quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CIDADÃO FLUMINENSE, NÃO ESPERE QUE UM FAMILIAR OU UM AMIGO MORRA NESSA CIDADE VIOLENTA PARA IR PROTESTAR NAS RUAS.

SITE G1
Idosa morre ao ser baleada dentro de casa em favela do Rio, diz PM
Neta dela e um homem também foram atingidos.

Criminosos teriam atirado contra carro da polícia que passava pelo local.
Uma mulher de 74 anos morreu depois de ser baleada, nesta quarta-feira (26), dentro de casa em um dos acessos à Favela Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Além dela, a neta de 14 anos, que também estava na casa, foi atingida na perna, e um homem de 30 anos, que passava pelo local, também foi baleado. Segundo a polícia, suspeitos que estavam dentro de um carro roubado teriam atirado contra uma viatura policial que passava pelo local.
De acordo com o comandante, do 14º BPM (Bangu), coronel Djalma Beltrami, os policiais não revidaram e tentaram se refugiar em frente a alguns barracos de madeira que ficam próximos à linha do trem. Ainda segundo Beltrami, os criminosos abandonaram o veículo e fugiram para a favela.
Além do carro, foram apreendidos um carregador, munição e um cinto de guarnição (usado por militares para levar carregador e arma).
Os dois feridos foram levados para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. O homem, atingido de raspão na perna esquerda, fez curativo e foi liberado, segundo a Secretaria estadual de Saúde. A menor, também ferida na perna, fez um curativo e foi liberada.
O caso foi registrado na 34ª DP (Bangu) e encaminhado para a Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
COMENTO:
No ato de domingo, o SOS RIO, falei sobre o fato dos cidadãos do Rio de Janeiro só se mobilizarem contra a violência ou contra a ausência de saúde pública de qualidade, quando um familiar ou um amigo morrem.
Nos últimos anos participei de alguns atos sobre pessoas desaparecidas e pessoas vítimas da violência, mas raramente vi os manifestantes de um movimento comparecerem aos outros, ou seja, cada um protestava pelo seu desaparecido ou morto.
Tais manifestações nunca resolverão o problema da falta de saúde pública e de segurança, pois temos que aprender a agirmos juntos e de forma preventiva, exigindo nossos direitos.
Observem o caso dos milhares de mortos e de desaparecidos da Região Serrana, considerando que nada fizemos para cobrar responsabilidades dos homens públicos com relação aos casos semelhantes que ocorreram em Angra dos Reis, no Morro do Bumba e no Morro dos Prazeres. O resultado foi o que assistimos na Serra e certamente assistiremos em outros lugares, caso ninguém seja preso, novamente.
Ou aprendemos a nos mobilizar, ou continuaremos contando nossos mortos e desaparecidos.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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