BLOG REPÓRTER DE CRIME - JORGE ANTÔNIO BARROS.
CAIXA POSTAL.
Leitor: Quantas Elzas serão preciso para tomarmos uma atitude?
Esse blog reclama da polícia, mas também tem seus dias de lentidão. Levei simplesmente uma semana para perceber na minha caixa postal o e-mail de um leitor e comentarista assíduo, que se identfica como Guilherme Campelo. Ele manifesta sua indignação com o caso da aposentada Elza Gomes Pinto, de 62 anos, que no dia 15 de março foi vítima de um disparo feito por assaltantes na Avenida Brasil, que teria causado lesões irreparáveis em parte de seu cérebro. Ela foi internada em estado grave e só um milagre pode tirá-la da UTI.
Aqui vai o desabafo de Guilherme, que também passou a ser o meu. O blog aproveita para dizer que está aí nessas horas difíceis (reporterdecrime@globo.com), que obviamente nenhum de nós espera ter que passar.
Vamos à carta eletrônica de Guilherme:
Rio de Janeiro, 16 de março de 2009.
Prezado Jorge Antonio Barros:
É com pesar que escrevo estas linhas para informar que uma das baixas de não combatentes nesta guerra insana que varre nossa cidade foi uma pessoa muito próxima de minha família, fato inclusive noticiado nos jornais, inclusive no O GLOBO, seu nome Elza Gomes Pinto. O que mais causa indignação, e espero continuar tendo a capacidade de me indignar sempre que deparar com um ato bárbaro como este, é que Elza era uma educadora, profissão tão desprestigiada por nossos governantes, mas se tratada como prioridade e seriedade, talvez esta guerra suja e não declarada não manchasse o Rio de sangue.
Nesse fim de semana em que eu comentava em seu blog a situação ridícula de um policial do “Serviço Reservado” da PMERJ (P-2) atuando fora de suas atribuições constitucionais que são: POLICIAMENTO OSTENSIVO, PREVENÇÃO E REPRESSÃO DE DELITOS.
Caro Jorge, não sou especialista em segurança ou pertenço aos quadros das forças de segurança, sou cidadão e vitima, mas gostaria que você desse abrigo para este desabafo e que alguém me responda estas questões:
Parabéns, Guilherme, pela sua indignação, nós precisamos educar a sociedade para que ela efetue as mudanças indispensáveis, no sentido de que possamos viver com um mínimo de dignidade no Rio de Janeiro.
Não podemos e não devemos VIVER COM MEDO!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBOBO