
Vivemos tristes dias, apesar de lutarmos pela democracia, acabamos subjulgados por uma oligarquia de políticos.
O poder político nos oprime com a arbitrariedade própria dos que pensam ser senhores do poder.
Eles protagonizam escândalos cada vez de maiores dimensões e fazem da corrupção a sua companheira inseparável.
Nós fomos às ruas, pintamos a cara, fizemos piraça, tudo por um novo tempo.
Tudo pela democracia, que nos escapa entre os dedos.
O autoritarismo político, somado ao poder do dinheiro e ao amor pelo dinheiro, desviam a pátria dos seus objetivos primordiais.
No Rio de Janeiro, Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, democraticamente, foram às ruas da cidade, ordeira e pacificamente, clamar pelo apoio popular aos nossos objetivos de conseguirmos salários dignos e adequadas condições de trabalho.
Nós estávamos em trajes civis, de folga e desarmados, exercitando a nossa cidadania.
Os Coronéis Barbonos e os 40 da Evaristo personificam a Polícia Militar, digna, honesta e competente.
Fomos e ainda somos, "perseguidos" politicamente e o povo do Rio de Janeiro é que foi castigado.
A nossa amada Polícia Militar vive uma crise, desencadeada após a exoneração do nosso Comandante Geral, o Coronel de Polícia Ubiratan de Oliveira Angelo, um oficial digno, competente e que foi exonerado por ser um democrata.
Os democratas correm riscos e estão sujeitos a castigos nos regimes oligárquicos.
Porém, não desistimos, apesar dos perigos.
Apesar da força mais bruta, estamos na luta.
Para que a democracia sobreviva.
Para que a Polícia Militar sobreviva.
Para que o Corpo de Bombeiros Militar sobreviva.
Lutamos para que nossa esperança seja mais que vingança, que seja um caminho que se deixa de herança para as futuras gerações de Policiais Militares e Bombeiros Militares.
Os Coronéis Barbonos e os 40 da Evaristo representam um novo tempo.
E continuaremos na luta, apesar de toda fadiga e de toda injustiça.
A música de Ivan Lins retrada bem o nosso momento atual, tempo de luta contra a oliguarquia da corrupção.
NOVO TEMPO.
Ivan Lins.
No novo tempo, apesar dos castigos 
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos 
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer 
No novo tempo, apesar dos perigos 
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta 
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver 
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança 
Seja sempre um caminho que se deixa de herança 
No novo tempo, apesar dos castigos 
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga 
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos 
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados 
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver 
No novo tempo, apesar dos castigos 
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas 
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer 
No novo tempo, apesar dos perigos 
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça 
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
 
 
 
 
 
 
 
 
