sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CORONEL PAÚL - ENTREVISTA AO JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO.
Em 22 anos, só 10 oficiais foram expulsos da PM.
Pedro Dantas, RIO
"A punição para o capitão da Polícia Militar acusado de omissão de socorro no latrocínio de Evandro João da Silva, coordenador do AfroReggae, pode levar anos. A comprovação das demais suspeitas, como receptação e liberação dos assassinos, também exigirá esforço da perícia do Centro de Criminalística da Polícia Militar. A avaliação é do ex-corregedor da Polícia Militar, coronel Paulo Ricardo Paúl.
Segundo ele, desde 1987, apenas dez oficiais foram excluídos da corporação.
"O processo de expulsão dos oficiais demora anos. Caso opte pela punição, o Conselho de Justificação da PM vota se o oficial deve ser excluído, reformado ou reintegrado. Em caso de exclusão, a punição é enviada para o secretário de Segurança Pública. Se o secretário mantiver o expurgo, o caso vai para o Tribunal de Justiça do Estado e ainda caberá recurso", revelou Paúl.
Em sua gestão na Corregedoria, a partir de março de 2005, ele excluiu mais de 500 praças e enviou "dezenas de oficiais" para o Conselho de Justificação, mas os processos contra os oficiais não foram concluídos antes de Paúl deixar o cargo, em janeiro de 2008.
As expulsões de soldados, cabos e sargentos são rápidas e aos borbotões. A cada dois dias, um é expurgado da corporação. Foram 1.716 policiais excluídos entre 1999 e 2009, segundo a Corregedoria da PM.
PROVAS FRÁGEIS.
O ex-corregedor diz que o caso do coordenador do AfroReggae causou comoção, mas ressalta que as provas contra os policiais são frágeis. Nos depoimentos, o capitão Dennys Leonard Nogueira Bizarro, sentado no banco do carona, disse não ter visto Evandro. O cabo Marcos de Oliveira Sales, que dirigia o carro e passou ao lado do corpo, também alegou não ter visto a vítima. Os dois disseram que após a liberação dos dois suspeitos - agora identificados e presos - jogaram a jaqueta e o par de tênis roubados em uma lixeira.
"É muito grave colocar os pertences na viatura e não apresentar na delegacia, mas essa é a única infração clara no vídeo", avaliou Paúl. Ele aponta que apenas uma perícia pode provar que eles viram a vítima.
"Eles podem ter confundido com um morador de rua, pois essa população é numerosa no centro do Rio. A velocidade da viatura e os horários das câmeras podem definir ainda se eles ouviram ou não o tiro antes da ocorrência. Até o momento, a defesa deles pode ser sustentada", afirmou o ex-corregedor".
Agradeço a oportunidade.
Obviamente, o espaço da matéria não permite a transcrição de tudo o que comentamos.
Eu disse que apenas uma reconstituição dos fatos poderá estabeler a mecânica dos fatos, principalmente no que diz respeito às distâncias e aos horários de cada fato apresentado nas imagens apresentadas.
Comentei sobre a "perda" da pressunção de inocência dos Policiais Militares e que no judiciário existe a possibilidade de vários recursos.
E no tocante ao número de Oficiais demitidos eu solicitei que fosse ouvida a Polícia Militar, pois o número poderia ser menor que o estimado.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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