Amanhã, acordarei cedo e seguirei para o ato cívico-democrático exigindo a apuração da responsabilidade pessoal dos governantes nos mais de 1.000 mortos da Região Serrana. Resido na Zona Norte do Rio e o ato será na Zona Sul, portanto preciso sair com a necessária antecedência para chegar antes das 10:00 horas, no local da concentração: o canal do Jardim de Alah (Ipanema-Leblon). Tenho muito que conversar com os organizadores, inclusive sobre os procedimentos que pretendem desenvolver junto ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Além disso, tenho que arrumar os Soldados FOME (PM) e MISÉRIA (BM) para o evento.
Tais verdades explicam a minha saudação “boa noite”, pois estou antecipando alguns dos artigos que postaria amanhã, assim sendo, não teremos o “prezados leitores, bom dia!”.
O ato desse domingo poderá ser um marco na luta pela redemocratização do Brasil, considerando que temos assistindo na verdade uma troca de regimes de força, integrados por governantes com todo poder, inclusive com relação à formação da opinião pública através da mídia. Antes eram as fardas que mandavam, agora são ternos ricamente recortados, mas que agem muitas vezes com um autoritarismo que transformaria o mais rígido militar em um aluno do normal.
No Rio, o governo fazia o que queria, escrevo fazia considerando que tudo indica que a tragédia da Região Serrana será um divisor de águas, um freio nessa direção ditatorial, pois nem toda blindagem da mídia está conseguindo salvar o governo.
Isso ficou claro na luta dos Coronéis Barbonos pela cidadania da tropa da Polícia Militar, acuado o governo Sérgio Cabral não apenas exonerou os Coronéis de Polícia e os manteve sem função (sem comando de tropa) na Diretoria Geral de Pessoal, situação essa conhecida como “geladeira”, mas também interrompeu de forma traumática as suas carreiras.
O governo com o apoio da ALERJ, alterou o estatuto da Polícia Militar, reduzindo de seis para quatro anos o tempo de permanência dos Coronéis no serviço ativo, ou seja, criou uma nova regra e a aplicou em nós, que já éramos Coronéis, algo impensável em um estado democrático de direito.
Obviamente, governantes só agem dessa forma em regimes de força, como acontece no Rio, onde a força está no poder da mídia manipular a opinião pública.
Cito outro exemplo claro: as UPPs.
A mídia fluminense só comentou (e timidamente) um fato gravíssimo relacionado com as UPPs, após Cabral ter sido reeleito, a imprensa omitiu uma informação importantíssima para a formação da opinião do povo sobre as UPPs, a respeito da qual tinha evidente conhecimento.
O governo para implantar as UPPs, optou por remanejar os traficantes de drogas de comunidades que considerava mais importantes, para outras regiões do estado, sem tentar prendê-los e avisando com antecedência suficiente que permitisse a saída deles em segurança. Isso ocorreu mais de dez vezes e a mídia nunca denunciou, ao contrário, alguns órgãos chegavam a enaltecer a inexistência dos confrontos como mais um fator positivo.
Em qualquer lugar do mundo civilizado, isso custaria a cabeça do governante e de todos os assessores da área da segurança pública, um povo civilizado nunca aceitaria essa transferência de criminosos e suas armas de guerra.
Como escrevi em artigo anterior, o governo Sérgio Cabral instalou treze UPPs, retomou a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, mas não prendeu nenhum dos ditos “chefões” do tráfico.
Escrito isso ratifico a minha indicação para que assistam o documentário “Além do Cidadão Kane” (vídeo). Ele é longo, dura uma hora e trinta minutos, mas é muito importante para que possamos agregar ferramentas para entender as relações mídia-governo. No documentário existem duras críticas aos governos militares, o que pode desagradar alguns, mas contém informações muito interessantes sobre as Organizações Globo.
Tenho certeza que os que assistirem irão entender muito bem os motivos que fazem com que o governo Sérgio Cabral interesse a parte considerável da mídia fluminense.
Bom divertimento.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Tais verdades explicam a minha saudação “boa noite”, pois estou antecipando alguns dos artigos que postaria amanhã, assim sendo, não teremos o “prezados leitores, bom dia!”.
O ato desse domingo poderá ser um marco na luta pela redemocratização do Brasil, considerando que temos assistindo na verdade uma troca de regimes de força, integrados por governantes com todo poder, inclusive com relação à formação da opinião pública através da mídia. Antes eram as fardas que mandavam, agora são ternos ricamente recortados, mas que agem muitas vezes com um autoritarismo que transformaria o mais rígido militar em um aluno do normal.
No Rio, o governo fazia o que queria, escrevo fazia considerando que tudo indica que a tragédia da Região Serrana será um divisor de águas, um freio nessa direção ditatorial, pois nem toda blindagem da mídia está conseguindo salvar o governo.
Isso ficou claro na luta dos Coronéis Barbonos pela cidadania da tropa da Polícia Militar, acuado o governo Sérgio Cabral não apenas exonerou os Coronéis de Polícia e os manteve sem função (sem comando de tropa) na Diretoria Geral de Pessoal, situação essa conhecida como “geladeira”, mas também interrompeu de forma traumática as suas carreiras.
O governo com o apoio da ALERJ, alterou o estatuto da Polícia Militar, reduzindo de seis para quatro anos o tempo de permanência dos Coronéis no serviço ativo, ou seja, criou uma nova regra e a aplicou em nós, que já éramos Coronéis, algo impensável em um estado democrático de direito.
Obviamente, governantes só agem dessa forma em regimes de força, como acontece no Rio, onde a força está no poder da mídia manipular a opinião pública.
Cito outro exemplo claro: as UPPs.
A mídia fluminense só comentou (e timidamente) um fato gravíssimo relacionado com as UPPs, após Cabral ter sido reeleito, a imprensa omitiu uma informação importantíssima para a formação da opinião do povo sobre as UPPs, a respeito da qual tinha evidente conhecimento.
O governo para implantar as UPPs, optou por remanejar os traficantes de drogas de comunidades que considerava mais importantes, para outras regiões do estado, sem tentar prendê-los e avisando com antecedência suficiente que permitisse a saída deles em segurança. Isso ocorreu mais de dez vezes e a mídia nunca denunciou, ao contrário, alguns órgãos chegavam a enaltecer a inexistência dos confrontos como mais um fator positivo.
Em qualquer lugar do mundo civilizado, isso custaria a cabeça do governante e de todos os assessores da área da segurança pública, um povo civilizado nunca aceitaria essa transferência de criminosos e suas armas de guerra.
Como escrevi em artigo anterior, o governo Sérgio Cabral instalou treze UPPs, retomou a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, mas não prendeu nenhum dos ditos “chefões” do tráfico.
Escrito isso ratifico a minha indicação para que assistam o documentário “Além do Cidadão Kane” (vídeo). Ele é longo, dura uma hora e trinta minutos, mas é muito importante para que possamos agregar ferramentas para entender as relações mídia-governo. No documentário existem duras críticas aos governos militares, o que pode desagradar alguns, mas contém informações muito interessantes sobre as Organizações Globo.
Tenho certeza que os que assistirem irão entender muito bem os motivos que fazem com que o governo Sérgio Cabral interesse a parte considerável da mídia fluminense.
Bom divertimento.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Nenhum comentário:
Postar um comentário