quinta-feira, 19 de março de 2009

HOMENS PÚBLICOS DO PASSADO...

EMAIL RECEBIDO:
Nélio Lucena Ferreira.

"Atitudes inimagináveis de serem tomadas nos homens públicos de hoje em dia !!!!!


José Bonifácio, o velho, ao tornar-se ministro de D. Pedro I, logo depois da Independência, reduziu os salários dos ministros pela metade. De 800 mil réis, passaram para 400. No fim do mês, recebeu o seu, foi ao teatro e guardou a quantia embaixo do chapéu, na cadeira ao lado. No intervalo, ao regressar à sua cadeira, haviam-lhe furtado o chapéu e a soma.
Teve de pedir dinheiro emprestado para pagar as suas contas.
O imperador soube disto e mandou o ministro da Fazenda, Martim Francisco, irmão de José Bonifácio, pagar-lhe um segundo salário.
O ministro recusou-se:
- Majestade, vou pedir licença para não cumprir a ordem.
- Por quê?
- Primeiro, pelo mau exemplo. Cada um tem de cuidar do que é seu. Segundo, porque o ano tem 12 meses para todos e não pode ter 13 para um funcionário descuidado. Terceiro, porque vou dividir o meu com ele.

Antonio Augusto Borges de Medeiros, filho de pai pernambucano, juiz em Pouso Alegre (MG) e desembargador no Rio Grande do Sul, formou-se em Direito em São Paulo, foi constituinte em 1891 e governou o Rio Grande do Sul por 24 anos, de 1898 a 1908, de 1913 a 1915 e de 1916 a 1928.
Era Positivista, discípulo de Augusto Comte. Não tinha casa; morava de aluguel e ao deixar o governo, voltou para a casa que alugava. Não tinha do que viver, nem dinheiro com que pagasse o aluguel.
Amigos sugeriram-lhe:
- Doutor Medeiros. temos uma solução. Ponha uma tabuleta na sua janela:
- "Advogado". E logo terá a maior e melhor banca de advocacia do Rio Grande.
- É verdade. Mas não posso. Todos os membros desses tribunais e os juízes, atualmente em atividade, foram nomeados por mim. Logo, não posso advogar no Rio Grande.
A sua mulher costurou para fora até morrer, em 1957. Ele morreu em 1961, aos 97 anos".
Nos nossos dias seriam considerados loucos ou incompetentes.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO