No seu curso de formação todo policial aprende os requisitos para efetuar um disparo de arma de fogo, que podem ser reduzidos a três: a legalidade, a oportunidade e o adestramento.
O adestramento é a sua aptidão para o uso eficiente do armamento que porta, minimizando a possibilidade da ocorrência de erros na execução do disparo de arma de fogo. Isso determina que um policial não deva portar uma arma, para a qual não esteja devidamente adestrado para o emprego.
A legalidade determina em que situação ele pode fazer um disparo amparado pela lei, ou seja, no exercício da legítima defesa própria ou de terceiro(s).
Aprende que mesmo sendo adestrado e estando no exercício da legítima defesa, nem sempre é oportuno efetuar um disparo. Por exemplo, no curso de uma perseguição, o policial não pode efetuar disparos que ponham em risco a vida de transeuntes (vítimas inocentes).
Essa síntese demonstra com clareza que a decisão entre efetuar ou não um disparo de arma de fogo, não é uma tarefa fácil, na verdade, é complexa e necessita de uma perfeita avaliação anterior de todos os fatores que envolvem a ocorrência.
Todavia, apesar dessa complexidade, em muitas oportunidades o policial possui apenas alguns segundos, às vezes, frações de segundos para decidir entre atirar ou não atirar.
Não custa lembrar que essa decisão pode significar a diferença entre a vida e a morte, da vítima, do criminoso e do próprio policial.
A decisão cresce em responsabilidade geometricamente, quando a arma a ser utilizada pelo policial é uma arma de guerra, como os fuzis utilizados no Rio de Janeiro.
Não sendo um especialista em armamento, destaco apenas que os fuzis são armas elaboradas com o objetivo de ferir o maior número possível de inimigos, assim sendo, a sua munição é extremamente veloz e tem um efeito transfixante muito grande, sendo capaz de transfixar vários seres humanos, colocados um atrás do outro, quando o disparo é feito à curta distância.
Diante dessa realidade, podemos afirmar sem medo de errar:
O homem que vai decidir entre efetuar um disparo de arma de fogo ou não, precisa estar capacitado para a ação, fisicamente descansado e mentalmente equilibrado.
Esse homem reúne condições de efetuar um disparo eficiente, oportuno e legal.
Dito isso, vamos agora tratar do homem que aperta o gatilho dos milhares de fuzis utilizados diariamente no Estado do Rio de Janeiro: o Policial Militar e o Policial Civil.
Os policiais estaduais recebem os piores salários do país, a base recebe cerca de R$ 30,00 por dia para arriscar a vida em defesa da sociedade fluminense.
Diante da necessidade de prover o sustento de seus familiares, o policial usa a sua folga para trabalhar em um segundo emprego, via de regra, uma atividade de segurança pessoal ou patrimonial.
No segundo emprego ele ganha bem melhor que no emprego oficial, o que acarreta vários problemas, os quais serão objetos de um novo artigo.
No momento, trataremos apenas do desgaste fisco e emocional de um policial que não tem folga, que trabalha todo dia e que raramente tem a oportunidade de conviver com a sua família, que não tem o indispensável lazer.
O policial que aperta o gatilho dos milhares de fuzis do Rio de Janeiro é completamente desgastado fisicamente e emocionalmente desequilibrado.
Isso é fato.
Alguém contesta?
Creio que não.
Do exposto surge a grande pergunta:
- Quem manda esse homem desgastado fisicamente e emocionalmente desequilibrado, para as ruas do Estado do Rio de Janeiro, portando uma arma de guerra?
- O Estado?
Permitam-me discordar, o Estado nunca faria isso, pois só existe para promover o bem estar social, na verdade, quem manda esse homem para as ruas é o governante.
No Rio de Janeiro é o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) quem manda esse policial desgastado fisicamente e emocionalmente desequilibrado, para policiar as ruas do estado, portanto uma arma de guerra, o fuzil.
O que significa dizer que o governador tem responsabilidade direta pelo emprego dado aos fuzis que os policiais utilizam nas ruas do Rio de Janeiro, pois é dele a responsabilidade por garantir que o policial tenha o equilíbrio necessário, para em uma fração de segundos decidir entre atirar ou não atirar, entre matar ou morrer.
E, não pode de forma nenhuma, eximir-se das suas responsabilidades, apressando-se em bradar quando esse homem erra na execução do disparo, que ele é um criminoso, um imbecil ou um débil mental, esquecendo-se quem é o responsável por ele estar nas ruas em precárias condições físicas e mentais.
Diante do exposto, creio que os advogados de defesa de Policiais Militares e de Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro, deveriam começar a relacionar o governador do Estado do Rio de Janeiro e o secretário de segurança, delegado de polícia federal, José Mariano Beltrame, como testemunhas de defesa em todos os processos, nos quais os policiais são acusados em razão de disparos de armas de fogo efetuados em serviço.
