sábado, 24 de outubro de 2009

A VERDADE A RESPEITO DA EXONERAÇÃO DO RELAÇÕES PÚBLICAS DA POLÍCIA MILITAR.

Eu tenho escrito a respeito do perigo da visão focal, aquela direcionada para apenas uma parte dos acontecimentos e que normalmente nos conduz a opiniões erradas.
Caro leitor, nos podemos agir assim por nossa própria conta ou podemos ser dirigidos para esse abismo por outra pessoa, culposa ou dolosamente.
Infelizmente, nos últimos dias parte da mídia fluminense tenta nos conduzir para essa visão acanhada, parcial e distorcida.
No Rio de Janeiro ocorreram três fatos de extrema gravidade em um curtíssimo espaço de tempo:
1) O pouso forçado de um helicóptero da Polícia Militar em chamas que acarretou a morte de três Policiais Militares.
2) A desastrada reação do governo estadual provocando uma série de tiroteios pela cidade dia após dia, gerando dezenas de mortos e várias vítimas inocentes de balas perdidas.
3) As gravíssimas acusações contra um Capitão e um Cabo da Polícia Militar do 13o BPM.
Qual o mais grave na sua opinião?
Certamente, surgirão respostas diversas para essa pergunta, porém parte da mídia está se esforçando muito para que o fato 3 seja o de maior importância.
O fato do governo estadual ter colocado seis Policiais Militares em um helicóptero não blindado e sem os uniformes antichamas praticamente não foi citado, apesar de três terem morrido em face das chamas, pois o helicóptero não explodiu.
Os tiroteios alucinados e provocados pelo governo estão sendo tratados como uma reação normal na caça aos criminosos que derrubaram o helicóptero, o que só conseguiram em razão da aeronave não ser blindada, ou seja, por culpa do governo, mas isso não importa.
Apesar da gravidade desses fatos que resultaram em dezenas de mortes, o caso do 13o BPM está sendo usado como o contraponto governamental.
Se não bastasse a gravidade desse caso, para por mais peso desse lado da balança, Cabral exonera o Major Oderlei, Assessor de Imprensa da PMERJ, que foi apenas técnico na sua entrevista.
É preciso apagar o helicóptero não blindado e a falta dos uniformes antichamas que mataram os três heróis do GAM da memória da população, vamos por mais lenha no caso do 13o BPM, cortem a cabeça do Major e coloquem em rede nacional.
Ordem dada, ordem executada.
Lá foi a cabeça do Major para o horário nobre.
Oderlei disse que era um desvio de conduta com absoluta razão.
Na Polícia Militar denominamos desvio de conduta a prática de crimes ou de transgressões da disciplina.
A expressão é técnica e o Assessor de Imprensa deve ser técnico, inclusive não pode emitir opinião sobre a culpabilidade ou não dos Policiais Militares.
Oderlei não defendeu, ele não é burro de defender alguém contra imagens tão fortes, porém não pode condenar, aliás ninguém pode, nem o todo poderoso Sérgio Cabral, embora ele não saiba.
Cidadão, não permita que o façam de BURRO.
O caso dos Policiais Militares será investigado e os que tiverem que ser responsabilzados serão responsabilizados, agora o descaso do governo estadual com a vida dos Policiais Militares é extremamente grave e deve ser apurado com identificação e responsabilização de todos que contribuiram para que seis heróis fossem expostos de forma tão cruel, resultando na morte de três deles.
Cidadão, imagine a agonia e a dor de morrem consumido pelas chamas.
Não se deixe enganar, leia a reportagem na qual o piloto da aeronave deixa claro a responsabilidade do governo estadual.
O GLOBO:
Capitão diz que, após ser atingido por traficantes do Morro dos Macacos, queda do helicóptero durou 90 segundos.
Taís Mendes.
RIO - O capitão Marcelo Vaz, comandante da aeronave que foi abatida no sábado por traficantes em Vila Isabel, deu uma entrevista a jornalistas agora há pouco no auditório do Grupamente Aeromarítimo da Polícia Militar de Niterói, onde será realizada uma missa de sétimo dia pelos três policiais que morreram na queda da aeronave. Ele contou que, entre a aeronave ser atingida e a queda no campo de futebol, passaram-se apenas 90 segundos.
Marcelo Vaz relatou que sentiu o impacto do tiro no helicóptero e, logo em seguida, os gritos da tripulação de que havia fogo e policiais atingidos. De acordo com o capitão, nesse momento, ele abstraiu a situação de perigo e se concentrou apenas no pouso.
" Era a minha equipe, eu era o comandante "
O capitão afirmou que a aeronave não bateu e nem explodiu, que ele conseguiu pousar, mas era muito fogo, e isso consumiu o aparelho. O piloto disse que já falou com os parentes dos companheiros que morreram no acidente e pediu desculpas.
Indagado se se sente culpado pelo ocorrido, disse apenas:
- Era a minha equipe, eu era o comandante.
O piloto tem 38 anos e seis anos como piloto. Hoje, ele voou de helicóptero pela primeira vez após o acidente, e disse que não sentiu medo, mas um pouco de desconforto.
Eu já comuniquei o fato ao Ministério Público da Tutela Coletiva e da Cidadania.
Na próxima semana irei comunicar ao Ministério Público da AJMERJ e a Comissão de Direitos Humanos da ALERJ.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

5 comentários:

CHRISTINA ANTUNES FREITAS disse...

Sr.Cel.Paúl:

Fico imaginando qual o tipo de Relações Públicas pretendem que a PMERJ tenha?

