sábado, 24 de março de 2012

NO RIO DE JANEIRO, FRAUDES POR TODO LADO.

JORNAL O DIA:
Fraude em lavanderia da saúde faz roupa pesar mais.
Fiscais verificaram até 11.800 kg a mais e prejuízo mensal de R$ 1 milhão em um hospital.
Mahomed Saigg e Pámela Oliveira.
Rio - Além de entregar cobertores sujos, rasgados e em quantidade insuficiente, empresa contratada para lavar a roupa dos hospitais federais Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, e Servidores do Estado, na Saúde, ainda superfaturava o serviço. A artimanha era aumentar o peso da roupa. A manobra era gritante: relatório da Controladoria Geral da União constatou que, em período de redução de 5,28% de pacientes, a quantidade de roupa suja subiu 56,81%.
Essa diferença foi observada em junho e julho do ano passado no Hospital Federal dos Servidores do Estado, cujo serviço de lavanderia era prestado pela empresa Brasil Sul Indústria e Comércio Ltda.. O texto destaca “o superfaturamento mensal de (...) 11.800 kg, com prejuízo potencial de R$ 1.001.820”.
A empresa é investigada por fraudes em licitações no serviço público desde 2005, o que não a impediu de continuar a ganhar concorrências.
Contrato de R$ 1.286.400 de 21 de outubro de 2010, previa que o pagamento fosse feito com base no peso das roupas lavadas, no Hospital Cardoso Fontes, Jacarepaguá. Por isso, funcionários da Brasil Sul encarregados de fazer o serviço estariam errando para mais na hora de pesar o enxoval. A empresa alega que o serviço é de “alta complexidade” e afetado por “faltas de luz e faltas de água, problemas de transporte (...) e erro humano”.
Um dos indícios da fraude destacado pela CGU foi a diferença verificada no volume de roupas sujas e limpas que saíam e entravam no hospital.
Termo de referência que serviu de base para a licitação previa que a quantidade de roupas limpas deveria ser até 15% menor em relação ao total de roupas sujas. “E não o contrário”, frisou o relatório.
Já foi determinado o cancelamento de 37 contratos. “Todos serão licitados novamente. Encontramos preços acima do mercado, alteração no controle do peso e sobrepeso”, afirma o chefe do departamento de gestão hospitalar do Ministério da Saúde no Rio, João Marcelo Ramalho.
Grupo de sete empresas loteava licitações em órgãos públicos
Especializados em fraudar licitações públicas, empresários de lavanderia — alguns com condenação em segunda instância na Justiça Federal — são acusados de formar cartel para garantir o controle deste mercado no Rio. O grupo contava com a participação de funcionários públicos.
Investigação feita pela Polícia Federal, e que baseou as condenações, destaca escuta telefônica em que funcionário da Secretaria Municipal de Saúde do Rio combina o recebimento da propina — chamada por ele de “documento” — em sua casa ou no “Piranhã”, apelido da sede da Prefeitura do Rio.
Em sua decisão, o desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região destaca o loteamento de hospitais públicos feito por um grupo formado por sete empresas através de um “acordo de divisão dos hospitais entre as empresas que deveriam concorrer entre si, mas que, na verdade loteavam os hospitais públicos com a finalidade de melhor atender aos seus interesses lucrativos”.
Empresa acusada continua a ter contratos com governo
Apesar das acusações de participação em fraudes em licitações, a Brasil Sul continua celebrando novos contratos com o poder público. Em dezembro, a empresa assinou dois novos acordos de prestação de serviços de lavanderia com a Prefeitura do Rio.
Firmado com a Secretaria Municipal de Saúde e publicado em 1º de dezembro do ano passado, um deles prevê o pagamento de R$ 5.160.345 pelos serviços de lavanderia. Em outro, com data de 19 do mesmo mês, a empresa terá R$ 111.024 para cuidar das roupas da Maternidade Herculano Pinheiro.
Neste caso, porém, houve dispensa de licitação sob alegação de se tratar de situação de emergência. “Como pode um serviço de lavanderia ser considerado de emergência num hospital? Essa história está, no mínimo, muito estranha. É preciso investigar a fundo”, criticou o vereador Paulo Pinheiro (PSOL).
Após as denúncias de O DIA, o parlamentar encaminhou ofício ao Tribunal de Contas do Município (TCM) pedindo investigação rigorosa nos contratos firmados pela Prefeitura do Rio com a Brasil Sul (Vejam os documentos).

Juntos Somos Fortes!

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso a muito tempo é percebido, oque me espanta é o espanto das outoridades que acompanham de olhos fechados e se alimentam dês que o brasil foi descoberto dessa corja. Temos que ir a fundo nos governantes que passam de mão em mão seus amiguinhos de profissão, será que o Governador do Rio de Janeiro realmente não sabe de nada?, e o Prefeito do Rio?... Só mudam os nômes, mas fizeram curso nas mesmas escolas. Tenho uma Micro Empresa á 20 anos de manutenção em equipamentos Hospitalares, é triste dizer mais não suporto mais um ano, não temos chances, temos maior capacidade e seriedade nos nossos serviços, somos procurados por essas que ganham e que muitas vezes nada sabem do assunto a que concorreram e ganharam por ser peixe de políticos corruptos. Somos hiper fiscalizados, exigem diversas certidões e afrouxam para seus parceiros corruptos que ainda tiram onda com a nossa cara. A dois anos depois de ganhar uma licitação em uma prefeitura e por excelência nos serviços renovar o contrato, fomos expulços sem explicação pela atual gestão, que colocaram um monte de empresas que os ajudaram na tomada de assalto da prefeitura a nível de "emergência", que não sei por que já que existia uma empresa licitada e com excelentes serviços prestados (isso dito pela própria atual gestão oásis pedir que continuássemos os serviços), sem distrato do contrato e sem mesmo nos pagar os seis meses que nos deviam, colocaram pessoas totalmente desqualificadas (isso dito pelos próprios agentes da saúde), que acostumados com os nossos serviços 24h por dia e com qualidade comprovada, até hoje não aceitam a nossa saída e não acreditam que até hoje também não nos pagaram. O grande detalhe é que enviamos notas fiscais, temos que pagar os nossos impostos do que não recebemos, quem agüenta isso? E ainda ouvir desses safados coisas e deboches que até Deus duvida. Abre o olho Brasil, pois são essas práticas que atraem tantos santinhos querendo ser Governadores, Prefeitos e outros em nome da sociedade, quero ver viver com o salário seco e mesmo assim se dedicar.