Afinal, a responsabilidade deve recair sobre quem cria as condições inadequadas e não, apenas, no dedo que aperta o gatilho.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
O adestramento é a sua aptidão para o uso eficiente do armamento que porta, minimizando a possibilidade da ocorrência de erros na execução do disparo de arma de fogo. Isso determina que um policial não deva portar uma arma, para a qual não esteja devidamente adestrado para o emprego.
A legalidade determina em que situação ele pode fazer um disparo amparado pela lei, ou seja, no exercício da legítima defesa própria ou de terceiro(s).
Aprende que mesmo sendo adestrado e estando no exercício da legítima defesa, nem sempre é oportuno efetuar um disparo. Por exemplo, no curso de uma perseguição, o policial não pode efetuar disparos que ponham em risco a vida de transeuntes (vítimas inocentes).
Essa síntese demonstra com clareza que a decisão entre efetuar ou não um disparo de arma de fogo, não é uma tarefa fácil, na verdade, é complexa e necessita de uma perfeita avaliação anterior de todos os fatores que envolvem a ocorrência.
Todavia, apesar dessa complexidade, em muitas oportunidades o policial possui apenas alguns segundos, às vezes, frações de segundos para decidir entre atirar ou não atirar.
Não custa lembrar que essa decisão pode significar a diferença entre a vida e a morte, da vítima, do criminoso e do próprio policial.
A decisão cresce em responsabilidade geometricamente, quando a arma a ser utilizada pelo policial é uma arma de guerra, como os fuzis utilizados no Rio de Janeiro.
Não sendo um especialista em armamento, destaco apenas que os fuzis são armas elaboradas com o objetivo de ferir o maior número possível de inimigos, assim sendo, a sua munição é extremamente veloz e tem um efeito transfixante muito grande, sendo capaz de transfixar vários seres humanos, colocados um atrás do outro, quando o disparo é feito à curta distância.
Diante dessa realidade, podemos afirmar sem medo de errar:
O homem que vai decidir entre efetuar um disparo de arma de fogo ou não, precisa estar capacitado para a ação, fisicamente descansado e mentalmente equilibrado.
Esse homem reúne condições de efetuar um disparo eficiente, oportuno e legal.
Dito isso, vamos agora tratar do homem que aperta o gatilho dos milhares de fuzis utilizados diariamente no Estado do Rio de Janeiro: o Policial Militar e o Policial Civil.
Os policiais estaduais recebem os piores salários do país, a base recebe cerca de R$ 30,00 por dia para arriscar a vida em defesa da sociedade fluminense.
Diante da necessidade de prover o sustento de seus familiares, o policial usa a sua folga para trabalhar em um segundo emprego, via de regra, uma atividade de segurança pessoal ou patrimonial.
No segundo emprego ele ganha bem melhor que no emprego oficial, o que acarreta vários problemas, os quais serão objetos de um novo artigo.
No momento, trataremos apenas do desgaste fisco e emocional de um policial que não tem folga, que trabalha todo dia e que raramente tem a oportunidade de conviver com a sua família, que não tem o indispensável lazer.
O policial que aperta o gatilho dos milhares de fuzis do Rio de Janeiro é completamente desgastado fisicamente e emocionalmente desequilibrado.
Isso é fato.
Alguém contesta?
Creio que não.
Do exposto surge a grande pergunta:
- Quem manda esse homem desgastado fisicamente e emocionalmente desequilibrado, para as ruas do Estado do Rio de Janeiro, portando uma arma de guerra?
- O Estado?
Permitam-me discordar, o Estado nunca faria isso, pois só existe para promover o bem estar social, na verdade, quem manda esse homem para as ruas é o governante.
No Rio de Janeiro é o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) quem manda esse policial desgastado fisicamente e emocionalmente desequilibrado, para policiar as ruas do estado, portanto uma arma de guerra, o fuzil.
O que significa dizer que o governador tem responsabilidade direta pelo emprego dado aos fuzis que os policiais utilizam nas ruas do Rio de Janeiro, pois é dele a responsabilidade por garantir que o policial tenha o equilíbrio necessário, para em uma fração de segundos decidir entre atirar ou não atirar, entre matar ou morrer.
E, não pode de forma nenhuma, eximir-se das suas responsabilidades, apressando-se em bradar quando esse homem erra na execução do disparo, que ele é um criminoso, um imbecil ou um débil mental, esquecendo-se quem é o responsável por ele estar nas ruas em precárias condições físicas e mentais.
Diante do exposto, creio que os advogados de defesa de Policiais Militares e de Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro, deveriam começar a relacionar o governador do Estado do Rio de Janeiro e o secretário de segurança, delegado de polícia federal, José Mariano Beltrame, como testemunhas de defesa em todos os processos, nos quais os policiais são acusados em razão de disparos de armas de fogo efetuados em serviço.
Afinal, a responsabilidade deve recair sobre quem cria as condições inadequadas e não, apenas, no dedo que aperta o gatilho.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
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