sábado, 9 de fevereiro de 2008

REUNIÃO NA AME/RJ - SEGUNDA-FEIRA E CONTINUAM ACHANDO QUE NÓS SOMOS TOLOS!



A mobilização cresce em todas as frentes e apoios surgem de toda a Sociedade Brasileira.

A marcha democrática com participação maciça da Sociedade Fluminense será um marco histórico - a grande virada na insegurança pública de nossos dias.

As táticas utilizadas para intimidar tem sido as mais variadas possíveis e agora inventam mais um "boato", no mínimo, inimaginável no terreno do bom senso e da realidade vivenciada no país.

Os empossados prometem mundos e fundos na busca de aliados, ameaçam, pressionam, etc.

Aliás, por falar em promessas, nunca é demais lembrar aos Oficiais que a Comissão de Promoções de Oficiais - a CPO - é composta pelo Comandante Geral; pelo Chefe do EMG; pelo Diretor Geral de Pessoal; pelo Diretor Geral de Saúde (que só emite nota no Quadro de Saúde) e por mais 4 (quatro) membros:

Coronel Penteado; Coronel Esteves; o autor desse blog e o quarto era o atual Chefe do EMG.

Assim sendo, desconfie de promessas sobre promoções...

É bom que a mídia e a Sociedade Fluminense conheçam essa realidade, antes que nos retirem da CPO e coloquem "amigos" dos empossados.

E voltando ao "boato" que está circulando aqui e acolá.

O Coronel Pitta teria assumido o Comando Geral para evitar que um Oficial do Exército Brasileiro fosse nomeado, como ocorria na época da ditadura militar.

Um atitude autruísta!

Pensam que nós somos tolos, esquecem que a nata da Oficialidade da Polícia Militar está do lado certo - o nosso.

O desespero é a única explicação plausível para o surgimento e a divulgação desse "boato".

Inclusive na última reunião na AME/RJ, eu questionei o jornal que noticiou que Tenentes Coronéis do Exército estavam sendo sondados para assumir comandos de batalhões.

Tudo gravado pela mídia presente, apresentei o jornal e a notícia.

Afirmei que o Exército Brasileiro deveria ser ouvido a respeito, o que parece ninguém procurou confirmar ou negar.

Cidadão Fluminense, Policial Militar, Bombeiro Militar, faço um convite à reflexão.

O Governador do Estado nunca escondeu as suas ambições políticas e certamente, não se desviará dos seus objetivos, pelo menos tentará não se desviar mais do que já se distanciou com a GRAVE CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA, pelo fato de insistir em pagar menos de R$ 30,00 (trinta reais) por dia (metade do que recebe uma diarista) para os Policiais Militares e os Bombeiros Militares arriscarem as suas vidas em defesa da sociedade fluminense.

Pois, sem dúvida, a GRAVE CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA está gerando um gigantesco desgate político para o Governador do Estado do Rio de Janeiro - em um ano eleitoral - que muito mal assessorado, acaba errando em cada ação e se afastando cada vez mais de uma solução negociável, aceitando perdas, agora inevitáveis.

A exoneração do Coronel Ubiratan de Oliveira Angelo foi um erro grosseiro - politicamente falando - exonerar um Oficial de origem humilde, digno, competente, honesto, democratada, respeitado pelas organizações de direitos humanos, respeitado pelos movimentos das minorias excluídas e muito respeitado no mundo acadêmico - foi um erro próprio de políticos de primeira hora, o que não é o caso do Governador Sérgio Cabral Filho - um político profissional.

Nomear um novo Comando Geral sem legitimidade aumentou o erro político e deflagrou a MAIOR CRISE NA HISTÓRIA DA SEGURANÇA PÚBLICA.

E continuando a reflexão.

A Polícia Militar tem mais de 60 (sessenta) Coronéis no serviço ativo, portanto o que justificaria a nomeação de um Coronel do Exército Brasileiro?

Os atuais Coronéis da Polícia Militar aceitariam essa intervenção na Polícia Militar?

Certamente, alguns aceitariam, pois parecem aceitar qualquer coisa em troca de funções, gratificações, viaturas e celulares funcionais.

Como a Sociedade Brasileira reagiria a esse retorno ao tempo dos regimes de exceção, com a presença de um Oficial do Exército comandando a Polícia Militar?

E as Organizações de Direitos Humanos - inclusive as Organizações Internacionais - como interpretariam tal nomeação, lembrando que quando um Coronel de Exército foi envolvido com a Segurança Pública no Rio de Janeiro, vivenciamos as gratificações faroestes (pecúnia) e as promoções por bravura, tão contestadas até hoje?

E ainda, será que o Exército Brasileiro deseja correr esse risco - o risco de gerir algo completamente caótico como a segurança pública do Rio de Janeiro?

Será que o Coronel do Exército Brasileiro aceitaria a submissão ao Delegado da Polícia Federal que chefia a segurança pública, quando a Oficialidade das Forças Armadas reclama dos altos salários pagos aos Delegados de Polícia Federal, superiores aos salários dos Oficiais Generais?

Por derradeiro, será que o Exército sucateado ano após ano pelo descaso do Governo Federal aceitaria essa missão inglória?

Pensam que somos tolos!

Pensam que o cidadão fluminense é tolo!

O que fez com que o Coronel Pitta assumisse o Comando Geral não foi nada disso, como não foi a passeata cívica que provocou a exoneração do Coronel Ubiratan de Oliveira Angelo, isso é fato.

O Coronel Ubiratan foi exonerado por não ceder mais Policiais Militares para trabalharem fora da Polícia Militar, porém isso será tema para outro artigo.

Inclusive, apesar dos "Coronéis Barbonos" terem solicitado na denominada "Carta dos Barbonos" - entregue ao Secretário de Segurança e ao Governador do Estado do Rio de Janeiro - o retorno de todos os Policiais Militares que estavam fora da Polícia Militar, atualmente, o número é maior ainda, sendo mais de 2.300 (dois mil e trezentos) Policiais Militares fora da Instituição!

Alguns cientistas apregoam que diante de uma tragédia nuclear só restariam no planeta Terra as "baratas".

Sinceramente, na MAIOR CRISE DA SEGURANÇA PÚBLICA DA HISTÓRIA DO RIO DE JANEIRO, caso não aconteça uma intervenção rápida do Poder Judiciário ou do Poder Legislativo, para mediar a CRISE, nem as "baratas" escaparão ilesas da hecatombe.



PAULO RICARDO PAÚL

CORONEL DE POLÍCIA

CIDADÃO BRASILEIRO PLENO

4 comentários:

Anônimo disse...

VEJAM AQUI A SUPOSTA PROPOSTA DE AUMENTO SALARIAL PARA OS PLICIAIS MILITARES DA BAHIA:
http://abordagempolicial.blogspot.com/

Anônimo disse...

Este texto ESCLARECEDOR tem que chegar ao conhecimento de todos os cidadãos fluminenses.
Uma nota da AME/RJ publicada nos jornais já seria um grande passo.
A VERDADE tem que prevalecer sobre a mentira e a empulhação.


Turma 76

Anônimo disse...

Vou por partes...
Como toda instituição militar, o Exército Brasileiro segue a risca normas, regulamentos, etc..., certo???
Vamos supor que militares do Exército Brasileiro assumissem o Comando de Unidades Policiais Militares...
Concordariam esses de enviar as ruas viaturas sem a mínima condição de trafegabilidade, em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro e com normas vigentes na PMERJ???
Concordariam esses de enviar as ruas Policiais Militares sem a totalidade de equipamentos de segurança (coletes, bastões, etc...) conforme preconizado em normas da PMERJ???
Concordariam esses em enviar as ruas Policiais Militares sem o equipamento rádio portátil, para contato com a sala de operações em caso de ocorrências???
Concordariam ainda esses ilustres Oficias em se submeterem aos desmandos de um Governo, ignorando e rasgando todo o tipo de norma, regulamento ou instrução em vigor???
Sinceramente, caso isso acontecesse, acredito que seria mais um "TIRO NO PÉ" !!!

Juntos, somos fortes !!!

Anônimo disse...

Complementando....
Com relação aos nossos ridículos salários...
Já ouvi um governante falar, uma vez que: "A PM NÃO PRECISA DE AUMENTO, ELES SEMPRE DÃO UM JEITINHO"... Vergonhoso???
E porque damos um jeitinho em um segundo ou até mesmo em um terceiro emprego???
Porque queremos dar o minimo de dignidade para nossa família, porque queremos dar o mínimo de instrução para os nossos filhos...
Temos que fazer isso sim, porque o Estado não nos supre, com nossos ridículos salários, as necessidades basicas elencadas em nossa Constituição Federal (moradia, alimentação, saúde, etc...)...
E antes que algum politicólogo alegue que entramos na PMERJ sabendo dos salarios que ganhariamos, afirmo que sim , que sabíamos... alias sabiamos tanto que nos ultimos anos tudo aumentou, educação, saude, transporte, moradia, alimentação... menos o salario... por isso não esquecemos nunca o quanto ganhavamos quando assumimos o compromisso de defender o cidadão fluminense...
Acredito que cabem ainda algumas considerações:
- Se o fundo de saúde da PMERJ, que é descontado mensalmente de nosso contracheque, fosse repassado na integra para os nossos hospitais, teriamos a nossa rede hospitalar bem aparelhada, ampliada e não precisaríamos de recorrer a planos de saúde... Sr Governador, cadê o dinheiro do fundo de saúde da PMERJ???
- Se o nosso soldo não tivesse sido desvinculado do salário mínimo, conforme foi feito tempos atrás pela PGE, não estaríamos em tamanha miséria...
- Consequentemente, não nos mataríamos no segundo ou terceiro emprego para dar dignidade a nossa família.
- E o segundo emprego - a segurança - que em sua maioria tem como donos grandes "figurões" de nosso estado... Será por isso que não interessa o aumento salarial na PMERJ... acabaria com a mão de obre especializada e barata...
- E o desvio de função??? mais uma vez a mão de obra barata... um segurança armado, legitimado pelo governo, pago por meros R$ 30,00 diários... vamos continuar vendo companheiros adidos... mão de obra barata e especializada !!!

Precisamos resgatar a Polícia Militar da Política Militar !!!

Juntos somos fortes !!!