O Major sempre emitiu notas bem técnicas, sendo uma pessoa gentil sem ser "engraçadinho" e sério sem ser antipático.
O que o Executivo não entendeu, foi que o Major estava simplesmente realizando seu trabalho como Oficial da PMERJ.

Dizem que quando Elvis Presley morreu, uns dias antes, passava suas horas, dando tiros em televisores que ficavam ligados, um ao lado do outro. Eram tiros em série.

Os aparelhos de televisão, não falavam o que Elvis queria ouvir, ou mostravam um Elvis completamente inchado pela bebida,bem diferente daquele que fez sucesso um dia. Então não gostando do que ouvia e da imagem que via, atirava nos televisores.
Era uma Patologia de nome complicado...

Pois é...
Acho que o Executivo de nosso Estado, deveria ficar atento, pois um dia ainda se distrai, e acaba se demitindo...
Pá Pum na Televisão!

Ai,ai,ai...Deus é bom, mas por vezes demora prá ser justo!

(Desculpe-me Senhor, mas por vezes, mesmo sem ter saco...ando com ele cheio!)

Abraços,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS

Rose Mary M. Prado disse...

O triste, o revoltante, é saber que passados umas semanas o cabo e os soldados vão acabar virando estatística, em um nítido caso de descaso do governo estadual em simplesmente PERMITIR que os policiais fossem para uma área de risco em uma aeronave sem blindagem e sem as roupas adequadas.
Quanto ao major Oderlei eu também achei que ele foi somente técnico, mas o que não "entra na minha cabeça" é pensar em como dois policiais (até chamá-los assim é um desreipeito total com a corporação)podem ter sido mais desumanos com uma vítima inocente do que com os bandidos, visto que mesmo trocando tiro entre si em qualquer operação em morros, os policiais mesmo assim, caso haja algum criminoso atingido, acabam o carregando para o hospital. E aqueles dois acabaram deixando a vítima agonizando no chão... Será que o rapaz não poderia estar vivo? Será?
Expulsão e cadeia para eles é o que se espera!

Anônimo disse...

Consta nos arquivos da Wikipédia:



Sérgio Cabral Filho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Durante seu mandato como presidente da ALERJ, nomeou para seu gabinete, a esposa do fiscal do governo do estado Silvana Dionízio Silveirinha Corrêa, que ficou conhecido por Silveirinha.[5][6] Rodrigo Silveirinha Corrêa, suspeito de comandar um esquema de corrupção na Secretaria de Estado da Fazenda no governo Garotinho, conhecido como Propinoduto. [7][8] Porém, a contratação de Silvana durou apenas um dia, e o próprio voltou atrás, afirmando ter sido um erro de seus funcionários.[9][10]

Em 1998, o então deputado Sérgio Cabral foi denunciado pelo então governador Marcelo Alencar, junto ao Ministério Público Estadual, por improbidade administrativa (adquirir bens, no exercício do mandato, incompatíveis com o patrimônio ou a renda do agente público) cometida na compra de uma mansão no condomínio Portobello em Angra dos Reis. Posteriormente, essa investigação foi arquivada pelo subprocurador-geral de Justiça Elio Fischberg, em 1999.[11][12] Em 1998, tinha declarado como patrimônio de R$ 827,8 mil.[13]

Cabral foi citado pelo então deputado federal André Luiz (PMDB –RJ), cassado por tentar extorquir R$ 4 milhões do empresário de jogos Carlinhos Cachoeira para tirar seu nome da CPI da LOTERJ.[14] André disse a seguinte frase: Nós formamos um grupo só, Sérgio Cabral, Picciani, eu, Calazans e Paulo Melo. As gravações publicadas pela revista Veja, foram confirmadas pelo perito Ricardo Molina..[15][16][17] Depois, Cabral repudiou a menção de seu nome por André Luiz.[18][19]

Sérgio Cabral Filho, em 2004, fez um requerimento pedindo voto de aplauso do Senado ao Superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, José Milton Rodrigues[20] e ao Delegado Regional Executivo, Roberto Prel,[20] pelo sucesso das operações da polícia federal no Estado do Rio de Janeiro. Roberto Prel era dado por muitos como certo para ser Secretário de Segurança em um eventual governo Sérgio Cabral. Mais tarde, as duas indicações de Cabral, foram presos pela operação denominada Operação Cerol, acusados de cobrar propina para proteger sonegadores de impostos. [21][22] Em 2006 um levantamento da mesa diretora do Senado, mostrou que Cabral havia faltado a um terço das votações desde 2003, num total de 178 faltas.[23][24][25]

Até setembro de 2007, a média era de 1 a cada 5 dias fora do Brasil,[25] totalizando uma ausência de 62 dias neste ano, sendo duas semanas de férias, na França e na ilhas Saint-Barth, no Caribe. No mês de abril chegou a permanecer mais tempo fora do país do que no Rio de Janeiro, Estado que governa. Foi também no mês de junho do mesmo ano, convidado pelo presidente Lula a reabertura do estádio de Wembley, na Inglaterra. No final do seu primeiro ano de governo Sérgio Cabral Filho contabilizou 17% do ano no exterior, ou um a cada 6,2 dias. [26]



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Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentários.
Concordo.

Anônimo disse...

Vamos fazer uma vaquinha para pagar um curso de introdução ao Direito Constitucional ao nosso Governador! Mas tem que ser introdutório, nada muito avançado! Pois como todos sabem, esfíncter intestinal (equipamento pensante dos adeptos da politicalha), costuma ter sua capacidade racional (e produtiva) bem reduzida!

Sargento realmente de polícia!