que não significa que sejam inocentes ou culpados antes do trânsito em julgado.
Neste instante, o delegado Allan Turnowski acaba de se defender do indiciamento em entrevista exibida no Jornal Nacional, quando declarou que sem que ninguém da SESEG/RJ confirmasse que ele sabia da operação da Polícia Federal, ele foi indiciado por ter vazado a operação.
Existe lógica na sua argumentação.
A situação parece nebulosa, precisa ser clarificada.
Desejo que tudo seja esclarecido, afinal a Polícia Civil está atravessando há alguns anos uma fase muito difícil com acusações graves contra Chefes e Subchefes da instituição, situação que exige providências urgentes para a depuração e investimentos na área do controle interno (Corregedoria Interna).
Penso que uma ótima medida para começar a reverter o problema passa pela fixação da Polícia Civil na sua missão constitucional, ou seja, a investigação. Os efetivos da Polícia Civil só deveriam atuar nas ruas para realizar as investigações criminais e preferencialmente sem a ostensividade dos uniformes e viaturas que usam atualmente.
Basta de polícia investigativa realizando operações "militares" em comunidade carentes e operações de trânsito.
Policial Civil deve trabalhar como no seriado CSI e não como se estivesse em um filme do Rambo.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
4 comentários:
Infelizmente esse governo prende a banda boa e elogia a banda podre.
Se a Federal apertar o cara vai entregar geral, ele não vai aguentar segurar essa sozinho.
É escândalo pra todo lado:
Segurança, saúde, educação, etc.
Apenas o sócio e aprendiz do Petralha/apedeuta, afilhado da "Múmia Maranhense" e filho bastardo do Gepêto, continua intocável.
Até quando os Cidadãos de bem do RJ, serão AFRONTADOS e ESCULACHADOS.
FORÇAS ARMADAS (FEDERAIS), CADÊ VOCÊS!!
COncordo em GÊnero número é grau,qto ao fim da ostensividade da PC assim como defendo o FIM da p2 a não ser que seja para investigar crime militar o que nunca acontece. Ou seja fica uma policia tentando fazer a que a outra é que deve fazer e acaba que ninguem faz nada direito!
Grato pelos comentários.
Efetivamente, a P/2 precisa ser redirecionada.
Juntos Somos Fortes!
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