João Pequeno
Direto do Rio de Janeiro
O candidato do Partido Verde ao governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, afirmou nesta terça-feira (27) que denúcias de irregularidades na Secretaria de Saúde de Sérgio Cabral - postulante à reeleição pelo PMDB - são mais graves que o caso de Joaquim Roriz (PSC), líder nas pesquisas no Distrito Federal, ameaçado de indeferimento pela Lei Ficha Limpa por renunciar ao mandato de senador em 2007 para evitar uma cassação.
Segundo Gabeira, o ex-senador Roriz "pode perder a candidatura por muito menos" que Cabral, cuja Secretaria de Saúde e Defesa Civil é investigada pelo Ministério Público por suspeita de irregularidades na compra de medicamentos e material de hospitais e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). "O caso dele (Cabral) é de remédio sem licitação, não apenas má gestão na Saúde, como denúncias de corrupção", acrescentou o candidato do PV.
O Ministério Público abriu inquérito no dia 13 de julho para apurar por que, em 2009, o Estado do Rio gastou R$ 81 milhões com compras deste tipo sem licitação. A cifra corresponde a 13,7% do total de R$ 500 milhões que o governo fluminense comprou de remédios e material hospitalar no ano passado, bem mais do que Paraná (5%), Pernambuco (2%) e Rio Grande do Sul - nenhuma, desde 2007.
Além disso, a Barrier Service, empresa campeã em vendas sem licitação para a Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio, com R$ 17 milhões em 2009, é investigada em outro inquérito pelo Ministério Público, desde 2008, por movimentação financeira atípica e suspeita de lavagem de dinheiro.
A Barrier é controlada pela offshore Sommar Investiments, que possui 99,9% de suas ações e tem sede declarada no Estado americano de Delaware, considerado um paraíso fiscal. Há duas semanas, uma equipe da Rede Globo foi ao endereço apresentado pela Sommar nos contratos e constatou que lá funcionava outra empresa, sem nenhuma relação.
Reportagens da emissora mostraram que o procurador da firma no Brasil, a despeito de sua movimentação milionária, vive em um apartamento modesto num conjunto habitacional em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
O pacote de gaze vendido pela Barrier ao governo do Rio em 2008 saiu por R$ 0,59 - mais caro que o preço nas farmácias. Para se ter uma ideia, em 2009, a Prefeitura de São Paulo pagou R$ 0,29 pelo mesmo produto a outra empresa.
"A empresa fica nos Estados Unidos e no endereço no Brasil não tem nada. Curiosamente, Sommar parece 'Somando Forças' (slogan do governo Cabral)", alfinetou Gabeira.
MP já investigava Secretaria de Saúde do Rio por licitação suspeita
O Ministério Público também investiga, desde maio, outra suspeita de formação de cartel e superfaturamento na licitação realizada em maio de 2009 para locação e manutenção de 111 ambulâncias de combate à dengue. A empresa vencedora, Toesa, ofereceu o serviço por R$ 4,89 milhões.
Dividido, o valor unitário pago mensalmente por cada ambulância foi de R$ 44,8 mil, mais alto que o preço de mercado pela compra do veículo, 0 km, de R$ 34,5 mil, em média (...).
A candidatura de Sérgio Cabral (PMDB) corre risco de ser impugnada.Segundo Gabeira, o ex-senador Roriz "pode perder a candidatura por muito menos" que Cabral, cuja Secretaria de Saúde e Defesa Civil é investigada pelo Ministério Público por suspeita de irregularidades na compra de medicamentos e material de hospitais e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). "O caso dele (Cabral) é de remédio sem licitação, não apenas má gestão na Saúde, como denúncias de corrupção", acrescentou o candidato do PV.
O Ministério Público abriu inquérito no dia 13 de julho para apurar por que, em 2009, o Estado do Rio gastou R$ 81 milhões com compras deste tipo sem licitação. A cifra corresponde a 13,7% do total de R$ 500 milhões que o governo fluminense comprou de remédios e material hospitalar no ano passado, bem mais do que Paraná (5%), Pernambuco (2%) e Rio Grande do Sul - nenhuma, desde 2007.
Além disso, a Barrier Service, empresa campeã em vendas sem licitação para a Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio, com R$ 17 milhões em 2009, é investigada em outro inquérito pelo Ministério Público, desde 2008, por movimentação financeira atípica e suspeita de lavagem de dinheiro.
A Barrier é controlada pela offshore Sommar Investiments, que possui 99,9% de suas ações e tem sede declarada no Estado americano de Delaware, considerado um paraíso fiscal. Há duas semanas, uma equipe da Rede Globo foi ao endereço apresentado pela Sommar nos contratos e constatou que lá funcionava outra empresa, sem nenhuma relação.
Reportagens da emissora mostraram que o procurador da firma no Brasil, a despeito de sua movimentação milionária, vive em um apartamento modesto num conjunto habitacional em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
O pacote de gaze vendido pela Barrier ao governo do Rio em 2008 saiu por R$ 0,59 - mais caro que o preço nas farmácias. Para se ter uma ideia, em 2009, a Prefeitura de São Paulo pagou R$ 0,29 pelo mesmo produto a outra empresa.
"A empresa fica nos Estados Unidos e no endereço no Brasil não tem nada. Curiosamente, Sommar parece 'Somando Forças' (slogan do governo Cabral)", alfinetou Gabeira.
MP já investigava Secretaria de Saúde do Rio por licitação suspeita
O Ministério Público também investiga, desde maio, outra suspeita de formação de cartel e superfaturamento na licitação realizada em maio de 2009 para locação e manutenção de 111 ambulâncias de combate à dengue. A empresa vencedora, Toesa, ofereceu o serviço por R$ 4,89 milhões.
Dividido, o valor unitário pago mensalmente por cada ambulância foi de R$ 44,8 mil, mais alto que o preço de mercado pela compra do veículo, 0 km, de R$ 34,5 mil, em média (...).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
amem!!!!!!
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