quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

RIO: O TSUNAMI DO DESCASO - QUEM AINDA NÃO FOI ENTREVISTADO E ALGUMAS PERGUNTAS QUE AINDA NÃO FORAM FEITAS.

Blindagem, esse é o termo que mais se comenta atualmente com relação à imprensa do Rio de Janeiro.
Governo Sérgio Cabral, o alvo dessa extraordinária blindagem.
O "Ex" diria do alto de sua sabedoria: nunca antes na história desse país um governo teve uma blindagem tão forte por parte da imprensa.
Eu concordaria com ele, finalmente.
Cidadão, nos aprendemos logo no ensino fundamental que existem três poderes: o executivo, o legislativo e o judiciário, harmônicos, mas independentes. Não existe subordinação entre os poderes. Ao longo da vida aprendemos que o ministério público é o fiscal da lei, atuando como um poder muito forte e que a imprensa é o maior dos poderes, considerando que forma a opinião pública.
A imprensa não tem "chefe", mas tem líderes de audiência, os três poderes e o ministério público sim.
No âmbito estadual temos:
- Executivo = governador.
- Legislativo = presidente da Assembléia Legislativa.
- Judiciário = presidente do Tribunal de Justiça.
- Ministério Público = procurador geral de justiça.
Dito isso:
- Por que a imprensa não faz perguntas sobre quais investigações já foram iniciadas até agora para apurar responsabilidades dos governantes (governador, prefeitos, secretários estaduais e municipais de defesa civil e outros) nos mais de 1.000 mortos, apenas na Região Serrana?
Por que a imprensa não fez perguntas sobre a responsabilidade dos governantes para o procurador geral de justiça, para o presidente da ALERJ e para o presidente do Tribunal de Justiça, maiores autoridades do Rio de Janeiro?
- Por que a imprensa não pergunta sobre a instauração de inquéritos policiais para apurar responsabilidades?
- Por que a imprensa não pergunta sobre a instauração de inquéritos civis públicos para apurar responsabilidades?
- Por que a imprensa não pergunta sobre a instauração de uma CPI?
- Por que a imprensa não pergunta sobre a possibilidade de impeachment do governador e dos prefeitos?
Cidadão, por que?
É hora de entrevistar o presidente do Tribunal de Justiça, o presidente da ALERJ e o procurador geral de justiça, considerando que já está claro que o número de mortes seria menor (muito menor) caso os governantes tivesse agido na direção correta (prevenção).
Salvo melhor juízo, os fortes indícios da omissão dos governantes determinam investigações e punições exemplares, afinal a omissão pode ser causa concorrente para CENTENAS ou MILHARES de mortos.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Alexandre, The Great disse...

Não perguntam porque são parte do processo, do todo. Mas essa é apenas a nossa opinião.

Anônimo disse...

Os "Três Poderes" nunca estiveram tão harmônicos e CONIVENTES, com um deles.