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Falta de planejamento fez chuva no Brasil matar mais que na Austrália, diz especialista da ONU
Para Margareta Wahlström, Brasil deve tomar medidas básicas como monitorar áreas de risco e montar um sistema de alerta
Falta de planejamento fez chuva no Brasil matar mais que na Austrália, diz especialista da ONU
Para Margareta Wahlström, Brasil deve tomar medidas básicas como monitorar áreas de risco e montar um sistema de alerta
A falta de "comunicação" e de um plano de emergência fez com que as fortes chuvas na região serrana do Rio resultassem em uma tragédia maior do que a ocorrida em Queensland, na Austrália, também submersa recentemente pelas águas. A opinião é de Margareta Wahlström, subsecretária-geral da ONU para a Redução de Riscos de Desastres.
"Por causa da ocorrência de ciclones, a Austrália já tinha começado a se preparar para o imprevisível. As autoridades sabem como evacuar as áreas e a população escuta as orientações pelo rádio", explicou à BBC Brasil.
No país da Oceania, inundações em três quartos do Estado de Queensland haviam provocado 15 mortes até a última quinta-feira. Na serra fluminense, o saldo de mortos passou de 400 na tarde do mesmo dia.
Para Wahlström, o Brasil poderia ter evitado mortes se tivesse planos de emergência eficazes. Ela cita como exemplo iniciativas de outros países em desenvolvimento, como a Indonésia, que "apesar de ser uma nação pobre, têm planos de evacuação diante de ameaças de terremoto e de erupção de vulcão, por exemplo". "São iniciativas que salvam vidas", diz ela.
Monitorar as áreas de risco e montar um sistema de alerta - com a designação de um líder para orientar a população e a criação de abrigos pré-definidos para receber moradores - são medidas consideradas básicas por Wahlström para evitar mortes como as ocorridas em Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo.
"As pessoas precisam saber para onde ir e como ir, qual seria o caminho mais seguro. Uma solução comum são centros comunitários preparados para receber a população", afirmou à BBC Brasil.
Wahlström tem mais de 25 anos de experiência em gestão de catástrofes e coordenou pelas Nações Unidas a assistência às comunidades atingidas pelo tsunami de 2004 na Ásia.
Em 2010, viu de perto no Rio de Janeiro as consequências da chuva no início do ano. No mês passado, esteve em Queensland, no local que está sendo assolado pelas enchentes.
"No Brasil, ainda há muito a ser feito em termos de planejamento urbano. Os governos têm que trabalhar com a população e realmente proibir construções em áreas de risco. Muitas regulamentações existem, o problema é que nem sempre são cumpridas", disse a subsubsecretária-geral da ONU para a Redução de Riscos de Desastres.
Segundo Wahlström, os desastres naturais nos últimos 10 anos provocaram prejuízos de quase US$ 1 trilhão na economia global. São perdas que poderiam ser em grande parte evitadas.
Um estudo citado pela representante da ONU aponta que, para cada US$ 1 investido em prevenção, é possível economizar pelo menos US$ 7 em resgates e reconstrução. "Não é necessário sofrer assim. Há uma escolha (a ser feita), e a escolha é planejar.
"O número de desastres vai continuar crescendo, e todo investimento em planejamento é um bom investimento", opinou.
"Por causa da ocorrência de ciclones, a Austrália já tinha começado a se preparar para o imprevisível. As autoridades sabem como evacuar as áreas e a população escuta as orientações pelo rádio", explicou à BBC Brasil.
No país da Oceania, inundações em três quartos do Estado de Queensland haviam provocado 15 mortes até a última quinta-feira. Na serra fluminense, o saldo de mortos passou de 400 na tarde do mesmo dia.
Para Wahlström, o Brasil poderia ter evitado mortes se tivesse planos de emergência eficazes. Ela cita como exemplo iniciativas de outros países em desenvolvimento, como a Indonésia, que "apesar de ser uma nação pobre, têm planos de evacuação diante de ameaças de terremoto e de erupção de vulcão, por exemplo". "São iniciativas que salvam vidas", diz ela.
Monitorar as áreas de risco e montar um sistema de alerta - com a designação de um líder para orientar a população e a criação de abrigos pré-definidos para receber moradores - são medidas consideradas básicas por Wahlström para evitar mortes como as ocorridas em Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo.
"As pessoas precisam saber para onde ir e como ir, qual seria o caminho mais seguro. Uma solução comum são centros comunitários preparados para receber a população", afirmou à BBC Brasil.
Wahlström tem mais de 25 anos de experiência em gestão de catástrofes e coordenou pelas Nações Unidas a assistência às comunidades atingidas pelo tsunami de 2004 na Ásia.
Em 2010, viu de perto no Rio de Janeiro as consequências da chuva no início do ano. No mês passado, esteve em Queensland, no local que está sendo assolado pelas enchentes.
"No Brasil, ainda há muito a ser feito em termos de planejamento urbano. Os governos têm que trabalhar com a população e realmente proibir construções em áreas de risco. Muitas regulamentações existem, o problema é que nem sempre são cumpridas", disse a subsubsecretária-geral da ONU para a Redução de Riscos de Desastres.
Segundo Wahlström, os desastres naturais nos últimos 10 anos provocaram prejuízos de quase US$ 1 trilhão na economia global. São perdas que poderiam ser em grande parte evitadas.
Um estudo citado pela representante da ONU aponta que, para cada US$ 1 investido em prevenção, é possível economizar pelo menos US$ 7 em resgates e reconstrução. "Não é necessário sofrer assim. Há uma escolha (a ser feita), e a escolha é planejar.
"O número de desastres vai continuar crescendo, e todo investimento em planejamento é um bom investimento", opinou.
COMENTO:
É hora de PUNIR GOVERNANTES, não o Estado ou a chuva, a responsabilidade deve ser PESSOAL.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
É hora de PUNIR GOVERNANTES, não o Estado ou a chuva, a responsabilidade deve ser PESSOAL.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Veja o blog da ongmeam.blogspot.com, fala algo muito parecido.
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