sexta-feira, 27 de março de 2009

REVISTA ÉPOCA - O FILTRO - JULIANO MACHADO.

> Os possíveis estragos políticos da operação na Camargo Corrêa - Principal assunto do dia ontem, a operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, prendeu ontem dez pessoas acusadas de fraudes que teriam beneficiado a construtora Camargo Corrêa, um dos maiores grupos empresariais do país. O que mais chamou a atenção foi a menção a partidos políticos no inquérito, apontados como supostos beneficiários de doações. "Nem todos os repasses foram devidamente declarados à justiça eleitoral, de acordo com a investigação - em muitos casos, a 'doação' era feita em dinheiro vivo", diz a reportagem do site de ÉPOCA. Na lista, aparecem grandes legendas, como o PSDB, o DEM, o PMDB e o PPS. O senador Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, aparece como destinatário de doações da empreiteira. Ele confirma ter recebido R$ 300 mil, mas legalmente. É evidente que essa operação terá algum tipo de exploração política; só resta saber se os dois principais partidos de oposição (PSDB e DEM) serão os mais atingidos, caso haja desdobramentos na investigação. Os partidos governistas, por enquanto, estão quietos - até porque o PMDB estaria no meio.
> Governo promete 1 milhão de casas. Mas para quando?"Não tem data. Portanto, ninguém me cobre que nós vamos fazer um milhão de casas em dois anos." Foi assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, ontem, o chamado PAC da Habitação, se eximindo de qualquer responsabilidade sobre o prazo de conclusão do plano. Assim, convenhamos, fica bem mais fácil, pois Lula sabe que a construção das casas vai depender muito da boa vontade de Estados, municípios e da iniciativa privada. O Globo diz que "o projeto nasce cercado de críticas", e cita a escassez dos recursos (R$ 34 bilhões) em comparação com outras despesas do governo, como o reajuste de servidores públicos, estimado em R$ 175,5 bilhões até 2012.3.
> Ensino público não é bom nem em área nobre de SPO Estadão mostra que a qualidade do ensino público estadual deixa a desejar até mesmo na região centro-oeste da capital paulista, a mais bem avaliada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp). Metade dos alunos da 8ª série e do 3º ano do ensino médio estão nos níveis "básico" e "abaixo do básico" em matemática; ou seja, não conseguem, por exemplo, fazer conta que envolva multiplicação e adição. O índice geral de alunos com nível abaixo do básico caiu de 40%, em 2007, para 30%, no ano passado. "A conclusão foi que, mesmo melhorando as notas de 2007 para 2008, em quase todas as escolas só uma minoria chega hoje a níveis considerados adequados de aprendizagem", escreve o jornal.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO