quinta-feira, 26 de março de 2009

(RIO) - TERRA DE NINGUÉM - JORNALISTA GUSTAVO DE ALMEIDA.


DESTACO:
"Esqueçam drogas e viciados: o caso é de política de Estado. Em 2006, quando no comando do Décimo-nono BPM (Copacabana), o coronel Celso Nogueira improvisou na casa de um bandido uma espécie de Posto de Policiamento Comunitário. Deu certo. Impediu temporariamente que houvesse bondes passando. O ideal era que a passagem fosse tampada por um muro. Mas o PPC era um improviso que ajudava.
Nem isso permaneceu. Nogueira ianda foi preso, como todos sabem.
Mesmo tendo sido preso, merece que se reconheça: pensou em ação permanente, o Nogueira, com todo aquele improviso. E é o que tem faltado aos gestores da Segurança. Quando um oficial da PM recebe dinheiro de forma indevida no contra-cheque durante anos, o secretário apenas manda ele parar e ninguém instaura nenhum sumário de culpa. Mas quando o tiroteio destampa na Zona Sul depois que traficantes armados circularam livremente pela cidade, aí existe a culpa, sim: do viciado.
O governo não pode se esquivar disto: armas em via pública na mão de paisanos não são justificadas por este ou aquele hábito ruim de pessoas que nada têm a ver com o babado. Armas em via pública na mão de paisanos é coisa de terra de ninguém.
E é o que o Rio está aos poucos virando".
Gustavo de Almeida.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL DE POLÍCIA