O título desse artigo significa o modo de pensar do organizador desse espaço democrático no tocante ao modo de agir e de pensar que deve nortear as ações dos Coronéis de Polícia.
Um Oficial ao atingir o último posto de sua corporação militar passa a representar diretamente a própria instituição, assim sendo, pensar apenas em si e olhar apenas ao seu redor constituem erros grosseiros que o afastam de todo o simbolismo do posto.
Para exemplificar cito a diferença entre SER e ESTAR.
Muitos apenas ESTÃO Coronéis, ou seja, chegaram ao último posto após uma busca frenética desse objetivo, não agindo na direção dos interesses da Polícia Militar, mas sim agindo na direção dos interesses políticos, via de regra, catalisadores da própria promoção.
Eles não conseguem SER Coronéis, não conseguem pensar voltados para os interesses de todos os integrantes da corporação, só pensam nos seus interesses e dos seus "parceiros".
Para o melhor entendimento, cito um exemplo concreto:
A semelhança do que ocorre hoje no Espírito Santo foi lançado no Rio de Janeiro um livro que desmoralizou a Polícia Militar, com o sugestivo título de Tropa de Elite.
Eu era o Corregedor Interno, comprei o livro, li e resolvi instaurar um Inquérito Policial Militar, considerando que o livro narrava incontáveis crimes militares, sob a cortina de "que eram fatos reais, alterados por vertiginosas ficções".
O que era então real no livro?
Os crimes?
E como dois autores são Policiais Militares, nada mais lógico do que ouvi-los sobre os crimes narrados, para esclarecer o que era real e onde começavam as ficções.
A idéia sofreu forte resistência política interna corporis pois alguns alegavam que o livro elevava o BOPE, sendo "positivo" para a Polícia Militar. Eu nunca concordei com isso, tratei do assunto com o comandante geral - Coronel de Polícia Hudson -, que não queria a instauração, mas pelo menos o convenci no sentido de encaminharmos uma consulta ao Ministério Público da AJMERJ, que argumentou que era apenas uma obra de ficção, não concordando com a instauração do IPM.
Nesse espaço democrático você poderá ler artigos sobre esse tema.
Pouco tempo depois, o livro virou filme, humilhando completamente a Polícia Militar.
Eu escrevi artigos que foram transformados em polêmicas por parte da imprensa.
Resolvi participar de uma ação dos Oficiais do BOPE contra a exibição do filme, creio que sou o único autor da ação não bopeano, por assim dizer.
O tempo passa e surgem denúncias que atores participaram de treinamentos do BOPE, o comando do BOPE instaura uma Averiguação que ao final exige a instauração de IPM, o que é feito pela Corregedoria Interna.
Nova polêmica, parte da mídia publica que eu tinha intimado o diretor do filme para depor, quando na época o interesse governamental era fritar o líder dos Coronéis Barbonos.
Na época, sobrevivi.
Relato tudo isso para demonstrar o meu total apoio aos Coronéis do Espírito Santo.
Não conheço pessoalmente nenhum deles, porém estão agindo em conformidade com os interesses da PMES.
Isso é mínimo que esperamos de Coronéis de Polícia!
GAZETA ONLINE.
Treze coronéis da PM colocam seus cargos à disposição
31/10/2009 - 00h31 (Claudia Feliz - Da Redação Multimídia) Treze coronéis da Polícia Militar colocaram, nesta sexta-feira (30), seus cargos de direção na instituição à disposição do comandante, coronel Oberacy Emmerich. Como tem feito desde que os coronéis tornaram pública sua insatisfação com o conteúdo do livro "Espírito Santo", escrito pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Rodney Miranda, em parceria com o juiz Carlos Eduardo Lemos e o antropólogo Luiz Eduardo Soares, o Governo do Estado preferiu não se manifestar sobre o assunto.
O estopim da posição adotada ontem pelos coronéis foi a nomeação do porta-voz do grupo, coronel Renato Duguay, para um cargo de confiança na Secretaria de Segurança. Duguay foi removido da Diretoria de Informática da PM para ocupar a nova função de assessoramento técnico. A secretaria não informou qual seria sua missão, mas disse que ele ficaria sob ordens diretas de Rodney Miranda. O problema é que, em nota, os coronéis já haviam declarado que "não há clima" para trabalhar com o secretário.
"Não há possibilidade de sermos comandados por alguém que além de vitimar, de modo infiel, a dignidade de todos nós, não consegue frear a criminalidade que assola o cidadão capixaba", diz um trecho da nota.
Ontem, reunido com o comandante-geral da PM, o alto comando, segundo Duguay, entregou seus cargos de direção de unidades na instituição, que ainda de acordo com o militar só podem ser ocupados por pessoas da mesma patente. Como o Estado tem 19 coronéis na ativa, e 14 assinaram a nota contrária a Rodney Miranda, a entrega dos cargos cria mais um problema para o governo.
Nem o comandante da PM, nem o secretário Rodney e nem o governador Paulo Hartung manifestaram-se sobre o assunto. À noite, uma informação não confirmada pelo governo dava conta de que Hartung havia se reunido com os coronéis.
Segundo o coronel Duguay, embora tenham colocado seus cargos à disposição, os militares continuam trabalhando. "Honramos nossa farda. O livro manchou a honra de todos nós, de soldados a coronéis. A entrega dos cargos mostra que não estamos inertes, e que não vai ser agregando um coronel a um cargo na Secretaria que a crise vai ser alterada", disse ele.
Outras associações repudiam livro.
A insatisfação na Polícia Militar do Espírito Santo não envolve apenas coronéis.
Ontem, representantes de cinco associações - oficiais; cabos e soldados; subtenentes e sargentos; policiais militares da reserva, da ativa e pensionistas; e Associação de Defesa dos Direitos Humanos e Constitucionais dos Policiais Militares - emitiram uma nota na qual repudiam e tacham de "chulo e mentiroso" o livro "Espírito Santo", que alegam atacar a Polícia Militar e a integridade moral de todos, de soldado a coronel. Também alegam que o coronel Renato Duguay "não pode ser castigado por ser defensor dos sentimentos de todos os policiais militares", a ele solidários.
Entenda a crise - Origem.
O livro "Espírito Santo", que narra a história do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, executado a tiros em 2003, quando investigava as ações do crime organizado no Espírito Santo, foi o que motivou a "revolta" dos coronéis da Polícia Militar, que ganhou aliados na corporação, entre soldados, cabos, sargentos, tenentes e demais patentes.Atraso. Os militares alegam que o livro, escrito pelo secretário Rodney Miranda, pelo juiz Carlos Eduardo Lemos, e pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares "caluniou, desmereceu e humilhou" toda a corporação. Em um dos trechos da obra, consta, em relação à morte do juiz Alexandre, que "outro (tiro) veio de instituições aliadas do atraso - a Polícia Militar e o Judiciário capixabas".
Pseudônimos.
O livro, de forma romanceada, relata fatos ligados à morte do juiz Alexandre, mas usa pseudônimos - e não nomes verdadeiros - para identificar quem, mesmo acusado, ainda não foi condenado. Pseudônimos. Os homens apontados como mandantes - um coronel da reserva da PM, um juiz e um ex-policial civil - ainda não foram a julgamento. Os três ingressaram com recursos e estão à espera de decisão nos tribunais superiores.Reação. Entre os coronéis da ativa que repudiaram o livro está o corregedor da Polícia Militar, Marcos Aurélio Capita da Silva. Sob a alegação de que a obra o afeta diretamente, ele denunciou os autores por calúnia, injúria e difamação. A denúncia foi feita ao Ministério Público Estadual (MPES). Contra o secretário de Segurança, o corregedor também protocolou uma representação no Conselho Superior de Ética do Estado.
Causa.
As queixas do coronel Capita referem-se a trechos em que as referências feitas ao personagem tenente coronel Áureo Carmelo de Souza da Diretoria de Inteligência da PM (Dint) - nome fictício -, o fizeram se reconhecer nas citações. "Quem não sabe na Polícia Militar quem era o tenente coronel da Dint na época dos fatos?", argumenta ele.
Situação jurídica.
O secretário de Segurança, Rodney Miranda, disse, na época da denúncia, que ninguém com situação jurídica não resolvida no processo teve o nome citado. E o juiz Carlos Lemos deixou claro que o coronel não foi acusado de nada e que, no livro, foram reproduzidas as contradições apresentadas no sumiço de uma arma, com base em documentos da Polícia Civil com depoimentos.
Policial Militar,você imagina uma postura semelhante na PMERJ?Bombeiro Militar, você imagina no CBMERJ?E na PCERJ?JUNTOS SOMOS FORTES!PAULO RICARDO PAÚLCORONEL DE POLÍCIAEx-CORREGEDOR INTERNO